14 de maio de 2015

Em fiscalização de rotina, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Município do Rio (Sintraconst-Rio) constatou uma série de irregularidades na obra de urbanização do bairro Rocha Miranda, Zona Norte do Rio. A lista de problemas era tão longa que obrigou o Sindicato a organizar uma paralisação de advertência na obra, que é da Prefeitura do Rio e está sob a responsabilidade da In.Bra Construtora.

Falta de pagamento aos trabalhadores, início das obras sem área de vivência, desrespeito à NR-18, café com leite servido em pote plástico (usados para acondicionar sorvete), falta de relógio de ponto na obra e de adiantamento salarial, contêiner sem aterramento (risco de choque), improvisação de banheiros (mais pareciam valas) e falta de armários foram algumas das irregularidades encontradas.

A paralisação contou com a participação dos cerca de 40 operários do canteiro. “Essa obra não deveria nem ter começado. A área de vivência não tem condições humanas”, avaliou o supervisor do Departamento de Segurança do Trabalho do Sintraconst-Rio, José de Almeida.

O documento de notificação produzido pelo Sindicato tem 10 páginas, tamanho são os descasos flagrados. “Somos tratados como cachorros”, atestou um dos trabalhadores.

Uma das empreiteiras que atrasa os pagamentos dos salários é a Acaji. “Apontamos os problemas e notificamos os responsáveis pela obra. Vamos seguir fazendo visitas periódicas ao local”, afirmou o líder da equipe 4 do Sintraconst-Rio.

Depois da mobilização do Sindicato, a empresa In.Bra começou a resolver os problemas com as instalações sanitárias. A Acaji também se comprometeu a pagar as dívidas trabalhistas com os empregados.

Para garantir a regularização de todas as irregularidades, o Sindicato vai seguir com visitas constantes de fiscalização no canteiro.

Por Rose Maria. Com Assessoria de Comunicação Sintraconst-Rio.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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