Comerciários e centrais sindicais lutam por adiamento nas eleições marcadas para o próximo dia 17

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14 de junho de 2015

TRT

Após o Ministério Público afastar Otton Mata Roma por nepotismo do comando do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro, denúncias de favorecimento político partidário ao PC do B por parte do interventor José Carlos Nunes, e também a familiares e amigos, nos moldes dos Mata Roma, fazem as chapas que disputam a eleição com apoio da Força Sindical e outras três centrais sindicais pedirem o adiamento da eleição marcada para 17 de junho. A chapa 4, da Força Sindical, bem como a Chapa 5 foram impugnadas, e as centrais denunciam que o processo eleitoral está sendo montado para beneficiar um grupo político partidário, num jogo de cartas marcadas.

“Todas as irregularidades da antiga presidência estão se repetindo. A única coisa que mudou é que a corrupção dos  Mata Roma era familiar e a de agora é também partidária”, resume um  dos funcionários afastados ouvidos pela Revista Veja, que na edição de 13 de maio denunciou o aparelhamento do Sindicato dos Comerciários. Segundo a revista, o interventor, “bem entrosado no mundo jurídico, providenciou emprego para a mulher de um juiz e a enteada de outro”. Acesse a reportagem aqui.

Em função da suspeita de irregularidades, as centrais sindicais, com exceção da CTB e CSB CONLUTAS, realizaram ato em frente ao Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) no último dia 11. Todas foram unânimes em afirmar que o interventor José Carlos Nunes está agindo de forma ditatorial e anti democrática. “Pedimos o cancelamento do processo eleitoral como está e o adiamento das eleições, porque, depois de tanta luta para redemocratizar o Sindicato, os comerciários não merecem participar de um processo eleitoral viciado e tendencioso”, explicou o vice-presidente da Força RJ, Marco Antônio Lagos, o Marquinho da Força.

Trabalhadores que lutam para disputar as eleições denunciam que são muitas as manipulações que acabam por cercear o direito de votar e ser votado. “Nos chegam denúncias de que a atual gestão não entrega carteiras aos novos sócios e sequer envia boletos sindicais aos trabalhadores, provocando uma ‘falsa inadimplência’ que, na verdade, quer evitar que os comerciários participem do processo eleitoral”, afirmou o secretário geral da Força RJ, David de Souza. “Se tentam imprimir o boleto pela página do Sindicato na internet, não conseguem acessar o sistema. Sem contar que centenas de comerciários foram sindicalizados pelas subsedes antes da data limite prevista no edital (10 de abril), mas as carteiras foram emitidas com datas posteriores, impedindo a participação no processo eleitoral”, completou.

Para ele, a única forma de garantir lisura e o exercício democrático do voto, devolvendo o Sindicato a quem os trabalhadores, livremente, escolherem, é o adiamento das eleições. “Não se quer reconstruir o Sindicato em cima de bases sólidas, com a certeza de representatividade de comerciários e não de qualquer outra categoria ou partido político? Então, que se adiem as eleições, para que as denúncias, que são rotineiras desde a matéria publicada pela Revista Veja, sejam apuradas e o dinheiro do trabalhador seja usado em benefício e defesa de comerciários e não de quem quer que seja”, concluiu David de Souza.

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.
Foto: Arquivo Força RJ.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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