Força RJ promove encontro entre lideranças sindicais e candidatos às próximas eleições

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1 de agosto de 2014

20140730_102539aA Força Sindical RJ reuniu em seu auditório nesta quarta-feira (30) candidatos a deputado estadual e federal para apresentar a presidentes de Sindicato e dirigentes sindicais suas propostas. O presidente da Força RJ, Francisco Dal Prá, entregou a todos as reivindicações e pontos defendidos pela Força Sindical RJ e os candidatos puderam apresentar suas metas e projetos de trabalho, se eleitos. Na mesa, também o coordenador geral da campanha de Anthony Garotinho a governador, Fernando Willian, único a comparecer ao encontro como representante do Executivo.

Para um plenário lotado, Paulo Ramos (candidato à reeleição a deputado estadual-PSOL), Marquinho da Força (deputado estadual-Solidariedade), Edmilson Valentim (deputado estadual-PC do B), Áureo Ribeiro (candidato à reeleição a deputado federal-Solidariedade), Joadil Júnior (deputado federal- Solidariedade), Virgílio Lagrimante (deputado federal- PSD), Dilson Drumond (já suplente e candidato a deputado federal-PSB) e Marcelo Novaes (deputado federal-PROS) puderam apresentar sua trajetória e seus planos de trabalho.

Mas antes da apresentação de cada candidato, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias e vice-presidente da Força RJ, Carlos Alberto Fidalgo, convocou todos os presidentes de Sindicatos presentes para entregar a Francisco Dal Prá, que dá nome ao auditório, uma placa comemorativa pela reforma e ampliação do espaço. “Você é respeitado não só na Força Sindical, mas também nas centrais co-irmãs, que reconhecem o líder e o homem que você é”, disse Carlos Fidalgo. Surpreso e emocionado, Dal Prá agradeceu a homenagem. “Vocês me dão suporte e a providência divina me ampara, companheiros”.

Dal Prá deu sequência à programação, enfatizando que a Força Nacional e a Força RJ estão muito preocupadas em conscientizar a todos sobre a importância de colocar no Parlamento candidatos ligados ao movimento sindical e às reivindicações dos trabalhadores, sem nenhuma vinculação partidária, mas com disposição para assumir compromissos com as pautas trabalhistas. “O debate político é um direito de todos e fazer política faz parte do exercício democrático, não só como dirigente, mas também como cidadão”, completou.

Assim, todos receberam um documento com as pautas defendidas pela Força RJ no âmbito estadual: mobilidade urbana na capital e Região Metropolitanatransporte público (trem, metrô, ônibus e barcas); qualificação profissionalescolas técnicas; piso mínimo regional ganho real e simplificação das categorias; saúde básicaUPAs e atendimento de prevenção; política de geração de empregosdistritos industriais por região; incentivo à criação de micro, pequenas e médias empresasdesburocratização; desenvolvimento sustentávelreciclagem e transformação; revisão das UPPsações sociais complementares.

Em nível nacional, os pontos são: regulamentação do Artigo 8º da Constituição Federalrepresentação sindical; quebra do fator previdenciárioderrubada do veto presidencial; redução gradual da jornada de trabalho sem redução de salário acelerar projeto de lei; correção da tabela de Imposto de Renda; reajuste dos aposentadosvotação de projeto de lei; reforma políticaconsulta às representações da sociedade civil; reforma tributáriadebate com sociedade civil e entidades de classe; reforma do pacto federativodistribuição automática entre entes federativos; manutenção da política de reajuste do salário mínimo nacional; distribuição dos recursos de 10% para a Educação/PEC da Educaçãoda união, destinados a estados e municípios; alterações no PL Nº 4330/04terceirização que precariza as relações de trabalho; reestruturação do Ministério do Trabalhoconcurso público para auditores fiscais; respeitar a validade dos concursos públicos; respeitar a autonomia sindical.

 Candidatos assumem compromissos

O deputado Paulo Ramos foi o primeiro a falar, lembrando que ele e Edmilson Valentim foram considerados constituintes nota 10 pelo DIAP quando participaram da elaboração da Constituição Federal. “Me identifico com todas as propostas e por elas tenho lutado. Essa iniciativa da Força Sindical é muito louvável, porque é muito difícil quem vem da luta social conquistar um mandato”, disse Paulo Ramos.

O vice presidente da Força RJ Marco Antônio Lagos de Vasconcellos, (licenciado) o Marquinho da Força (Sindicato dos Metalúrgicos de São Gonçalo), lembrou estar há duas décadas no movimento sindical e conhecer bem as reivindicações dos trabalhadores. Outra proposta que pretende apresentar no Legislativo estadual é o fim da vistoria veicular, acoplando à Lei Seca técnicos para identificar problemas mecânicos nos carros.

Joadil Júnior (Sindicato da Construção Civil), se apresentou como defensor das mulheres, para que conquistem cada vez mais igualdade nas relações de trabalho. “Os trabalhadores precisam tomar as rédeas do processo político, senão as mudanças que todos pleitearam nas manifestações de junho do ano passado não virão”.

Virgílio Lagrimante (presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Rio das Ostras), além do compromisso com todos os pontos da Força RJ, se propõe a trabalhar para que a qualificação profissional seja obrigatória em todas as salas de aula do Ensino Médio. “Em Rio das Ostras, desenvolvemos esse projeto e todos os 284 jovens formados estão trabalhando”, completou. Outra proposta é o fim da taxa judiciária, que hoje está em torno de 4% do valor da ação apenas para distribuição do processo, e o fim da contribuição do aposentando com INSS e Imposto de Renda. “Precisamos garantir emendas para o interior de nosso estado. Rio das Ostras perdeu R4 42 milhões em emendas e Cordeiro, R$ 18 milhões”, denunciou Virgílio.

Dilson Drumond lembrou sua história de militante da UNE no início da ditadura militar e a experiência de ser o presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina em 1968. “Em todos os meus mandatos – 5 vezes vereador em São Gonçalo e suplente de deputado federal – sempre brigamos com as oligarquias. Compactuo com todas as bandeiras, mas duas abraço de corpo e alma: a redução da jornada e o fim do fator previdenciário. Outra luta permanente é a defesa do SUS. Um médico do SUS ganha R$ 3,50 por consulta e uma equipe médica, R$ 300,00 num parto cesariana. A tabela não é corrigida desde 2004. Aí começa o sucateamento da saúde pública. Sem correções nessa tabela, não há atendimento de qualidade à população”, salientou.

Marcelo Novaes (presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais) disse que a questão da segurança pública precisa ser enfrentada, desde o sistema arcaico de investigação até a implantação de um currículo mínimo para a formação de novos profissionais. “Um inquérito policial muitas vezes leva anos para ser fechado e a Justiça refaz todos os passos. Daí a morosidade na Justiça e a sensação de impunidade. Também o trânsito mata muita gente nas nossas estradas; é como se caísse um boeing por mês. Esperar até os 18 anos para ter noções de trânsito é muito tempo. Cada um precisa receber noções de trânsito e cidadania na vida escolar. E, seguindo o modelo da nota carioca, promover descontos no IPVA para quem paga pedágio”, concluiu.

O presidente Francisco Dal Prá elogiou a qualidade das propostas apresentadas e, antes do encerramento, lideranças sindicais discutiram diretamente com os candidatos ideias complementares a todas as colocações e colocou em votação a proposta de convidar os principais candidatos a governador para exposição dos projetos de governo, o que foi aprovado por todos.

Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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