15 de junho de 2016

Os trabalhadores em postos de combustíveis e lojas de conveniência do estado do Rio de Janeiro e Niterói e Região conquistaram 12% de reajuste salarial. O acordo foi fechado em reunião conjunta das duas entidades com o Sindicato patronal no último dia 13 de junho. O aumento será parcelado em 11% já sobre os vencimentos de junho (data base da categoria) e 1% em janeiro de 2017. Com isso, o piso salarial do frentista passará para R$ 1.220,44 a partir de junho, já incluso o adicional de periculosidade.

Além de aumento real, os sindicatos conquistaram o tíquete alimentação de R$ 120 em substituição à cesta básica, antiga reivindicação dos frentistas e demais trabalhadores em postos de combustíveis. A correção do benefício foi de 33,3%. As demais cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho, como seguro de vida e Participação nos Lucros e Resultados (PLR), serão reajustadas em 11%.

Para o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ), Eusébio Pinto Neto, a confiança do trabalhador nas ações desenvolvidas pelo sindicato foi essencial para o sucesso da negociação. “A vitória se deve à luta travada pela categoria, nos últimos anos, por melhores salários e condições de trabalho. A conscientização do trabalhador faz toda a diferença”, ressaltou Eusébio Pinto Neto, também presidente em exercício da Força RJ.

Já o presidente do Sinpospetro-Niterói, Alex Silva, considerou o primeiro acordo coletivo firmado por sua entidade, que recebeu a carta sindical este ano, um grande avanço. “Na situação econômica que o país e o estado vivem, arrancamos aumento real, que é o que valoriza o salário do trabalhador. Conquistamos reivindicações antigas, há muito esperadas pela categoria, como o tíquete alimentação. Acho que avançamos bastante e vamos continuar avançando, com o trabalhador ao nosso lado, nos guiando, através de suas demandas diárias”, afirmou.

PLR

Além do reajuste salarial, os trabalhadores vão receber R$ 421,80 de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que será paga em duas parcelas: metade até 30 de julho e os outros R$ 210,90, até 30 de outubro. “Quem não tiver um ano de casa, também tem direito à PLR proporcional aos meses trabalhados. Quem tiver dúvidas, é só procurar seu Sindicato”, alertou o presidente do Sindispetro-Niterói, Alex Silva.

Outra conquista da negociação que acaba de ser fechada foi a criação de uma Comissão Mista, formada por representantes dos sindicatos dos trabalhadores e patronal para estudar melhorias nas cláusulas da Convenção Coletiva. Os trabalhos começam no início do segundo semestre, já com uma missão:  discutir a implantação do adicional de periculosidade para todos os funcionários do posto, estejam  eles na bomba de combustível ou não.

Se para o Sinpospetro-Niterói este foi o primeiro acordo coletivo firmado pela entidade, Eusébio Neto salientou, por sua vez, que essa também foi a primeira vez que o Sinpospetro-RJ negociou o salário anualmente. “Até 2014, os trabalhadores negociavam o aumento dos salários a cada dois anos e tinham apenas a reposição da inflação. Brigamos para mudar essa realidade e vamos continuar lutando para acabar com a defasagem nos salários e conquistar novos benefícios para categoria”, completou Eusébio.

Participaram da reunião em 13 de junho, além de Eusébio Neto, o assessor jurídico do Sinpospetro-RJ, Ricardo Menezes; Alex Silva e o diretor financeiro do Sinpospetro-Niterói, Maurício Queiroz e, representando o Sindicato patronal (Sindestado), o presidente Ricardo Lisboa, os diretores Adriano Nogueira e José Soares e o assessor Júlio Vasco. 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa, com Assessoria de Imprensa do Sinpospetro-RJ e Sinpospetro-Niterói 

                                                                      Foto: Divulgação Sinpospetro-RJ

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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