Sindicato dos Metalúrgicos classifica como “absurda” contraproposta da CSN

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25 de maio de 2016

Silvio Campos 2O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense se retirou da primeira reunião com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) sobre o Acordo Coletivo. Isso porque a empresa apresentou uma contraproposta com 14 itens que suprimiam direitos trabalhistas, além de propor um reajuste zero. O sindicato dos trabalhadores considerou um absurdo a proposta. Os representantes dos metalúrgicos querem, ao menos, a reposição salarial.

“A CSN teve a cara de pau de apresentar uma contraproposta indecente para o acordo coletivo 2016/2017. Pasmem: eles querem retirar os direitos trabalhistas já conquistados há anos pelos trabalhadores. Obviamente, a direção do sindicato não aceitou e se retirou imediatamente da reunião”, informa o Sindicato à categoria, através do boletim “9 de Novembro”, que foi entregue aos trabalhadores da CSN.

E o boletim prossegue: “Não podemos esquecer que, só neste ano, morreram três trabalhadores depois de sofrer acidente dentro da Usina Presidente Vargas. Além do perigo, agora a CSN quer matar seus funcionários de outra forma: de fome”, complementou a publicação sindical.

Em outro boletim, que chega hoje (25) às mãos dos metalúrgicos da siderúrgica, o Sindicato informa que “se defronta com a política predatória, de sucateamento e exploratória de seus trabalhadores, desempenhada pela direção da CSN desde sua privatização”.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Sílvio Campos, se indignou com a postura da companhia: “Não vamos aceitar, de maneira alguma, esse disparate da direção da empresa. Esperamos retirada da contraproposta e que ela (CSN) volte a negociar, imediatamente. A negociação é o melhor caminho, mas não descartamos a possibilidade de uma paralisação na Usina Presidente Vargas”, salientou Sílvio Campos.

Veja o que propõe a CSN:

  • Reajuste ZERO
  • Retirada do resíduo de hora noturna
  • Reduzir o adicional noturno de 40% para 20%
  • Plano de assistência médica: excluir o plano superior
  • Adicionais de hora extra: reduzir para 50%
  • Reduzir o período do pagamento da creche: dos atuais cincos anos para apenas um ano
  • Bonificação de férias: retirar os atuais 70% para os 33%, conforme a lei
  • Cartão alimentação: aumentar a participação dos trabalhadores dos atuais 5% para 20%
  • Acabar com a venda da cesta básica
  • Acabar com o empréstimo da CSN
  • Acabar com o adiantamento do décimo-terceiro no mês de janeiro
  • Salário substituição: pagar a diferença a partir do 20º dia, limitando em 20% a diferença entre os salários
  • Acabar com as bolsas de estudo, mantendo apenas aquelas já existentes
  • Implantar imediatamente um banco de horas de180 dias

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

            Foto: Divulgação Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense

 

 

Carlos Fidalgo

Presidente
Força Sindical do Estado do RJ

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