Metalúrgicos de Volta Redonda vão ao MTE e ao Senado para evitar a greve na CSN
9 de setembro de 2015
Depois de pedir a intervenção do governo do estado em reunião com o vice-governador, Francisco Dornelles, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Sílvio Campos, e o diretor Carlos Santana estiveram ontem (8), em Brasília, para se reunir com o senador do Rio, Lindberg Farias (PT), e solicitar sua intervenção política na campanha salarial dos metalúrgicos da CSN. Na reunião foi entregue um dossiê com um relatório e cópias de todos os documentos que indicam os passos da negociação até agora com a empresa.
A direção do Sindicato entende que, pelo fato da CSN fazer uso de recursos públicos, ela tem a obrigação de cumprir sua função social junto aos seus funcionários. E, assim, tomou a decisão de recorrer ao parlamentar na tentativa de desatar o nó que a empresa criou sobre o reajuste nos salários dos trabalhadores.
No final de agosto, foi reaberta a negociação com a CSN sobre o Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016. Mais uma vez, a empresa alegou não ter condições de apresentar uma nova proposta, antes de uma reunião da direção da siderúrgica. E o Sindicato dos Metalúrgicos decidiu partir para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através de uma mesa redonda na Gerência Regional do Trabalho (GRT) de Volta Redonda, último recurso para que haja uma negociação pacífica antes da deflagração da greve, já aprovada em assembleia pela categoria.
Na reunião de reabertura das negociações, não houve acordo. A empresa usou a mesma estratégia, falou dos prejuízos, da crise econômica, o que, na opinião do Sindicato dos Trabalhadores, não justifica não ter apresentado nenhuma proposta em cinco meses, após a entrega da Pauta de Reivindicações. A siderúrgica argumenta que, mesmo com a crise, está tentando manter os postos de trabalho.
O Sindicato esclarece que partir para uma mesa redonda junto ao MTE cria respaldo para os trabalhadores no caso de uma paralisação. “Queremos que fique claro para a Justiça do Trabalho que nós fomos até a última instância, esgotando todas as possibilidades de negociação com a empresa”, afirmou o presidente Sílvio Campos.
Seja buscando apoio de gestores ou parlamentares, seja pedindo mediação do Ministério do Trabalho, o Sindicato dos Metalúrgicos vem tentando, de todas as formas, levar a CSN ao menos a repor a inflação acumulada, já que a data base é 1º de maio, mas até agora nenhuma contraproposta foi apresentada.
A GRT informará ao Sindicato a data da mesa redonda até a próxima sexta-feira (11).
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.
Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense.
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ