Força Sindical promove ato em defesa da Petrobras
15 de abril de 2014
Nem a chuva ininterrupta dispersou mais de 500 pessoas, que participaram na tarde de 14 de abril de um ato em defesa da Petrobras, promovido pela Força Sindical RJ, com apoio da Força Sindical Nacional. Ao som de palavras de ordem como “Não à privatização” e “Rumo à CPI”, sindicalistas e trabalhadores deram um abraço simbólico no edifício sede da Petrobras, no Centro do Rio. Baianas lavaram a escadaria do principal acesso ao prédio, pedindo o fim da corrupção e transparência. Para a Força Sindical, só uma CPI exclusiva pode devolver credibilidade à Petrobras, apontando e punindo os culpados pelas fraudes que vêm sendo denunciadas nos últimos dias.
Ao lado de trabalhadores da ativa e aposentados de diversas categorias, como metalúrgicos, frentistas, químicos, siderúrgicos, construção civil, eletricitários, saneamento, rodoviários, entre outros, estavam os personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo, numa referência a Monteiro Lobato, um dos mais célebres defensores da máxima “O petróleo é nosso” e pioneiro na luta pela autosuficiência brasileira em petróleo.
Participaram do ato o presidente da Força RJ e da Federação dos Metalúrgicos do RJ, Francisco Dal Prá, o presidente da Força Sindical Nacional e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, e o ex-presidente da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, além dos parlamentares Bebeto (deputado estadual) e Áureo (deputado federal). Presidentes de vários sindicatos do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais também participaram da manifestação pacífica, que não impediu o funcionamento da Petrobras nem atrapalhou o trânsito, mas atraiu a atenção da imprensa.
“Não vamos nos curvar. Quem não deve não teme e tem que enfrentar a situação. Além de sindicalistas, somos brasileiros e a Petrobras é nossa, porque é de todos os brasileiros. Temos metalúrgicos sem trabalho em Niterói, porque os estaleiros estão parados. Onde está o dinheiro da Petrobras que não movimenta mais nossos estaleiros?”, perguntou Francisco Dal Prá.
Dal Prá ressaltou que entre os trabalhadores não há divisor, pois o movimento sindical pede retidão. “Não podemos esquecer que Getúlio Vargas criou a Petrobras, como criou também proteções para o trabalhador”, assinalou.
O deputado federal Paulinho da Força lembrou que aquele era um ato simbólico. Paulinho se apresentou como sócio da Petrobras, porque foi um dos primeiros trabalhadores a investir seu FGTS na empresa estatal, atendendo apelo do governo. “Se ela valia R$ 500 bilhões há 5 anos, hoje vale R$ 179 bilhões. Os trabalhadores que ajudaram a construir esse império, daqui a pouco não tem mais dinheiro para receber. Vejam só o que aconteceu com Passadena (ou seria Passa Dilma?). Tem desmandos para todos os lados e precisamos saber o que está se passando na Petrobras”, disse, pedindo que uma CPI investigue a fundo o que aconteceu e acontece com os recursos da estatal.
Já Miguel Torres ressaltou que “estão sangrando a Petrobras há muito tempo”. E completou: “A Petrobras não é de governos ou de partidos, mas patrimônio do povo brasileiro. Pior que a privatização é a falência. Precisamos abrir a caixa preta da Petrobras. Essa empresa que surgiu na década de 1950 para que o Brasil fosse autosuficiente em petróleo, referência em tecnologia dentro de águas profundas em petróleo e gás e que vem sendo sucateada”.
O deputado federal Áureo afirmou que é preciso defender o patrimônio brasileiro, enquanto o deputado estadual Bebeto, ex-jogador da seleção brasileira de futebol, salientou que sempre se pautou pela transparência e que as pessoas devem se responsabilizar pelo que fazem. “Sou mais um aliado. Estamos juntos nesta luta”, anunciou.
Marcaram presença no evento, ainda, o presidente da Federação dos Trabalhadores no Ramo Químico e presidente do Sindicato da categoria em São Gonçalo, Isaac Wallace, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis do Rio de Janeiro, Eusébio Pinto Neto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis de Niterói, Alex Silva, o presidente do Sindicato da Construção Civil do Rio, Carlos Antônio de Souza, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Parati e Angra dos Reis, Dalberto dos Anjos, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Volta Redonda, José Gama, o presidente do Sindicato dos Químicos de Nova Iguaçu, Sandoval Marques, os diretores da Força RJ, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Artefatos de Borracha, Andre Luiz, e os diretores da Força RJ, Marco Antonio Lagos (o Marquinho da Força, vice-presidente), David de Souza (secretário geral), Marcelo Peres (Imprensa), José Carlos Moreira (Juventude), entre outros.
Outras coberturas da Imprensa:
G1
Fonte: Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ