Metalúrgicos paralisam CSN por 3 horas e preparam greve

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6 de julho de 2016

Paralisação CSN 1Na manhã desta quarta-feira (6), metalúrgicos atrasaram o início da jornada de trabalho na Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, por três horas, em sinal de protesto à postura da CSN na campanha salarial deste ano. A empresa vem se negando a apresentar uma proposta de reajuste no salário e benefícios dos funcionários.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que foi o responsável pelo ato na entrada da Usina Presidente Vargas, declarou que é a primeira de muitas paralisações que acontecerão na preparação de uma greve, que será votada pelos metalúrgicos ao final das mobilizações que vão acontecer daqui para frente. “Assim como esta, que ocorreu de surpresa, caso a empresa não apresente uma proposta de reajuste para o Acordo Coletivo de Trabalho, vamos parar a CSN por tempo indeterminado. Zero por cento de aumento não existe. Não aceitaremos retrocessos”, afirmou Sílvio Campos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região.

Silvio paralisação CSN 2

O Sindicato já vinha alertando a empresa que já não podia mais esperar para apresentar à categoria uma contraproposta para apreciação. A pauta foi entregue em abril e, até agora, a CSN só fez uma reunião com os representantes dos trabalhadores e, mesmo assim, oferecendo zero de aumento e ainda ameaçando retirar direitos dos trabalhadores.

Recentemente, a CSN foi premiada como a melhor empresa do setor de siderurgia, no Especial Maiores e Melhores, da Revista Exame. Segundo informação, o prêmio foi atribuído à companhia “pela forma como a empresa vem enfrentando o cenário adverso no mercado brasileiro, aumentando sua rentabilidade em 20%. Só no quarto trimestre do ano passado, a sua produção foi de 7,2 milhões de toneladas de aço”.

Para Sílvio Campos, a CSN está sabendo driblar a crise, mas, infelizmente, não valoriza aqueles que realmente são responsáveis pelo seu sucesso: os trabalhadores. “Apesar de anunciar que o seu lucro saltou 30 vezes no quarto trimestre de 2015 (cerca de R$ 2 bilhões), a companhia pagou somente 0,87% do salário de PLR aos seus funcionários. E só este ano a empresa já aumentou 30% o preço do aço. E o que o metalúrgico reivindica é somente 9,82% (INPC) de reajuste. Isso é o mínimo”, ressaltou Campos.

A diretoria do Sindicato vem mobilizando a categoria para acompanhar e apoiar os próximos passos que deverão ser dados para que a empresa apresente uma proposta viável a ser levada a apreciação dos metalúrgicos.

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa, com Assessoria de Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense

                       Foto: Divulgação Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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