Encontro nacional dos frentistas termina hoje, em Brasília

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1 de junho de 2017

Encontro Fenepospetro

Reestruturar o movimento sindical, debater as bandeiras de luta e buscar saídas para conscientizar os mais de 600 mil trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência em todo o país. Esses são os objetivos do Encontro Nacional dos Dirigentes dos Frentistas, que termina hoje (1º de junho), em Brasília. O encontro organizado pela Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) acontece na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).

Mais de 70 dirigentes da categoria debatem as questões do setor de combustíveis. Esse é o primeiro encontro de todos os dirigentes da Federação desde a posse da nova diretoria, em outubro de 2016.

A crise econômica que afeta as negociações salariais da categoria em vários estados e as reformas da Previdência e trabalhista também foram destaques na plenária da diretoria, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (31). O presidente da Fenepospetro e vice presidente da Força RJ, Eusébio Pinto Neto, aproveitou a reunião para convocar os diretores de todo o país para lutar pela democracia e contra o retrocesso político e social no Brasil. Ele chamou a atenção para os últimos acontecimentos em Brasília, onde o governo usou a força policial para reprimir a marcha contra as reformas.

Eusébio Neto destacou, ainda, que o momento é crítico e que os trabalhadores precisam deixar a zona de conforto para manter direitos básicos, conquistados com muita luta pelos movimentos sindical e social. “Estamos passando por uma grande transformação no país. Nada é por acaso. Precisamos lutar para que o trabalhador possa sair vitorioso desse conflito. Estamos construindo a história do país”, frisou.

Para Eusébio Neto, a insistência em aprovar as reformas, mesmo diante dos escândalos de corrupção envolvendo o presidente Temer, mostra o despreparo e a ganância do governo e dos parlamentares, que querem sangrar o trabalhador para pagar a dívida com o capital externo. Ele criticou também o fato de um projeto de tamanha importância social, como a reforma trabalhista – que vai modificar e precarizar a vida de milhões de brasileiros – ser discutido às pressas e sem ampla participação social.

Também nesta quarta-feira (30), o relator da CPI da Previdência, senador Hélio José (PMDB-DF), apresentou aos dirigentes dos Sindicatos dos Empregados em Postos de Combustíveis do país um esboço do andamento dos trabalhos. Mesmo sendo do partido do presidente Michel Temer, o senador criticou a reforma da Previdência. Ele afirmou que tanto os trabalhadores da iniciativa privada quanto os servidores públicos não podem ser penalizados para cobrir o “rombo”. Segundo o parlamentar, o déficit da Previdência é provocado pelas dívidas dos grandes conglomerados econômicos, que não repassam a contribuição ao INSS.

No primeiro dia de debates, aconteceram ainda duas reuniões simultâneas. Enquanto os advogados dos sindicatos filiados à Federação debateram as questões jurídicas da categoria, o desdobramento das reformas e o direito constitucional, a diretoria Executiva da Fenepospetro analisou os problemas essenciais da administração e a adequação da entidade frente à nova realidade política e econômica do país.

Na parte da tarde, os dirigentes participaram de plenária, aberta pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), que demonstrou as manobras do governo para retirar direitos e as suas consequências para os trabalhadores, além de apresentar um esboço da atual conjuntura política brasileira. Também o advogado Hélio Gherardi fez considerações sobre as reformas trabalhista e da Previdência e suas consequências para o movimento sindical. O custeio sindical e a representatividade dos sindicatos por categorias também foram analisados pelos participantes. Para Hélio Gherardi, o fim do custeio sindical tem por objetivo estrangular os representantes dos trabalhadores, que sem fonte de custeio terão sérias dificuldades em cumprir seu papel.

Hoje (1º de junho), está sendo realizado o encontro do setor de combustíveis com os dirigentes da Força Sindical Nacional. Sindicatos dos Frentistas não filiados à central também participam da reunião. O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, fala aos frentistas sobre a importância da mobilização para barrar as reformas do governo.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Assessoria de Imprensa Fenepospetro

Foto: Divulgação Fenepospetro

 

Alexsandro Diniz

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

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