6 de maio de 2015

Noventa prêmios, além de sete motos e um automóvel foram sorteados na Festa do Dia do Trabalhador, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil do Município do Rio (Sintraconst-Rio), dia 1º de maio, na quadra da Unidos da Tijuca, no Centro do Rio. Manoel dos Santos Júnior, empregado numa obra da Construtora MRV (Pechincha, zona norte do Rio) ganhou o carro zero quilômetro e chorou ao saber que foi o grande vencedor. Vários eletrodomésticos, como TVs de LED, DVD e aparelhos de som também foram entregues.

Cerca de 10 mil pessoas, entre operários e seus familiares, participaram do evento, durante todo o dia. Longas filas começaram a se formar no entorno da quadra da Unidos da Tijuca antes dos portões abrirem, às 8h30 da manhã. Meia hora depois, já era possível ouvir os acordes do grupo Três Amigos, responsável pela animação no início da comemoração, no melhor estilo forró pé de serra. Depois vieram o grupo de pagode Dá Pra Ser e a bateria e passistas da escola de samba anfitriã.

Enquanto os trabalhadores se reencontravam e interagiam com colegas de trabalho e dirigentes sindicais, as crianças se divertiam nos brinquedos e os familiares aproveitavam o dia de lazer e o almoço festivo.

A celebração comemorou as conquistas da categoria e foi também um ato contra a precarização das condições de trabalho. “A construção civil é alavanca deste país. Cada carteira assinada cria três a cinco empregos indiretos. O Tribunal Superior do Trabalho proíbe a terceirização da atividade fim e nós concordamos com isso. O que nós não queremos é que a construtora terceirize como está terceirizando. Ela terceiriza o concreto, o reboco, o bloco, ferragem… tudo. Ela deveria terceirizar, apenas, o que não é especialidade dela, como a parte de elevador e ar condicionado da obra, por exemplo”, explicou o presidente do Sintraconst-Rio, Carlos Antonio de Souza, vice presidente da Força RJ.

Carlos Antônio também aproveitou a oportunidade para enumerar as lutas e conquistas da diretoria do Sintraconst-Rio. “Nos últimos 14 anos, os maiores aumentos foram conseguidos pelos trabalhadores da construção civil do município do Rio. Neste ano de 2015, todos me perguntam por que demorou tanto. Acontece que, este ano, o patrão tentou tirar o prêmio assiduidade e propôs 4,5% de reajuste. Nós dissemos aos empresários que era impossível negociar assim. Então, essa foi uma das mais demoradas negociações que tivemos nos últimos anos. Pode não ter saído o melhor que nós queríamos, mas também não foi o melhor que os empresários queriam. Basta olhar ao redor”, afirmou Carlos Antônio, referindo-se ao reajuste assegurado pela categoria, que chegou a representar mais de 13% de aumento em algumas faixas salariais.

Por Rose Maria, com assessoria de comunicação Sintraconst-Rio
e fotos de divulgação do Sindicato.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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