Frentistas do Rio querem aumento real e rejeitam reposição da inflação

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29 de março de 2016

Diretoria Sinpospetro-RJ

O Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ) volta a se reunir na tarde hoje (29) com a bancada patronal para mais uma rodada de negociação. Além da correção dos salários pelo índice de inflação, o Sinpospetro-RJ reivindica para categoria aumento real de 12,69%. Na pauta, o sindicato pede ainda vale-refeição diário de R$ 15 e o aumento do vale-alimentação para R$ 300. O sindicato propõe, também, a criação da função caixa, com pagamento de adicional de 50% para os frentistas que acumulam a responsabilidade de guardar o dinheiro da empresa. Também é reivindicado um piso salarial da categoria de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Durante os últimos dias, a diretoria do Sindicato intensificou a visita aos postos do município do Rio para levar aos trabalhadores a proposta apresentada pelos patrões, que o Sinpospetro-RJ considera “vergonhosa”, já que o reajuste oferecido é a reposição pelo IPCA (10,38%), que é menor que a correção da cesta básica apurada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês passado. A data-base da categoria está assegurada até que se encerrem as negociações.

O aumento é gota no oceano se levarmos em conta a alta da inflação, as taxas de juros – que são cobradas nos cartões e nos financiamentos – e o custo de vida. Enquanto os patrões oferecem  aumento pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro de 2016 sobre todas as cláusulas econômicas, o valor da cesta básica calculada pelo Dieese no mesmo mês subiu 12,6%. Na matemática da exploração, o trabalhador é que fica no prejuízo.

Segundo o presidente do Sinpospetro-RJ, Eusébio Pinto Neto, a cidade do Rio de Janeiro é considerada a mais cara para se viver e, mesmo assim, tem um dos piores salários da categoria no país. Ele diz que apesar das perspectivas econômicas não serem otimistas, o município foi o que menos sofreu com a redução de postos de trabalho em todos os setores, em comparação com as demais capitais do país. “Precisamos mudar essa realidade, essa cultura patronal de impor e nada oferecer. O trabalhador precisa lutar por melhorias e direitos. Essa é a hora de compormos uma aliança para avançarmos”, afirmou Eusébio.

Ele lembra que apesar da maioria dos frentistas de todo país receber vale-refeição, o Rio de Janeiro – cidade modelo e vitrine do Brasil no mundo – continua atrasado na questão de direitos. “O vale-refeição é a garantia de trabalhador saudável e disposto. É muito duro trabalhar com fome. Temos que dar um basta nesse abuso. No Brasil, quase todas as categorias já conquistaram o vale-refeição. Desde a fundação do sindicato, há dez anos, lutamos para adquirir o benefício”, arrematou Eusébio.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

                                                    Com Assessoria de Imprensa Sinpospetro-RJ.

Foto: Divulgação Sinpospetro-RJ.

 

 

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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