Ato em comemoração pelo Dia da Mulher se transforma em protesto contra a violência a trabalhadoras

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22 de março de 2014

Ato em comemoração pelo Dia da Mulher se transforma em protesto contra a violência a trabalhadoras

Maria Aparecida Evaristo, secretária da Mulher da Força RJ (primeira à direita), acredita que as mulheres precisam estar unidas, nas ruas, lutando por seus direitos

O que seria um ato em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, promovido pelo Fórum Estadual das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, em 18 de março, transformou-se num protesto contra a bárbara morte da auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, que, depois de atingida por tiros, foi colocada no porta-malas de uma viatura da Polícia Militar e arrastada por uma cerca de 300 metros, no ultimo domingo (dia 16). Para Maria Aparecida Evaristo da Silva, da Secretaria da Mulher da Força RJ, e Maria Auxiliadora dos Santos, da Secretaria da Mulher da Força Sindical Nacional, presentes à manifestação, a política dos governos para a Segurança Pública precisa mudar com urgência, porque trabalhadoras, mães de família, não podem continuar sendo vítimas da violência e do preconceito em comunidades carentes.

Segundo a frentista Maria Aparecida, secretária da Mulher da Força Rio, o ato foi transferido de 8 de março para dia 18 em função do Carnaval. O grupo de dirigentes sindicais e trabalhadoras se concentrou de 14h às 18h na Praça Floriano Peixoto (Cinelândia, Centro), para depois ocupar com faixas e cartazes a escadaria da Câmara Municipal de Vereadores. O sentimento comum era de repúdio e pesar pela morte de Cláudia Silva Ferreira.

 Ato em comemoração pelo Dia da Mulher se transforma em protesto contra a violência a trabalhadoras

“Estou chocada. Cláudia foi vítima de uma operação desastrosa, que jamais deveria acontecer num domingo, único dia que o trabalhador tem para se divertir e estar em família. O recrudescimento da violência faz com que a PM olhe para todos que moram em comunidades carentes como se fossem bandidos. Colocar uma mulher ferida num porta-malas, como se fosse um bicho, ou pior, um objeto quebrado, é denegrir a pessoa humana. Não podemos admitir que fatos como esse se repitam”, desabafou Maria Aparecida Evaristo.

A secretária da Mulher da Força RJ avaliou o 1º ato conjunto das centrais sindicais em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher como um grande passo no sentido da unidade em prol de importantes conquistas. “Plantamos a semente de novos caminhos. A união faz a força. Cada vez mais fica evidente que lugar de mulher é lutando e espero que outras centrais, que ainda se mantém à margem desse processo de unicidade, percebam a importância dessa mobilização, para além das ideologias, em prol de mudanças sociais urgentes”, afirmou.

Para Maria Aparecida, atos como o de 18 de março devem se repetir mais vezes. E a secretária da Mulher da Força Nacional, única representante de uma central sindical nacional presente ao ato, concordou: “Se a mulher não for para a rua, lutar por sua valorização e respeito, quem vai lutar?”, arrematou Maria Auxiliadora dos Santos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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