27 de março de 2014

Atraso no pagamento de salários, no tíquete refeição e no depósito do vale transporte. Esse é o quadro geral dos 150 trabalhadores da MPE – Montagem e Projetos Especiais, em Deodoro, bairro da Zona Oeste do Rio. A empresa presta serviço de manutenção de trens para a Supervia, concessionária que faz a operação das ferrovias na capital do estado.

Com constantes atrasos nos pagamentos desde outubro, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintraconst-Rio) organizou paralisações de advertência com os trabalhadores dentro do canteiro, em Deodoro. Em março, muitos empregados não tinham sequer dinheiro para ir àquela estação da Zona Oeste do município, onde são prestados os serviços de manutenção, desde 2012.

“Ficamos sem qualquer informação. Os responsáveis não vêm falar com a gente”, reclamou um instalador da obra, dando um panorama de como são tratados os trabalhadores terceirizados.

Uma das funções da MPE é colocar para funcionar o sistema de ar condicionado dos vagões. Quando há paralisação dos trabalhadores, os trens que apresentam defeito deixam de circular, prejudicando o já precário serviço de transporte ferroviário na cidade do Rio de Janeiro.

“A empresa alega que vem passando por problemas financeiros. Mas a MPE não pode deixar os trabalhadores assim. É um desrespeito. Vamos continuar os protestos até que a questão seja regularizada”, destacou Rodrigo Victoriano, técnico de Segurança do Trabalho do Sintraconst-Rio.

Segundo levantamento do Sindicato, a MPE, que tem sede na cidade do Rio, contabiliza lucros a cada ano. Em 2012, por exemplo, seu lucro passou de R$ 27 milhões, conforme ranking da revista Exame.

Fonte: Assessoria de Imprensa SINSTRACONST-Rio

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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