Químicos em campanha salarial paralisam fábrica da GE em Niterói
10 de julho de 2014
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de São Gonçalo realizou uma mega operação para promover paralisação de 24 horas na empresa GE Oil & Gás, na zona portuária da Ilha da Conceição, em Niterói. A mobilização começou às 3 da manhã de 1º de julho e só terminou 3 da manhã do dia 2. O comando de greve decidiu fazer paralisações esporádicas, semanalmente, até a empresa reabrir as negociações e dialogar sobre as reivindicações da categoria.
A ação do Sindicato (STI São Gonçalo) só foi possível porque contou com o apoio da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Rio de Janeiro, Força Sindical RJ, STI de Tintas e Vernizes de São Gonçalo, STI Químicos de Nova Iguaçu, STI Químicos de Magé e STI de Artefatos de Borracha do Rio de Janeiro. “O trabalho não foi fácil, mas na análise final do comando de greve, o resultado foi positivo”, avaliou o presidente do Sindicato, José Maria Ferreira Fernandes.
O líder sindical contou que a área em que se encontra a empresa é de difícil controle de acesso. Como o comando de greve tomou toda a parte da entrada da fábrica, a gerência a todo o momento ligava para os trabalhadores, ameaçando a todos, caso se recusassem a entrar. “A área é cercada por píers e a gerência indicava quais deviam ser usados para o translado de barca até o interior da empresa. Vinte dirigentes foram distribuídos em grupos para fazer ronda em todos os píers da região e uma equipe conseguiu localizar um grupo de trabalhadores sendo obrigados a embarcar. Imediatamente conseguimos mobilizar todo o pessoal para este ponto e o embarque foi paralisado. Sem a união de todos, talvez não conseguíssemos lograr tanto êxito” contou José Maria Fernandes.
Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão: firmar Acordo Coletivo de Trabalho, com ganho real de salário de 5%; piso salarial de R$ 2.200,00; ticket alimentação de R$ 400,00; adicional de viagem de R$ 100,00; adicional de embarque de R$ 120,00, entre outros pontos da pauta.
“A empresa alega estar na conformidade com a lei, se valendo de uma convenção coletiva das empresas de Material Plástico. Os trabalhadores entendem que esta convenção coletiva não atende aos seus anseios e que é legítima a reivindicação de firmar um acordo coletivo voltado para a categoria e condizente com a necessidade dos trabalhadores”, afirmou o presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do RJ e secretário geral do Sindicato de São Gonçalo, Isaac Wallace de Oliveira.
A unidade da GE Oil & Gás em Niterói produz tubos flexíveis para exploração de petróleo e gás natural.
Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ