Operários da reforma do Colégio Pedro II paralisam trabalhos e fazem novos protestos

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30 de março de 2015

01Atraso no salário de março e falta de pagamento do tíquete-refeição e do café da manhã são alguns dos problemas enfrentados pelos 60 empregados da Tecnisan Técnica de Serviços e Comércio Ltda.

Essa empresa faz serviço de manutenção elétrica, hidráulica e de alvenaria nas unidades de um dos colégios públicos mais tradicionais do Rio, o Pedro II.

Os trabalhadores, junto com o Sintraconst-Rio, fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira, em frente à unidade principal da instituição, em São Cristóvão.

Na última terça-feira (24 de março), os operários fizeram nova manifestação também com o apoio do Sindicato.

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Em reunião com representantes do Sindicato, a administração da Tecnisan disse que o Colégio Pedro II não pagou pelos serviços realizados. A dívida do colégio com a empresa é milionária, segundo a própria Tecnisan.

“Nesta semana tentamos por duas vezes falar com a administração do Pedro II, na unidade de São Cristóvão, mas não fomos atendidos”, conta o líder da equipe 6 do Departamento de Segurança do Trabalho do Sindicato, José Carlos Silva.

Além dos salários e da refeição, os operários sofrem com a falta de EPIs para o trabalho. E o vestiário é em meio ao almoxarifado da obra.

“Parte do material de trabalho fica guardado dentro do refeitório”, denuncia um trabalhador. Isso evidencia a desorganização da empresa e o desrespeito à NR-18.

O Sintraconst-Rio acompanha a situação desde terça-feira (17 de março), com visita às obras. Na próxima semana, caso o pagamento não seja feito, a entidade vai acompanhar os trabalhadores numa paralisação de advertência até que alguma posição seja tomada pelos responsáveis.

O Colégio Pedro II é federal e conta com cerca de 13 mil alunos. Foi fundado em 1837 e hoje tem 14 unidades, 12 delas na cidade do Rio de Janeiro. A empresa Tecnisan faz reformas em várias dessas unidades.

Empresa faz com que material de reforma seja armazenado no próprio vestiário dos trabalhadores

Empresa faz com que material de reforma seja armazenado no próprio vestiário dos trabalhadores

Reivindicações dos operários:
– regularização do pagamento dos salários,
– pagamento do tíquete-refeição, café da manhã e cartão assiduidade,
– pagamento do adiantamento salarial, como determina a convenção coletiva e
– regularização da área de vivência e das condições de segurança do trabalho.

Atualização 20 de março de 2015: em reunião com a direção do Colégio Pedro II, o Sindicato foi informado de que o governo federal vem atrasando os repasses para o pagamento da empresa que faz a manutenção das unidades do colégio.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sintraconst-Rio

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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