Ônibus de Volta Redonda podem parar a partir de 20 de maio

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6 de maio de 2015

O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Volta Redonda, José Gama, o Zequinha, informou que a situação atual da negociação do acordo coletivo da categoria com o SindPass, que representa as empresas de ônibus que operam no município do Sul Fluminense, indica que haverá greve dos trabalhadores a partir de 20 de maio. Zequinha salientou que haverá duas assembleias – uma no próximo dia 8, para relatar o andamento das negociações, e outra no dia 15, que discutirá propostas que possam ser feitas pelas empresas de ônibus. Se não houver avanço, a assembleia do dia 15 pode decretar greve a partir da semana seguinte.

Zequinha afirmou que, desde o dia 25 de março, quando o SindPass recebeu a Pauta de Reivindicações, até o final de abril, há um impasse na negociação. Os empresários afirmam que não há condição de conceder qualquer reajuste salarial. Já os rodoviários querem 15% de aumento nos salários, o que inclui a reposição da inflação e aumento real.

Na primeira reunião de negociação, ocorrida em 27 de abril, o presidente do SindPass, Paulo Afonso de Paiva Arantes, teria afirmado, pelo que consta em ata, que a tarifa de Volta Redonda está defasada e que isso “inviabiliza qualquer tipo de reajuste salarial, ou a pactuação de qualquer outra cláusula de  cunho econômico”. Na mesma ata, o presidente do SindPass afirma que, sem reajuste nas tarifas, até o pagamento dos salários atuais está comprometido, e que, nas atuais condições, se for fechado algum tipo de reajuste salarial, as empresas não terão condições de cumpri-lo.

Mas Zequinha discorda do argumento. Para o dirigente sindical, a questão da tarifa tem que ser decidida entre o poder público e as empresas de ônibus e isso não pode prejudicar o trabalhador. “O Sindicato dos Rodoviários não deve se envolver nessa questão da tarifa. Nossa função é garantir o direito dos trabalhadores, que não podem ficar sem o reajuste salarial. Já vínhamos conversando com os empresários desde o início do ano, antes mesmo de encaminharmos a pauta, e nada indica que o acordo será fechado antes da data-base, que é 1º de junho. Não nos restará outra alternativa senão cruzar os braços”, sentenciou o dirigente sindical.

 Por Rose Maria, com Jornal Diário do Vale.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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