Morre quarta vítima do incêndio na CSN
26 de maio de 2016
A Força Sindical do Rio de Janeiro volta a se solidarizar com o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, com os metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e toda a população de Volta Redonda, diante de mais uma perda lastimável. Aluênio Francisco Alves Gouveia, de 32 anos, é a quarta vítima fatal do acidente ocorrido nas instalações da Usina Presidente Vargas, no último dia 25 de março. Aluênio, último trabalhador ainda internado em função do incêndio na área de zincagem da usina, faleceu ontem (25) e o enterro está previsto para acontecer nesta quinta-feira (26), em horário ainda a ser confirmado, no Portal da Saudade, em Volta Redonda.
Aluênio Gouveia era funcionário da CSN há 8 anos. Ficou internado por 60 dias no Hospital Oeste D´Or, em Campo Grande, Rio de Janeiro. Casado e morador de Volta Redonda, ele deixa dois filhos. A Força RJ também empresta sua solidariedade à família do trabalhador e se coloca à disposição para o que se fizer necessário.
Depois da morte dos companheiros Wanderlei Santos (38 anos), Dênis da Silva (38 anos) e Renan Martins de Castro (29 anos), Aluênio era a última esperança de sobrevivência que pudesse esclarecer o que ocorreu no momento do acidente.
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que sempre alertou os responsáveis pela empresa sobre as condições de trabalho, envolvendo máquinas, e, sobretudo, o uso permanente do equipamento de proteção e a importância de treinamento, lembra que a CSN tem sido alvo de várias denúncias de saturação e sucateamento de máquinas. O maquinário utilizado pelo trabalhador deve passar por frequentes revisões, troca e reparos, para evitar este tipo de situação que, em sua grande maioria, acaba por vitimar o metalúrgico.
“Quando acontece um acidente com essa proporção é que chama atenção dos órgãos fiscalizadores e da família metalúrgica para os riscos a que estão expostos os trabalhadores da CSN na sua jornada de trabalho. Quem conhece a história da CSN desde a sua construção, consegue ver a falta de políticas de segurança e saúde do trabalhador”, desabafou o presidente do Sindicato, Sílvio Campos. Segundo ele, por inúmeras vezes, o Sindicato denunciou a conduta predatória da relação capital e trabalho.
“Conclamamos todos os trabalhadores para que façam uma linha direta de comunicação com o Sindicato e denunciem os equipamentos que possam representar risco à vida de qualquer trabalhador dentro da Usina Presidente Vargas. Não vamos esperar outra vítima. Denuncie! Ligue para o (24) 2102-2833 ou envie mensagem pelo sindmetalsf@sindmetalsf.org.br. Contamos com você”, finalizou Sílvio Campos.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense
Carlos Fidalgo
Presidente
Força Sindical do Estado do RJ