Economista do Dieese revela alta rotatividade na categoria dos propagandistas
10 de agosto de 2017
O economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) Daniel Ferrer revelou durante o Enprovend (Encontro Nacional dos Propagandistas e Vendedores de Produtos Farmacêuticos), que acontece de 9 a 11 de agosto, na colônia de férias do Sindicato dos Borracheiros de São Paulo, em Praia Grande (SP), a exemplo do que ocorre com outras categorias, que os propagandistas sofrem com a alta rotatividade da mão de obra. O tempo de emprego dos profissionais deste segmento girou em torno de três anos em 2015. No primeiro semestre de 2017, 1.800 foram demitidos e contratados 1.700 para ganhar menos. Confira no link.
“Eles atuam em diversas regiões do país, mas curiosamente na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), o registro deste funcionário não é nestes locais, mas na base onde está a empresa. Por exemplo: o trabalhador exerce a função em Sergipe para determinado laboratório, cuja matriz fica em SP; então, neste documento, ele figura como se trabalhasse em São Paulo, quando deveria ser o contrário. É fácil descobrir isto, pois a RAIS revela o município de prestação de serviço do empregado”, disse.
Segundo Daniel, quando se analisa o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e a RAIS, é possível descobrir que o propagandista é uma categoria diferenciada, apesar de grande parte das empresas não contabilizarem nos documentos específicos essa particularidade.
“A escolaridade é elevada, com remuneração média de R$ 10.049,00; a idade varia de 30 a 39 anos, 60% são do sexo masculino; a escolaridade inicial é Ensino Médio completo e a grande concentração do setor é funcionário com Ensino Superior. Dos 13 mil trabalhadores desta categoria, 9.015 têm formação universitária. Infelizmente, o tempo de emprego do propagandista em 2015 foi de três anos”, finalizou.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Fonte: CNTQ
Foto: Divulgação CNTQ
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