Centrais sindicais se reúnem com Pezão

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19 de setembro de 2014

mesaTrês centrais sindicais (Força Sindical-RJ, UGT e Nova Central), reuniram-se na noite da última terça-feira (16) com o candidato a reeleição para governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, para ouvir suas propostas e cobrar melhorias nos serviços estaduais. O encontro aconteceu no centro de convenções do Hotel Guanabara, no Centro do Rio.

As centrais sindicais se fizeram representar por seus presidentes e diversos Sindicatos filiados. Entre as categorias presentes estavam metalúrgicos, frentistas, marceneiros, construção civil, trabalhadores em loterias, permissionários em praias, trabalhadores em edifícios, rodoviários, químicos, aposentados, entre outras.

Acompanhado de seu candidato a vice-governador, o ex-ministro do Trabalho Francisco Dornelles, Pezão ouviu pacientemente os presidentes, assim como também suas críticas. A mais veemente delas, que arrancaram por diversas vezes aplausos da plateia, foram as de Francisco Dal Prá, presidente da Força Rio e da Federação dos Metalúrgicos do RJ. Ele disse:

“Estamos aqui porque somos entidades pluralistas e nossa principal preocupação é o bem estar do trabalhador. As três centrais estão unidas para eleger o futuro governador. Mas também queremos colocar nossos sentimentos. O governo do estado não tem se mostrado preocupado com o movimento social. Em nenhum momento as centrais foram ouvidas nas interlocuções com o governador para definir políticas de interesse dos trabalhadores. E isso tem que mudar. Não queremos um secretário de Trabalho que fique encastelado em seu gabinete, mas que ouça o movimento sindical e a voz dos trabalhadores. Não podemos permitir que municípios do interior continuem vendo sua população diminuir por falta de opções de emprego. E não basta gerar mais empregos. É preciso, urgentemente, reduzir a taxa tributária. O Rio de Janeiro é um porco gordo, tem muito toucinho, mas o governo não soube tirar todo o toucinho desse porco”, afirmou Dal Prá, sendo fortemente aplaudido.

mesa dalpra

E continuou: “A Educação em nosso estado não é precária, mas não está a altura de nossas necessidades. Quanto à saúde, precisa olhar com responsabilidade e atenção para a saúde. É inadmissível ainda vermos pessoas jogadas em macas ou até mesmo no chão, nos corredores dos hospitais”. Dal Prá foi ainda mais longe: “Se nós não conhecêssemos seu passado, não correríamos o risco de trazê-lo aqui. Por isso lhe digo que na hora que sentarmos com seu secretariado e não vierem as respostas que buscarmos, vamos bater à sua porta e entraremos com toda a educação para discutir propostas. Mas se o senhor não abrir a porta, vamos meter o pé na porta para entrar. Trabalhador tem que ser ouvido e respeitado”.

Finalizando sua colocação, Dal Prá lamentou denúncias e prisão por extorsão de policiais. “Policiais são profissionais pagos com nossos impostos para zelar pela nossa segurança. Que o senhor não permita isso (mau comportamento de policiais). Eles deveriam ser nossos amigos, mas o que vemos hoje nas ruas é que 90% da população tem medo da Polícia. Espero que o senhor olhe com carinho para todas essas questões”, salientou.

Antes que Luiz Pezão respondesse as colocações de dirigentes da Força RJ, UGT e Nova Central, seu candidato a vice-governador registrou que durante os três anos que esteve ministro de Estado, teve contato exaustivo com as centrais e agradeceu a ajuda do deputado federal Paulinho da Força, “pela sua capacidade de liderança e de trabalho”, completou Francisco Dornelles.

dorneles

Dirigindo-se repetidas vezes a Francisco Dal Prá, Pezão garantiu que “não ia ser necessário meter o pé na porta”. “Tenho um orgulho imenso de estar aqui. Meu pai foi do Sindicato da Light. Foram 46 anos no torno mecânico. E são os ensinamentos dele e de minha mãe que me guiam na vida”.

Pezao 2

Pezão passou a enumerar os avanços de sua gestão ao lado do ex-governador Sérgio Cabral, como valorização do servidor público através de um calendário de pagamento e liquidação da fila de precatórios. Admitiu que ainda há muito a fazer na saúde, mas ressaltou a melhoria em 43% do desempenho das crianças em escolas da Prefeitura por conta do processo de pacificação de comunidades. “Só isso já valeria a paz. Se tivéssemos acreditado nos Cieps, na educação em horário integral, não estaríamos prendendo tanto bandido como estamos. Por isso quero colocar em toda a nossa rede o ensino profissionalizante. Sem Educação não há solução. E é a paz que permite entrar o professor e o médico para trabalhar. É triste ver um coronel cometer um deslize, mas 90% da nossa Polícia está aí, enfrentando bandido. Temos o compromisso de olhar com muita atenção para quem mais precisa do governo, quem não tem, Dal Prá, nem condição de ir ao gabinete para pedir nada. Minha política é para construir, para unir, para fazer”, sentenciou Pezão.

Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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