Metalúrgicos e químicos brasileiros são eleitos para diretoria executiva da IndustriALL
10 de outubro de 2016
Terminou na última sexta-feira (7) o 2º Congresso da IndustriALL, no Rio de Janeiro. Durante toda a última semana, 1.286 delegados de mais de cem países discutiram estratégias para fortalecer o movimento sindical e denunciaram práticas antisindicalistas e de desrespeito aos direitos do trabalhador e do cidadão em todo o mundo.
Durante o congresso foi eleita a nova diretoria da IndustriALL Global Union, entidade que representa mais de 50 milhões de trabalhadores dos setores metalúrgico, químico, têxtil, coureiro, mineração e energia em 140 países. Entre os novos diretores da entidade para o mandato 2017/2020 estão o brasileiro Valter Sanches, como secretário-geral da IndustriALL, no lugar de Jyrki Raina, e Jörg Hofmann (Alemanha), como presidente da IndustriALL, no lugar de Berthold Huber.
Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e secretária geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco (SP) e Edson Bicalho, secretário geral da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar-SP) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Bauru e Região (Sindquimbru) também farão parte da diretoria executiva. Mônica Veloso foi eleita, também, presidente do Comitê Mundial das Mulheres. O Comitê Executivo Mundial da IndustriALL é composto por 60 pessoas, de todos os continentes. Deste total, seis vagas são da América Latina.
Foram definidas metas de trabalho de 2017 a 2020, a partir de cinco eixos centrais: defender os direitos dos trabalhadores, consolidar o poder sindical, enfrentar o capital mundial, lutar contra o trabalho precário e promover políticas industriais sustentáveis. Uma das metas estabelecidas foi atingir 40% até 2020 na representação da mulher em todos os níveis da entidade. Os jovens também devem ocupar seu lugar nas ações e lideranças sindicais. O incremento das redes de trabalhadores e a defesa intransigente da liberdade e autonomia para atuação de sindicatos é outra prioridade. E o trabalho decente deve ser consolidado em todo o mundo a partir do fim do trabalho infantil e forçoso, igualdade de gênero e emprego e oportunidades para os jovens.
Participaram das sessões plenárias Sharan Burrow, secretária-geral da CSI (Confederação Sindical Internacional), e Guy Ryder, da OIT (Organização Internacional do Trabalho), além de delegados de todos os continentes.
A delegação da Força Sindical no IndustriALL-Rio foi expressiva e fez uma manifestação no último dia de discussões no congresso, após reunir-se na entrada do Centro de Convenções do Hotel Windsor Oceânico, sede do evento, para uma foto histórica. “Trabalhador unido jamais será vencido” foi a palavra de ordem.
“Este congresso evidenciou para o mundo a luta das centrais sindicais do Brasil, unidas, contra o ataque aos direitos trabalhistas e previdenciários e por nem um direito a menos”, afirmou Miguel Torres, presidente da CNTM e vice-presidente da Força Sindical.
Para Carlos Fidalgo, presidente da Força-RJ, o IndustriALL-Rio propiciou a integração entre sindicatos e lideranças sindicais. “Ficou evidente que a crise não é nacional, mas mundial. E os ataques ao movimento sindical e aos direitos do trabalhador não são exclusividade nossa; é uma prática que vemos acontecer, infelizmente, em todos os continentes. Daí a importância de somarmos forças na defesa intransigente dos direitos da classe trabalhadora, sem abrir mão de nenhum deles”, concluiu.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação Força RJ e CNTM
Marcelo Peres
Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ