Metalúrgicos de Campos comemoram Dia do Trabalhador e defendem a CLT
6 de maio de 2015
Com apoio da Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e em meio a demissões em massa provocadas pela crise na Petrobras, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campos dos Goytacazes e Região reuniu trabalhadores e suas famílias para comemorar o 1º de maio no clube campestre AABB, em Campos. A ideia era oferecer um dia de lazer aos metalúrgicos, com piscinas, música ao vivo, almoço de confraternização, salão de jogos e sorteio de brindes, como eletrodomésticos, brinquedos e bicicletas. Mas, além disso, já na entrada, faixas davam novos tons à comemoração: “Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos e do Emprego da Classe Trabalhadora”.
“Não podia ser diferente. Durante a festa, fizemos uma pequena explanação, lembrando aos trabalhadores o significado do dia 1° de Maio no Brasil e no Mundo. É um dia que celebra a resistência do trabalhador às injustiças e desrespeitos. Por isso, repudiamos nesse dia os ataques feitos à classe trabalhadora brasileira, lembrando que no final de 2014 o Governo Dilma violentou os direitos dos trabalhadores, com as medidas provisórias 664 e 665, que restringem direitos”, afirmou João Paulo Cunha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campos e secretário da Força RJ para a Região Norte-Noroeste do estado.
João Paulo lembrou um pouco da história do 1º de maio. Ressaltou que a data foi estabelecida em 1889 pela Segunda Internacional Socialista, um congresso realizado em Paris que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de toda Europa.
“Ao escolher 1º de maio como Dia do Trabalho, os participantes desse encontro prestaram uma homenagem aos operários dos Estados Unidos. É que, três anos antes, os americanos organizaram uma gigantesca campanha por melhores condições de trabalho, fazendo mais de 1.500 greves em todo o país. Uma das principais reivindicações era a garantia da jornada de oito horas diárias, pois na época alguns operários trabalhavam até 14 horas por dia. Chicago se tornou um dos principais centros de protestos e uma das manifestações na cidade terminou em tragédia. A polícia reprimiu um movimento de forma violenta, ocasionando a morte de quatro operários”, contou. “No Brasil, marca a data de edição da CLT pelo então Presidente da República Getúlio Vargas, que garante Direitos aos Trabalhadores até hoje. Então, além de celebrar com festa o Dia do Trabalho, fizemos do 1º de maio de 2015 em nossa região um dia de protesto: que haja crescimento econômico, com garantia de direitos e empregos. Essa é nossa bandeira”, arrematou o presidente dos Metalúrgicos de Campos, São João da Barra e Quissamã, João Paulo Cunha.
Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ