Protesto contra demissões em massa em Campos

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10 de fevereiro de 2015

Manifestação Campos

Foto: Jornal O Diário de Campos

Dezenas de trabalhadores demitidos do Consórcio Integra Offshore, do Porto do Açu, realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (10) na BR-101, em Campos, convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Campos e Região, com o apoio da Força Sindical RJ e Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado. Com um mini-trio elétrico e munidos de faixas e bandeiras, eles saíram da altura da Igreja da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no Parque Leopoldina, e caminharam até o Trevo do Índio, na entrada do município, deixando o trânsito lento durante a manhã. Duas viaturas da Guarda Municipal e outras duas da Polícia Militar, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, acompanharam o ato, que ocupou apenas uma pista da BR.

O Consórcio Integra, formado pelas empresas OSX e Mendes Júnior, demitiu 200 funcionários no mês de dezembro e agora mandou embora mais 400 trabalhadores, no último dia 2.

“Este ato é em repúdio às demissões em massa e também um protesto contra as Medidas Provisórias 664 e 665 do Governo Federal, que determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários e ao seguro desemprego”, explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Campos, João Paulo Cunha.

João Paulo Cunha

Foto: Jornal Ururau

 No último dia útil de dezembro, a Presidente da República editou as Medidas Provisórias nº 664 e 665, que, entre outros assuntos, determinam novas regras para acesso a benefícios como Abono Salarial, Auxílio Doença e Seguro Desemprego, que, com a nova regra, por exemplo, passa a ter carência de 18 meses na primeira solicitação, 12 meses na segunda e seis meses a partir da terceira. Antes, porém, a carência era de seis meses de trabalho.

A vaca tossiu

Os trabalhadores levaram para a manifestação um boi pintado, que representava “uma vaca tossindo”. O ato simbólico, segundo João Paulo Cunha, é por conta do discurso da presidente Dilma Rousseff durante a sua campanha de reeleição.

“Dilma disse que não mexia com os direitos dos trabalhadores ‘nem que a vaca tussa’ e ela mexeu. Não conversou com nenhuma representação da classe. Esta atitude fere principalmente os trabalhadores mais novos, pois hoje o mercado de trabalho tem uma grande rotatividade. Então a vaca tossiu, vomitou e foi para o brejo”, afirmou João Cunha, secretário da Força RJ para a Região Norte e Noroeste do estado.

O dirigente sindical lembrou, ainda, que a classe trabalhadora está apreensiva diante da divulgação pela Petrobras de carta convite para o último processo licitatório para a construção de módulo de compressão de gás para navios-plataforma, que exclui empresas brasileiras.

Por Rose Maria. Fonte: Jornal O Diário de Campos.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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