Sinpospetro-RJ analisa reflexos da crise no setor de revenda de combustíveis
6 de agosto de 2015
A crise econômica que se reflete em todos os setores, inclusive na revenda de combustíveis no varejo, já preocupa os representantes dos trabalhadores. Com a perspectiva de queda de até 15% nas vendas de combustível este ano, algumas redes de postos iniciaram um processo de readequação, que inclui novos modelos administrativos. O presidente do Sinpospetro-RJ (Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro), Eusébio Pinto Neto, e também secretário geral da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) assinalou, no entanto, que é preciso ter cautela ao avaliar as perdas do setor.
Para analisar melhor a situação e o desdobramento dessa crise para categoria, o presidente do Sinpospetro-RJ esteve na sede da Federação, em Vila Mariana (SP), nesta quinta-feira (6). Ele fez um levantamento do mercado em todo o país. Segundo Eusébio Neto, apesar das notícias pessimistas divulgadas na imprensa, o setor de revenda de combustível foi o que mais cresceu nos últimos dez anos, inclusive em 2014, quando alguns segmentos já apresentavam estagnação. Ele acredita que o setor sofrerá menos influência da crise, por conta da criatividade do brasileiro que busca sempre saídas nos momentos de dificuldade. “Com a alta da gasolina, os consumidores migraram para o etanol e o GNV”, apontou.
Eusébio Neto disse que os Sindicatos dos Frentistas de todo o país precisam estar atentos para esse movimento da economia, mesmo considerando pequeno o risco de desemprego no setor. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a venda de gasolina no primeiro semestre de 2015 apresentou uma queda de 5%. Para especialistas, no entanto, apesar da tendência do volume de vendas ser menor este ano, o cenário pode ser revisto, pois a soma da venda dos três combustíveis (gasolina, diesel e etanol) apresentou crescimento de 1% no primeiro semestre. Para o presidente do Sinpospetro-RJ, as quedas nas vendas são recentes e não há base para tirar conclusões precipitadas.
De acordo com Eusébio Neto, o movimento sindical já superou vários momentos de crise e irá passar também por este. “O trabalhador precisa se unir ao Sindicato para evitar a investida do patrão sobre os direitos trabalhistas e para preservar os empregos. Temos que ter consciência que a luta é de todos”, finalizou Eusébio.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sinpospetro-RJ.
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ