Químicos de São Gonçalo reintegram trabalhadores demitidos à revelia das leis trabalhistas

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22 de setembro de 2015

Isaac Wallace (à esquerda) e Francisco Queiroz

Isaac Wallace (à esquerda) e Francisco Queiroz

Em um ano, o Departamento Jurídico do Sindicato dos Químicos de São Gonçalo já reintegrou quatro trabalhadores ao seu emprego de origem, depois de demissões indevidas. A informação é do vice-presidente do Sindicato dos Químicos de São Gonçalo, Francisco Queiroz, ele próprio demitido há 10 anos, e reintegrado em 10 dias na ocasião, graças ao trabalho ágil do corpo de advogados do Sindicato.

Segundo Queiroz, três trabalhadores são de São Gonçalo e um de Magé, já que o Sindicato de São Gonçalo também atua em parceria com entidades co-irmãs. “As empresas procuram desestabilizar o movimento sindical, tentando enfraquecer a unidade e mobilização dos trabalhadores. Ela quer demonstrar que, se pode demitir um dirigente (sindical), pode demitir qualquer trabalhador. Mas, ao invés de se sentir amedrontado, o trabalhador sabe que pode contar com nosso Sindicato para reverter essas demissões”, afirmou Francisco Queiroz.

O último trabalhador beneficiado foi Tiago Carvalho, que voltou ao seu antigo posto na Ingredion Brasil, em Alcântara. Tiago ficou afastado por 30 dias, após sofrer acidente de trabalho e ter seu benefício assegurado pelo INSS. Mas, ao voltar ao setor para retomar as atividades de operador de processos químicos, foi demitido, embora tivesse a estabilidade provisória garantida pelas leis trabalhistas. Tiago ficou dois meses sem receber salários, mas foi reintegrado à empresa após decisão da Justiça do Trabalho. “O juiz determinou o pagamento dos meses atrasados e a volta do Tiago ao mesmo setor, à mesma máquina, enfim, tudo igual”, afirmou Isaac Wallace, presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Rio de Janeiro e diretor do Sindicato dos Químicos de São Gonçalo.

Para Wallace, vice-presidente da Força RJ, numa época em que direitos adquiridos estão sendo retirados do trabalhador em nome do ajuste fiscal e da superação da crise econômica, os sindicatos precisam estar ainda mais vigilantes.

 

  

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Foto: Rose Maria.

 

 

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

 

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