Conferências sobre Saúde do Trabalhador acontecem até o final de maio no RJ

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25 de maio de 2014

Força Rio participa de seminário que discutiu a Conferência Nacional

IFA capital do Rio de Janeiro realiza sua macroconferência regional da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora dias 21 e 22 de maio, de 9h às 18 horas, no Auditório do 9º andar da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), na Rua São Francisco Xavier, nº 524, Maracanã, Rio de Janeiro. A etapa é preparatória da 4ª Conferência Estadual, que vai definir as contribuições do Rio de Janeiro para a 4ª Conferência Nacional, que acontecerá de 10 a 13 de novembro de 2014, em Brasília/DF.

Com o tema central “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Direito de Todos e Todas e Dever do Estado”, as conferências regionais e estaduais estão a cargo da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST), que, no estado do Rio de Janeiro, é composta pelos companheiros Marcelo Peres e Sérgio Ricardo Freitas (Força RJ), Miguel Paulo Aguiar Filho e Alexandre Azeredo (Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda), Sandoval Marques e Herson Fraga (Químicos de Nova Iguaçu), Joélcio de Azevedo e José Rodrigues dos Santos (Sindicato dos Trabalhadores em Purificação e Distribuição de Água e Esgoto de Niterói), Dalmo Malheiros e Wilson Luiz (Sindicato dos Empregados em Concessionárias e Distribuidoras de Veículos Automotores do RJ), Washington Fragoso e Rondinelli Alves (Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação do RJ), Maria Aparecida Evaristo da Silva e Renato Cândido (Frentistas RJ), José de Andrade Cruz e João Carlos Gastaldello (Aeroviários RJ) e Ana Cristina de Souza Teixeira e Dalberto de Andrade (Eletricitários de Angra dos Reis e Paraty), entre outros.

“O eixo principaldas discussões é a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Para isso, vamos analisar o desenvolvimento socioeconômico e seus reflexos na saúde do trabalhador e da trabalhadora; a efetivação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador nos Ministérios e nas suas esferas de governo; o fortalecimento da participação dos trabalhadores e das trabalhadoras, da comunidade e do controle social nas ações de saúde da classe trabalhadora e o financiamento da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, nos municípios, estados e união”, informou Marcelo Peres, secretário de Imprensa e Comunicação da Força RJ.

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Mª do Socorro pres. do Conselho Nacional de Saúde e Marcelo Peres da Força RJ

Marcelo Peres participou, em Brasília, do Seminário Setorial com as Centrais Sindicais e Organizações Sociais, realizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) como etapa preparatória para a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e daTrabalhadora. Os objetivos do encontro foram debater a importância de implantar a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Sistema Único de Saúde (SUS); incluir o debate político da saúde dos trabalhadores na agenda sindical e governamental; mobilizar para as etapas macrorregionais, estaduais e nacional da Conferência, trabalhadores dos setores produtivos, como agricultura e pecuária, construção civil, transporte, indústria, comércio, serviço público e privado da saúde e serviço público em geral. Além disso, houve a preocupação de preparar os conselheiros que vão acompanhar as diversas etapas, até o encontro nacional, para os debates.

Na ocasião, participaram da mesa de abertura o secretário de Gestão Estratégica eSem Título-2 Participativa do Ministério da Saúde, André Bonifácio; a presidenta do CNS, Maria do Socorro de Souza; os representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Denise Rinehart; da Força Sindical, João Donizeti; da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch; da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Eugiane Lago; da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Jorge Venâncio; da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Luiz Aníbal; da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Junéia Martins Batista; a conselheira nacional de Saúde, integrante do Movimento Social LGBT, Fernanda Benvenutty; da União Geral de Trabalhadores (UGT), Adir de Souza; da Confederação Nacional de Saúde dos Trabalhadores, João Rodrigues e do Ministério da Previdência Social, Ricardo Oliveira.

“Na condição de mulher, negra, mãe e avó, autorizada para representar a população do campo, estou muito feliz. Fizemos uma mesa policlassista porque a maioria deste país gera riqueza, mas esta pauta não está tendo centralidade nos espaços de decisão política. E o esforço e a legitimidade que temos nesta mesa são exatamente no sentido de colocar na agenda das nossas entidades, na agenda da sociedade, na agenda governamental, o debate, a reflexão e a priorização desta política, a saúde como um todo e com um recorte especial a saúde do trabalhador e trabalhadora”, afirmou Maria do Socorro de Souza, presidenta do CNS, na ocasião.

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Força Sindical com a maior delegação e com representantes de vários estados

Marcelo Peres foi o relator do Grupo de Trabalho que discutiu a saúde do trabalhador nos serviços públicos. “Foi um momento de compartilhar os anseios de diversas categorias em todo o Brasil e o que mais aflige os companheiros do serviço público com relação à segurança e saúde no trabalho”, resumiu o secretário de Imprensa da Força Rio.

A professora da Universidade Federal da Bahia, Peilda Vazquez, apresentou o painel “Capitalismo, Desenvolvimento e Mudanças no Mundo do Trabalho”. Ela afirmou que discutir saúde do trabalho é discutir saúde pública. Além disso, Vazquez falou sobre depressão e racismo.

O segundo painel foi sobre o “Panorama da Situação de Saúde da Classe Trabalhadora Brasileira”. Como painelistas estiveram presentes Roque Veiga, da Secretaria de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde; Jandira Maciel, professora da UFMG, especialista na área de saúde e trabalho; Maria do Socorro de Souza, presidenta do Conselho Nacional de Saúde; e Letícia Nobre, diretora da Secretaria de Segurança e Atenção à Saúde do Trabalhador na Bahia, e representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

O painel teve como objetivo compreender o panorama da situação de saúde dos trabalhadores no Brasil, aprofundando a concepção sobre o trabalho e a saúde, e partindo de um viés que não privilegie o mundo urbano, industrial e masculino, mas que traga para a discussão classes desfavorecidas, como a população em situação de rua, as pessoas com HIV/AIDS, os povos do campo, da floresta e das águas, entre outros.

Roque Veiga, em sua apresentação, trouxe dados que apontam as principais notificações de problemas de saúde relacionados ao trabalho e indicou fatores que influenciam o adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras, como o aumento da carga horária, a terceirização, o decréscimo de quadro de pessoal e a insalubridade dos ambientes de trabalho. “A maior causa de afastamento de professores, por exemplo, é por problemas relacionados à saúde mental. Quando falamos em intersetorialidade, temos que pensar em como mudar esse determinante social em saúde”, apontou.

Jandira Maciel chamou atenção para a necessidade de ampliação do conceito de trabalho na formulação de políticas públicas: “Das 130 milhões de pessoas que compõem a chamada classe economicamente ativa, mais de seis milhões são trabalhadores e trabalhadoras que dependem do mercado informal e, por isso, estão excluídas das  políticas públicas relacionadas à saúde do trabalhador.

Foi discutida a necessidade de a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora trazer uma nova concepção do controle social, partindo de um formato que ajude a politizar o debate e dar voz à classe trabalhadora. Maria do Socorro de Souza destacou que “se queremos discutir integralidade e intersetorialidade, temos que trazer ao debate a questão agrária, a reforma urbana, o preconceito, os problemas de transporte, saneamento e moradia. O panorama de saúde do trabalhador e da trabalhadora exige uma crítica ao modelo desenvolvimentista, que coloca o Estado e a saúde a favor de um sistema acelerado, industrializador e sem planejamento. A 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, assim como a 15ª Conferência Nacional de Saúde, não podem ser apenas eventos. Precisamos refletir sobre como nossas entidades se comprometerão com essa pauta e essa mobilização, no período anterior e posterior às conferências”, arrematou a presidenta do CNS.

Fonte: Rose Maria
Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ com
Equipe de Comunicação do Conselho Nacional de Saúde

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

 

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