Metalúrgicos da Schulz aprovam greve e querem mediação do Ministério Público do Trabalho

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25 de agosto de 2015

Schulz trabalhadores votam

Trabalhadores do Grupo Empresarial Schulz América Latina decidiram ontem (24), em assembleia, entrar em estado de greve e pedir mediação no Ministério Público do Trabalho. A informação é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campos dos Goytacazes e Região, João Paulo Cunha, que explicou que além de anunciar atraso nos salários, a empresa vem se negando a negociar reajuste salarial em setembro, como previamente acordado.

O presidente do Sindicato, que é também secretário da Força RJ para a Região Norte e Noroeste do estado, afirmou que no mês de março foi firmado Acordo Coletivo com a Schulz, onde as cláusulas da convenção anterior foram mantidas e foi acordado que, em setembro deste ano, nova rodada de negociação definiria o reajuste salarial, que seria incorporado aos vencimentos dos trabalhadores. “Só que, em reunião com diretores da empresa agora em agosto, fomos surpreendidos com a resposta de que não haveria acordo e que os salários, defasados, iriam atrasar. E mais: o grupo empresarial vem descumprindo a legislação trabalhista vigente e o acordo coletivo de trabalho firmado”, detalhou João Cunha.

O dirigente sindical denunciou que as irregularidades são muitas. “O pagamento salarial foi fracionado, sendo pago após o 5º dia útil. Mais precisamente, um terço dos salários dos trabalhadores foi pago no dia 18 de agosto, mais um terço no dia 21 e não há data definida para os demais pagamentos, causando grande insatisfação entre os operários. Normas Regulamentadoras são descumpridas. Eles vêm deixando de fornecer EPIs, expondo a saúde e a integridade física dos trabalhadores a agentes nocivos”, enumerou João Cunha.

Schulz 1 menor

Mas os problemas não param por aí. Segundo Cunha, a Schulz fez o recolhimento da contribuição sindical dos metalúrgicos, mas não repassou à Caixa Econômica Federal, trazendo prejuízo para as instituições de representação dos trabalhadores. “Isso é apropriação indébita. E o grupo empresarial ainda determinou o corte do fornecimento de alimentação, benefício concedido nos últimos oito anos. Daí recorrermos ao MPT para intermediar essa situação e tentarmos encontrar uma solução pacífica para tantos conflitos”, completou João Paulo Cunha.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Fotos: Sindicato dos Metalúrgicos de Campos e Região.

 

 Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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