20 de abril de 2016

Muitas doenças físicas e psíquicas são relacionadas à função exercida na empresa, mas, infelizmente, a maioria dos empregados desconhece os fatores que podem estar relacionados ao ambiente de trabalho. Para os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência no Sul do Estado do Rio, que integram as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) na região, a maior preocupação da categoria está relacionada ao risco de explosão e atropelamento. A insegurança, no entanto, pode ser reduzida quando o empregador informa aos funcionários os riscos e os perigos existentes no local de trabalho. No curso realizado este mês na subsede do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ), em Volta Redonda, os cipeiros receberam orientações sobre como reduzir os riscos de acidentes e danos à saúde.

Uma vez em contato com o corpo, os produtos tóxicos comercializados nos postos não saem do organismo. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Saúde Ocupacional SLS, Derval Oliveira, adotar procedimentos simples, como larvar as mãos várias vezes ao dia, não se alimentar na área de abastecimento e lavar o uniforme separadamente das roupas da família, reduz o risco de contaminação.

Ao ministrar o curso para os cipeiros, ele disse que a identificação do risco é importante para garantir a saúde e os direitos do trabalhador. Derval Oliveira citou como exemplo o caso da aplicação da insalubridade em determinados setores, que impede o trabalhador de fazer hora extra.

NR 20

Todos os funcionários de postos de combustíveis, inclusive de lojas de conveniência, são obrigados a fazer o curso da NR 20. Segundo Derval de Oliveira, o curso tem que ser refeito até mesmo por funcionários que continuam na empresa, mas mudam de função. Ele explicou que a carga horária do curso varia de acordo com a função exercida, por isso a necessidade de renovação. “O frentista tem a maior carga horária de treinamento (16 horas), enquanto o curso do funcionário de loja de conveniência tem período de apenas quatro horas”, explicou.

A qualificação da mão de obra, uma determinação da NR 20, que trata de segurança e saúde nos postos de combustíveis, é uma obrigatoriedade do Ministério do Trabalho e Emprego e da Previdência Social. O curso da NR 20 dá dignidade à categoria e acaba com a rotatividade da mão de obra, já que é preciso qualificação para trabalhar no posto.

Segurança

Ao abrir o curso, o presidente do Sinpospetro-RJ, Eusébio Pinto Neto, disse que muitas empresas instalam a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes para cumprir a exigência da lei, mas, em alguns casos, o sistema de segurança e saúde não atinge o êxito esperado por falta de informação e treinamento dos trabalhadores. Eusébio afirmou que o curso de cipeiro já entrou para o calendário de atividades do Sindicato e tem por objetivo qualificar o profissional responsável pela segurança e saúde na empresa.

Ele alertou que as empresas não podem furtar o trabalhador dessa qualificação e estão sujeitas a punições por não liberar os funcionários para o treinamento. “Se o trabalhador eleito para integrar a CIPA não tem noção de segurança e saúde, a medida fica sem efeito na prática. A ideia do curso é preparar o trabalhador para desempenhar bem o papel de cipeiro”, completou. 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa. Fonte: Sinpospetro-RJ.

                                         Foto: Divulgação Sinpospetro-RJ.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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