Força Sindical fala em traição de Dilma com trabalhadores

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29 de maio de 2015

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Não foi nem de longe o resultado esperado, mas a direção da Força Sindical voltou dia 28 de Brasília com o sentimento de que nada mais poderia ser feito para barrar as Medidas Provisórias que restringem o acesso de benefícios conquistados há anos aos trabalhadores.

As duas MPs, que mudam as regras do seguro-desemprego, abono salarial, auxílio-doença e pensão por morte, foram aprovadas pelo Senado na terça e quarta-feira. As propostas já tinham passado pela Câmara também. Nas duas ocasiões, a Força tentou, na pressão contra os parlamentares, derrubar as medidas. Dinheiro falso com a cara de Dilma foi jogado em cima dos deputados. Dia 27, máscaras com o rosto da presidente tomaram conta das galerias do Senado.

‘’É um conjunto de maldades que farão um estrago grande na vida do trabalhador. Pior que atinge o trabalhador comum, o pescador que tem como fonte a pesca e o funcionário de baixa renda. E o atual governo, diferentemente do anterior, quando havia diálogo, não parece querer ceder’’, atacou Miguel Torres, presidente da Força Sindical, que descarta qualquer diálogo com o Planalto. “A presidente nunca quis negociar com as centrais. Não vamos sentar para conversar.’’

Com as mudanças, o trabalhador terá direito ao seguro-desemprego se tiver registro em carteira por pelo menos 12 meses ininterruptos nos últimos dois anos. Antes, eram necessários permanecer seis meses no emprego para requerer o beneficio. Além disso, quem pedir o seguro-desemprego pela segunda vez, deve ter nove meses do trabalho. Já o abono salarial, pago anualmente a quem recebe por mês uma remuneração de até dois salários mínimos, somente será dado a quem exerceu atividade remunerada por, no mínimo, 90 dias antes eram 30 dias.

‘’Se estas regras estivessem valendo ano passado, sete milhões de pessoas não teriam direito ao seguro-desemprego. Se transportarmos isso para a realidade de hoje, fica pior: são entre dez milhões de trabalhadores sem os benefícios’’, alertou Miguel.

A Força não descarta fazer novas manifestações pelo país. O certo agora é tentar reverter as MPs na Justiça. “Entramos com uma medida no Supremo Tribunal Federal. O recurso não foi julgado ainda, mas é a maneira que nos restou’’, arrematou.

Fonte: Diário de S. Paulo e Força Sindical Nacional.

 

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

 

 

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