Força RJ repudia violência em ato de protesto no Centro do Rio
28 de abril de 2017
A Força Sindical do Rio de Janeiro repudiou a forma lamentável como terminou o ato unitário das centrais sindicais, que aconteceu na tarde de hoje, 28 de abril, na Cinelândia, levando insegurança ao Centro do Rio.
“Vimos, hoje, em frente à Câmara Municipal do Rio, o direito à manifestação democrática e ordeira de trabalhadores e trabalhadoras ser desrespeitado sem justificativa. Sem dúvida, cabe à Polícia prender e afastar vândalos, mas jamais confundir trabalhadores e trabalhadoras com vândalos, ou tratar manifestações pacíficas como atos de vandalismo”, diz a nota de repúdio, assinada pelo presidente Carlos Fidalgo.
Leia a íntegra do documento:
NOTA DE REPÚDIO
A Central Força Sindical do Rio de Janeiro vem a público repudiar a atitude truculenta de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro, que agrediram trabalhadores que se manifestavam de forma democrática e pacífica na tarde de hoje, 28 de abril, na Cinelândia, Centro do Rio.
Reconhecemos a importância da Polícia Militar para a Segurança Pública de nosso estado, mas não podemos admitir que policiais, aceitando provocação de um grupo de manifestantes, facilmente identificáveis, sem nenhuma ligação com o movimento sindical ou com as várias instituições ali representadas, passassem a agredir com bombas de efeito moral e balas de borracha toda e qualquer pessoa que participava, de forma ordeira e legítima, do protesto contra as reformas que avançam no Congresso Nacional e que destroem direitos históricos da classe trabalhadora. A palavra de oradores foi cassada com bombas jogadas contra o palco, numa atitude inaceitável num país democrático.
Da mesma forma, não podemos compactuar com a destruição do patrimônio público e atos de vandalismo, que não representam o movimento sindical.
Vimos, hoje, em frente à Câmara Municipal do Rio, o direito à manifestação democrática e ordeira de trabalhadores e trabalhadoras ser desrespeitado sem justificativa. Sem dúvida, cabe à Polícia prender e afastar vândalos, mas jamais confundir trabalhadores e trabalhadoras com vândalos, ou tratar manifestações pacíficas como atos de vandalismo.
Que a nossa Democracia amadureça a ponto de honrar os direitos garantidos pelo Artigo 5º da Constituição Federal.
Carlos Alberto Pascoal Fidalgo
Presidente