Propagandistas priorizam união e processo de negociação
10 de agosto de 2017
O presidente da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo) e 1º secretário da Força Sindical, Sergio Luiz Leite, o Serginho, destacou hoje (10) a importância da negociação, principalmente no atual cenário econômico, no Enprovend (Encontro Nacional dos Propagandistas e Vendedores de Produtos Farmacêuticos), na colônia de férias do Sindicato dos Borracheiros de São Paulo, em Praia Grande (SP). “Negociação não pode ser considerada pegando um determinado parâmetro numa certa época, porque desde a década de 1970 houve muito avanço nas convenções coletivas. Pegamos o processo de hiperinflação, mas agregamos direitos à CLT”, disse. Segundo Serginho, a partir desse processo de negociação, a categoria dos químicos e farmacêuticos registrou avanço nas convenções.
“No caso dos propagandistas, antes não era possível saber a situação da categoria de forma profunda, pois ocorria negociação diferenciada. Mas agora ocorreu um grande salto ao abrir negociação conjunta no Estado de São Paulo”, afirmou. Porém, ele alertou os mais de 120 participantes dos propagandistas no evento quanto à Lei 13.467/2017, que começa a valer a partir de novembro.
“Temos de ver questões como o caso de trabalhadores que ganham acima de R$ 11 mil que, por causa desta Lei, farão negociação direta entre trabalhador e patrão. Nesta questão, não será obrigado aplicar a convenção coletiva. Como agiremos neste caso? É importante criarmos estratégias de negociação”, ressaltou.
Serginho disse ainda que a categoria precisa tomar cuidado para o autônomo exclusivo não virar regra, saindo do diferenciado, sem vínculo empregatício. “Temos de olhar com muito cuidado essa situação, para evitar demissão que poderá resultar readmissão num processo de precarização. Tudo o que aprendemos agora sofreu grande processo de transformação”, afirmou.
Ele frisou não perder foco, mas construir uma agenda positiva. É impossível pensar em retomada com 14 milhões de desempregados no país. “Temos de incluir isso em nossos debates. Porque a grande imprensa continuará não apoiando os sindicatos. É importante lembrar que 57% da população rejeita a reforma trabalhista”.
O presidente da Feprop (Federação dos Propagandistas e Vendedores de Produtos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro), Alexsandro Diniz, disse que não é possível continuar discutindo política sindical com base na década de 1940. “Temos de crer que a Câmara dos Deputados apoiará a Medida Provisória, revertendo pontos polêmicos aprovados na reforma trabalhista sancionada pelo governo Michel Temer”, finalizou.
Fonte: CNTQ
Fotos: Divulgação CNTQ
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