Metalúrgicos aprovam acordo com CSN
14 de agosto de 2014
Os metalúrgicos da CSN aprovaram na quarta-feira (13) o acordo salarial com a empresa para o período 2014/2015. Dos 5.868 trabalhadores que votaram, 2.513 aceitaram a proposta número um da empresa, 1.791 aprovaram a número dois, 1.458 votaram pela greve, 14 anularam o voto e dois votaram em branco.
O vice-presidente – e presidente eleito – do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos, afirmou que o acordo não foi o ideal, mas que respeita a decisão da categoria: “O sindicato esperava que o acordo fosse um pouco melhor. Poderia haver avanços no cartão alimentação, como aumento no valor e redução na participação do trabalhador, mas a categoria decidiu prela aprovação e respeitamos isso”, disse.
Campos avaliou que o longo processo de negociação – cerca de cinco meses – contribuiu para que o acordo fosse aprovado: “O trabalhador já está desgastado. A inflação está aí e ele quer um alívio no seu orçamento, ainda mais com a possibilidade de aumento dos combustíveis após as eleições”, arriscou.
O sindicalista afirmou que agora o acordo será assinado, enquanto a diretoria parte para uma nova etapa: a negociação do acordo com as empresas terceirizadas, que começa hoje mesmo. Geralmente, o acordo da CSN serve como base para a negociação das terceirizadas.
A negociação
As conversações entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a CSN estavam em um impasse desde que os trabalhadores rejeitaram, em 16 de junho, a proposta que a CSN qualificou como final. Para que houvesse avanço, as duas partes foram a uma mesa-redonda na Gerência Regional do Trabalho, em Volta Redonda. Depois de duas reuniões, o mediador Luiz Felipe Monsores Assumpção apresentou novas propostas, que a CSN aceitou e o sindicato decidiu colocar em votação.
O acordo
A proposta aprovada consiste no reajuste salarial de acordo com o INPC (5,82%), retroativo a 1º de maio; uma carga extra de R$ 400 no cartão alimentação, sem a participação dos trabalhadores, que deve ser depositada no dia 19 deste mês. O cartão alimentação passará a ser de R$ 312 (reajuste de 5,82%), com a participação de 5% dos trabalhadores. O auxílio creche será de R$ 458, um aumento de 13,36%.
A segunda proposta também oferecia um reajuste salarial no valor do INPC (5,82%), porém será retroativo a 1º de julho. Uma carga extra de R$ 800 no cartão alimentação, sem a participação dos trabalhadores. O cartão alimentação passaria a ser R$ 312 (reajuste de 5,82%), com a participação de 5% dos trabalhadores. O auxílio creche passaria a ser de R$ 458 (13,36%).
Nas duas propostas, o Cartão Alimentação será estendido também para as trabalhadoras em licença-maternidade e para os afastados por acidente ou auxílio-doença do trabalho.
Fonte: Diário do Vale