22 de julho de 2015

O Sindicato dos Químicos de Nova Iguaçu e Região (SindiQuímica-NI) realizou nova rodada de negociação na última segunda-feira (20) com a empresa Work Shore, localizada no distrito industrial de Queimados, mas não houve avanços. Com data base em setembro, o Sindicato vem ouvindo os trabalhadores, promovendo assembleias e definindo a Pauta de Reivindicações por empresa. Depois acontecem reuniões com a direção das indústrias para chegar a um acordo.

Nesta quarta (22), na parte da manhã, a assembleia será com os trabalhadores da Indústria Química Santo Antônio (Inquisa), em Nova Iguaçu e à tarde, com os químicos da Suíssa Indústria e Comércio. Na quinta-feira (23), nova assembleia, desta vez com os empregados da Niely Cosméticos. Na última segunda-feira (20), os diretores do SindiQuímica-NI distribuíram boletins informativos nas empresas Niely e Inquisa. Nas assembleias que acontecem ao longo desta semana, os trabalhadores incluirão sugestões na Pauta de Reivindicações e aprovarão os documentos finais.

“A presença dos trabalhadores é fundamental, pois somos representantes deles. Iremos ouvir as sugestões e reclamações dos funcionários para reunir as informações e pleitear junto às empresas. Estamos vivendo uma crise econômica grave e acreditamos que o diálogo é a melhor forma de sobreviver a este temporal”, afirmou o presidente do SindiQuímica-NI e secretário da Força RJ para a Baixada Fluminense, Sandoval Marques.

Negociação na Work Shore

A Pauta de Reivindicações da Work Shore (empresa que produz fibra usada na construção de barcos) foi aprovada em assembleia em 8 de julho e os trabalhadores rejeitaram a proposta do banco de horas. “A empresa levou mais de 10 dias sem responder e a gente só cobrando. Nesta segunda-feira aconteceu uma reunião muito difícil. Os empresários só ofereceram 6% de reajuste. É inaceitável. Se a luz aumentou 43%, a gasolina 14% e por aí vai, como o trabalhador sobrevive com aumento de 6%? Não tem como”, desabafou Sandoval Marques, que contou com apoio do presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Ramo Químico do RJ, Isaac Wallace, e do diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico (CNTQ), Luís Eduardo Pereira, na última mesa redonda com os donos da empresa.

Sandoval Marques explicou que houve uma redução de 230 para 140 empregados nos quadros e a diretoria da Work Shore já anunciou que pretende demitir mais trabalhadores. “Nos próximos dias vamos promover nova assembleia para avaliar a situação. Sem reposição salarial, pelo menos, não tem como avançar. Ainda mais com o anúncio de novas demissões”, completou Sandoval.

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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