Centrais sindicais fazem Marcha em Brasília dia 24
10 de maio de 2017
Uma grande Marcha sobre Brasília está sendo marcada pelas centrais sindicais para 24 de maio, em protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária. A informação foi dada com exclusividade à Sputnik Brasil pelo secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
A entrevista exclusiva com Sputnik Brasil foi dada por Juruna tão logo ele e os demais integrantes da Força Sindical deixaram o Congresso Nacional nesta terça-feira (9). Juruna e seus companheiros tinham ido conversar com os senadores – mais especificamente com o líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) – para externar suas preocupações com a reforma trabalhista. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou essa reforma por 296 votos contra 177. Daí a preocupação dos sindicalistas em conversar com os senadores para apresentar suas reivindicações, conforme revela Juruna:
“Nós viemos conversar com os senadores, principalmente, porque a votação da reforma trabalhista vai passar agora pelo Senado. Vai ser a casa revisora daquilo que já foi aprovado na Câmara dos Deputados. Então, as centrais sindicais – a Força Sindical e outras mais – estiveram hoje no Senado para conversar com o líder do Governo, Romero Jucá, para dizer que há vários pontos na reforma trabalhista que são até interessantes, mas o conjunto da obra não vale para nós, porque diminui o peso dos sindicatos na hora da negociação direta, na hora da negociação com o empresariado.”
O secretário-geral da Força Sindical acrescenta:
“Mais do que isso: a reforma trabalhista tira os sindicatos das negociações, deixando os trabalhadores à mercê do patronato quando diz que os comitês de empresa serão fiscalizados e não haverá participação sindical. Sem contar outras questões como horário intermitente, desistência de homologação no sindicato quando houver demissões nas empresas, etc. E até mesmo as contratações poderão ser feitas de modo verbal. Não haverá mais necessidade de contratos de trabalho. Isso é o fim do mundo. Então nós achamos por bem abrir conversações com o Senado e queremos que a reforma trabalhista passe pelo crivo dos trabalhadores.”
João Carlos Gonçalves também confirmou que as centrais sindicais estão discutindo a possibilidade de realização de uma nova greve geral, como a que ocorreu em 28 de abril, mas que por enquanto não há nenhuma data cogitada para esta possível nova paralisação em todo o Brasil. Segundo Juruna, a prioridade dos sindicalistas, agora, é acompanhar a votação da reforma trabalhista no Senado para depois, sim, tomar alguma deliberação sobre uma nova greve geral.
A chamada Marcha sobre Brasília, no entanto, ainda segundo o líder sindical, está marcada para 24 de maio.
Fonte: Sputniknews
Foto: Divulgação Força Sindical
Alexsandro Diniz
Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ