Metalúrgicos de Campos inauguram subsede e já enfrentam novas demissões
13 de fevereiro de 2015
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campos e Região inaugurou, no início de fevereiro, subsede em São João da Barra, para atender cerca de 2 mil trabalhadores. A subsede fica na BR 356, s/n, em Cajueiro e funciona de segunda a sexta, de 8h às 17h.
“Queremos estar mais perto do trabalhador, ainda mais nesse momento onde demissões em massa ameaçam a categoria. Outro objetivo é lutar pelo cumprimento dos direitos trabalhistas. Estamos atuando efetivamente na base para buscar solução para esses problemas”, afirmou o presidente João Paulo da Costa Cunha, secretário para a Região Norte e Noroeste da Força RJ.
Entre os serviços prestados estão assessoria jurídica e assistência odontológica.
Uma assembleia que reuniu cerca de mil trabalhadores do Consórcio Integra Offshore para discutir a Pauta de Reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho, com data-base em março, marcou a inauguração da nova subsede. O consórcio é formado pela OSX e Mendes Junior, esta última denunciada na Operação Lava Jato. Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste de 20%, cesta básica de R$ 400 e reajuste de 20% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Na ocasião, o presidente João Cunha informou que a luta da categoria por melhores salários corre paralela à luta contra as 400 demissões anunciadas pelo consórcio para fevereiro. Em dezembro, o Integra já demitiu 200 trabalhadores.
“Todas as empresas que prestam serviços à Petrobras estão proibidas de participar de novas licitações. Por isso, a estatal está contratando serviços de empresas de países como Singapura, China e Espanha. Isso significa que milhares de trabalhadores correm o risco de perder seus empregos, em todo o país”, esclareceu Costa.
O Sindicato já promoveu duas manifestações, em 28 de janeiro e 10 de fevereiro, com apoio da Força RJ e Federação dos Metalúrgicos do estado, em protesto contra as demissões, que já começaram a acontecer em São João da Barra. Hoje (12), a subsede ficou lotada de trabalhadores, que procuraram o Sindicato para a rescisão contratual com o Integra Offshore. Eles prestavam serviços para a Petrobras no Porto do Açu.
Além da mobilização permanente, o Sindicato vai entrar na Justiça com uma ação de dissídio coletivo. “Estamos também tentando um acordo de ‘Lay Off’, que é a suspensão temporária do contrato de trabalho por um período de cinco meses. Com isso, o empregado recebe uma bolsa do governo federal e a empresa complementa o salário”, explicou o sindicalista.
Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ