Construtora assina cheque e paga operários depois de paralisação de advertência
27 de maio de 2014
A Tecnomega Empreendimentos Imobiliários fez com que a terceirizada Artlar Incorporações de Imóveis quitasse a dívida que tinha com seus 11 trabalhadores no canteiro da obra de um prédio de sete pavimentos em Irajá. O pagamento retroativo do tíquete alimentação e assiduidade foi efetuado na última sexta-feira (16 de maio).
Um dia antes, a equipe 4 do Departamento de Segurança do Trabalho do Sintraconst-Rio esteve na obra da Tecnomega e paralisou os trabalhos junto aos 40 operários que dão expediente no local.
Além de não garantir o fornecimento dos tíquetes, a construtora, que é de São Paulo e está em seu primeiro empreendimento no Rio, não observou uma série de normas de segurança na obra, como proteção de periferias e higiene do refeitório.
“Além desses problemas na parte física da obra, reivindicamos na paralisação de advertência melhorias imediatas no modo como as terceirizadas tratam os seus empregados”, conta Ricardo Nogueira, técnico de segurança do Sintraconst-Rio que acompanha o canteiro.
A Artlar Incorporações de Imóveis pagava passagem de seus 11 empregados em dinheiro e não fornecia o valor suficiente para arcar com os custos de transporte. Diante disso, o Sindicato fez com que a terceirizada pagasse o complemento retroativo.
Outra empreiteira que atuava com irregularidades na obra é a Gênero Inédito Construções Brasil Ltda, que presta serviço de carpintaria. A firma não fornecia almoço e jantar aos domingos para os 22 empregados que ficam alojados.
“A empresa nem se preocupa com a higiene dos alojamentos”, conta um dos empregados, que veio de Minas Gerais para trabalhar na obra. “A janta, quando vinha, chegava azeda”, diz ele.
Para completar a lista de irregularidades, a empresa Vicol – outra terceirizada – não tinha providenciado o atestado de saúde ocupacional (ASO) de seus funcionários.
“Depois da paralisação, os problemas de ordem financeira foram resolvidos, inclusive com pagamento retroativo”, destaca Ricardo Nogueira, da equipe 4 do Sintraconst-Rio.
Além disso, a Gênero Inédito já começou a reorganizar o alojamento e alterou o fornecimento de refeição. E dois profissionais, que trabalhavam como responsáveis por turmas na obra mas estavam contratados como pedreiros, foram reclassificados e tiveram sua nova função anotada na carteira de trabalho.
Cyrela
Em outra visita de fiscalização, a equipe 4 do Departamento de Segurança do Trabalho foi ao empreendimento Living da Cyrela, em Caxambi, na última terça-feira (20 de maio). A equipe tirou dúvidas dos empregados e solicitou à construtora a pintura do refeitório.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sintraconst-Rio
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ