Prefeitura desiste de implantação de aterro sanitário após mobilização de Sindicato de Produtores Rurais
5 de julho de 2017
O processo do INEA (Instituto Estadual do Ambiente) E-07/002.5832/2016, que tratava da implantação de aterro sanitário em Xerém, Duque de Caxias, foi cancelado pelo proprietário, em função de forte mobilização do Sindicato dos Trabalhadores e Pequenos Produtores Rurais de Duque de Caxias, com apoio da Força Sindical RJ, na região.
Sindicato e central promoveram ação social em 24 de junho, na Praça da Mantiquira, em Xerém. A ação social durou todo o dia. Além de fazer carteira de trabalho ou certidão de nascimento, os visitantes puderam aferir a pressão arterial, conferir a taxa de glicose e conhecer o que é produzido na região, através de exposição dos produtos rurais locais.
Na ocasião, houve também protesto contra a possível construção de um aterro sanitário em Xerém, lugar que abriga cachoeiras e nascentes. “Somos totalmente contrários a um lixão em Xerém. Nosso Sindicato está muito preocupado com essa situação, porque percebemos que a obra está se tornando uma ameaça concreta, na medida que até o processo de licenciamento já vem acontecendo. Como vão evitar a contaminação do solo que produz alimentos? Estamos realmente preocupados com o que essa construção pode provocar na qualidade da produção local, da água, enfim, na qualidade de vida de Xerém”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Duque de Caxias, Beto Amapá.
O vice presidente da Força RJ, Marco Antônio de Vasconcellos, o Marquinho da Força, que representou o presidente Carlos Fidalgo no evento, disse que a Força RJ apoia totalmente a iniciativa do Sindicato dos Produtores Rurais de lutar contra a construção do aterro sanitário. “O que querem fazer aqui é uma lixeira. E um lugar lindo como este não é lugar de lixeira, mas de plantação, de projetos que incentivem a produção e escoamento de alimentos”, ressaltou Marquinho da Força.
O vice presidente da Força RJ questionou os interesses de quem quer a construção de um lixão em Xerém. “Precisamos saber se os mandatários do poder nesta cidade apoiam interesses individuais ou coletivos. Construir uma lixeira aqui é atender interesses individuais. E nós representamos o coletivo, a população, que não quer essa lixeira aqui. Não aceitamos o lixão, porque é a vontade do povo que deve prevalecer”, completou Marquinho.
A direção do Sindicato se reuniu no sábado (1º de julho) para avaliar a iniciativa de 24 de junho e considerou a mobilização um sucesso. Na reunião, assessores do Sindicato informaram sobre o cancelamento do processo no INEA e todos comemoraram a notícia. “Isso nos dá ainda mais força e coragem para lutar, porque demonstra que estamos no caminho certo e que nossas ações não podem parar”, disse Beto Amapá.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação Força RJ
Alexsandro Diniz
Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ