Empregados ficam mais de 40 dias sem salário em construção de prédio em Jacarepaguá

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26 de maio de 2014

image_211Treze empregados da PJ Construtora trabalhavam desde março sem receber qualquer pagamento, inclusive vale-refeição e tíquete-assiduidade. Esses profissionais – que são armadores, carpinteiros, pedreiros e serventes e um encarregado – ainda ficaram alojados em um dormitório de péssimas condições oferecido pela empresa.

Isso tudo aconteceu na obra de construção de uma instalação da Rede Globo em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, onde a empreiteira PJ Construtora presta serviços para a Afonso França Engenharia.

Na última quinta-feira (15 de maio), após intervenção do Sintraconst-Rio, empresa responsável pela obra, a Afonso França, começou a pagar os salários e benefícios dos operários.

Nas últimas semanas, a equipe 5 do Departamento de Segurança do Trabalho do Sintraconst-Rio foi ao canteiro para regularizar a situação. Uma notificação, onde o Sindicato lista os desvios em relação à convenção coletiva de trabalho e à própria CLT, foi entregue à construtora principal e às cinco empreiteiras que operam no canteiro, inclusive à PJ Construtora.

Nesta sexta-feira (16 de maio), representantes do Sintraconst-Rio voltaram ao local. Para a semana seguinte, mesas de entendimento estão agendadas com as empresas para resolver outras irregularidades.

“É um absurdo o modo de administração dessa empreiteira, os empregados fazem o seu trabalho e a terceirizada, que os colocou no processo produtivo, sequer paga os salários”, destaca o técnico em segurança do trabalho do Sintraconst-Rio Alfredo Laeber.

O canteiro tem 64 operários, e mais da metade deles são terceirizados. Além da falta de pagamento, há empreiteiras que não fornecem equipamentos de proteções individuais (EPIs) e uniforme de trabalho, conforme orienta as normas regulamentadoras.

Na reunião com o Sindicato, as empresas vão ter que apresentar comprovantes de pagamentos de salários, benefícios e de depósito de FGTS dos seus empregados.

Da parte dos funcionários, fica a indignação pela forma como a terceirizada trata seus profissionais. “A empreiteira acha que somos escravos para não nos pagar”, reclama um dos funcionários.

A Afonso França não havia nem informado o Sindicato sobre a operação da PJ no canteiro. Até a intervenção do Sindicato no local, a subcontratada estava, oficialmente, como clandestina na obra.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sintraconst-Rio

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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