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STF emite liminar contra a privatização da Cedae

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O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, concedeu liminar que suspende os efeitos da lei que autoriza a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae). A decisão foi tomada dentro da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5683, protocolada pelos partidos Rede e PSol, que contaram com o apoio de Sindicatos e Associações de trabalhadores, entre eles o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói (Stipdaenit) e Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro (Staecnon).

Barroso argumentou que é inconstitucional o artigo 2º, parágrafo 2º da Lei nº 7.529, aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que permite, mediante a cessão das ações da Cedae como garantia, a contratação de empréstimo com bancos públicos para pagamento de pessoal. Tal medida viola a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para se tornar definitiva, a decisão de Barroso será votada pelo plenário do STF, em sessão ainda sem data definida.

“Essa é uma vitória importante da categoria e da população, de todos que se mobilizaram constantemente em defesa da Cedae pública. Vamos nos manter atentos e mobilizados com os próximos passos e pressionar os parlamentares na Alerj para que seja criado um projeto de lei que cancele a privatização da Cedae”, afirmou o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo.

Ele agradeceu, ainda, aos trabalhadores da Cedae que contribuíram diretamente para o desenvolvimento da ação, com a entrega aos sindicatos de informações fundamentais.

 Audiência pública Alerj

Audiência Cedae Alerj menor

Deputados estaduais, federais e trabalhadores de estatais se reuniram na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta sexta-feira (1/9) para debater propostas de privatização anunciadas pelo Governo Federal. A audiência pública lotou o plenário da Casa com integrantes da Eletrobras, Furnas, Cedae, Casa da Moeda e de petroleiras e foi promovida pelas comissões de Trabalho e de Economia da Casa.

A Força RJ acompanhou o debate, ao lado de Sindicatos filiados. “Muitos companheiros não conseguiram entrar e se concentraram na porta da Alerj”, afirmou o vice-presidente Marcelo Peres.

Diante do grande número de pessoas presentes na audiência pública, o deputado Paulo Ramos (PSol), presidente da Comissão de Trabalho, anunciou que será marcada uma nova reunião para debater o tema. “Privatizar as estatais é uma perda para o Estado, representa precarização do trabalho, queda na qualidade do serviço e mais desemprego. Em contrapartida, não vemos os investimentos em saúde, segurança e educação prometidos com esses recursos”, disse Paulo Ramos.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Stipdaenit e Alerj

Fotos: Divulgação STF e Alerj

 

 

  • Alexsandro Diniz
  • Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ
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Rio de Janeiro - Confronto em frente à sede da Alerj, durante protesto de servidores do Rio contra a votação do pacote de ajuste fiscal do governo do estado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Começa votação do ajuste fiscal RJ em meio a violento protesto em frente à Alerj

Rio de Janeiro - Confronto em frente à sede da Alerj, durante protesto de servidores do Rio contra a votação do pacote de ajuste fiscal do governo do estado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Terminou no final da tarde desta terça-feira (6), depois de mais de quatro horas de duração, a manifestação no centro da cidade que envolveu funcionários do governo do Rio de Janeiro e policiais militares, que faziam a segurança no entorno e no prédio da Assembleia Legislativa (Alerj). Nesta terça teve início na Assembleia o primeiro dia de votação das medidas de austeridade apresentadas pelo governo em função da crise econômica no estado, apelidadas por alguns sindicalistas como “pacote de maldades”.

Houve confronto entre as forças de segurança e manifestantes pelas ruas do Centro. Entre os manifestantes, bombeiros militares, policiais civis e militares e da Secretaria de Administração Penitenciária, além de professores e trabalhadores em Saneamento, entre outros, que integram o Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (MUSPE). O comércio da região fechou, e o trânsito ficou interrompido nas ruas Primeiro de Março e São José, na Avenida Presidente Antônio Carlos e em um trecho da Presidente Vargas, em direção à zona norte. Somente no início da noite o tráfego foi liberado.

Reunidos no plenário do Palácio Tiradentes, os deputados estaduais (muitos usando máscaras para reduzir os efeitos do gás de pimenta) aprovaram dois textos enviados pelo governo do estado. O primeiro foi a mudança a respeito da notificação eletrônica de contribuintes. O segundo tratou da redução de 30% nos salários do governador, do vice-governador, de secretários, subsecretários e chefes de gabinetes. Com a aprovação do projeto, o salário do governador será reduzido de R$ 21.868,14 para R$ 15.307,69. Vice-governador e secretários passam a receber R$ 12.895,39, ao invés dos R$ 18.421,99 atuais.

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A Comissão de Orçamento da casa incluiu no texto original um artigo aplicando o teto do funcionalismo também para funcionários cedidos por outros órgãos, que normalmente acumulam os salários.

Os deputados aprovaram, também, duas resoluções da própria Alerj — a não renovação da frota de veículos dos parlamentares, que ficarão sem carros a partir de 2019, e o fim de sessões solenes na casa após o expediente.

Confronto

De acordo com a Polícia Militar, o tumulto generalizado teve início após um discurso inflamado de um dos líderes dos servidores estaduais. Em seguida, os manifestantes avançaram contra as grades de proteção da Alerj e lançaram bombas de fabricação caseira, rojões e morteiros. Segundo nota divulgada pela corporação, os confrontos feriram 11 policiais militares em serviço. No total, o número de feridos chegou a 30, entre manifestantes e PMs. Nove pessoas foram detidas.

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que teve uma igreja invadida, informou que buscará apurar os fatos ocorridos e destacou que, diante do contexto atual do estado Rio de Janeiro, o que importa são as soluções obtidas por meio do diálogo e do esforço de todos, em vista da justiça e da paz.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) condenou a violência usada pelas forças policiais durante a manifestação em frente à Alerj e disse que as autoridades públicas do Rio de Janeiro perderam a capacidade de administrar a crise. A OAB destacou que “os excessos” da PM incluíram “a invasão de uma igreja e o atentado a transeuntes e manifestantes com disparo de bombas de efeito moral”.

“Em uma democracia, o direito de expressão não pode ser sobrepujado pelo uso desproporcional da força. A OAB/RJ cobra do governo do estado investigação e punição a todos os agentes que cometeram esses atos, típicos dos regimes de exceção”, diz ainda a nota da entidade.

Diante dos protestos, a Alerj decidiu agilizar a votação do pacote. A partir desta quarta (7), serão apreciados quatro projetos por sessão, em vez dos dois programados inicialmente. A ideia é encerrar as votações na segunda (12), três dias antes do previsto. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa 

Fonte: Agência Brasil, Folha de São Paulo e Jornal Extra

Fotos: Agência Brasil e Alerj  

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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Instituições alertam deputados sobre inconstitucionalidades no pacote de ajuste fiscal estadual

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O projeto que aumenta a alíquota previdenciária dos servidores estaduais de 11% para 14% é inconstitucional. Esta é a afirmação da nota técnica sobre o PL 2440/16 entregue, nesta quinta-feira (17), pelos presidentes das associações dos Magistrados, do Ministério Público, dos Procuradores e dos Defensores Públicos do Rio de Janeiro aos deputados estaduais na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Para o Ministério Público, 17 dos 21 projetos apresentados pelo Governo do Estado ferem a Constituição.

Participaram da mobilização Renata Gil (presidente da AMAERJ – Magistrados), Luciano Mattos (presidente da AMPERJ – Ministério Público), Juliana Bastos Lintz (presidente da ADPERJ – Defensores Públicos), Bruno Hazan (presidente da APERJ – Procuradores) e Daniele Uryn (vice-presidente da APERJ).

Durante as discussões do projeto, os representantes das entidades pediram aos parlamentares a rejeição da proposta por avaliarem que o texto contém violações constitucionais e infraconstitucionais. Os presidentes das associações também alertaram aos deputados sobre o risco da proposta de uso do Fundo Especial para despesa de pessoal. Leia aqui a íntegra da nota técnica.

17 projetos inconstitucionais

Em reunião com o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, apresentou estudo sobre a inconstitucionalidade de 17 dos 21 projetos do pacote apresentado pelo Governo do Estado. Veja aqui a nota técnica formulada pelo MP.

Na última semana, as associações entregaram ao presidente da Alerj nota técnica sobre a proposta de alíquota adicional extraordinária da contribuição previdenciária. O projeto foi devolvido ao Governo no mesmo dia.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

                                                                                                     Fonte: Amaerj

                                                                                   Foto: Divulgação Amaerj

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

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Privatização da Cedae volta a ser discutida na Alerj

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Os sindicatos de trabalhadores e associações participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (5), que discutiu a possibilidade de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae). Acompanharam as discussões o Stipdaenit (Água e Esgoto de Niterói), Sintsama–RJ (Água e Esgoto do Rio), Staecnon (Saneamento do Norte e Noroeste Fluminense), Senge-RJ (Engenheiros do Rio), Sinaerj (Administradores do Rio) e Aseac (Associação dos Empregados de Nível Universitário da Cedae), bem como a FST (Frente Sindical Trabalhista).

Segundo o diretor de Comunicação do Stipdaenit, Francisco Areias, o presidente da estatal, engenheiro Jorge Briard, provou aos deputados estaduais que a Cedae é viável e tem capacidade técnica para tratar e fazer a distribuição da água, bem como colher e tratar o esgoto, já que, mesmo diante da crise econômica e da inadimplência que ela acarreta, teve lucro de R$ 248 milhões em 2015, arrecadando, em média, R$ 4 bilhões/ano.

“Nem a empresa, nem os parlamentares entendem a proposta de privatização”, afirmou Francisco Areias, que lamentou que os deputados não tenham mencionado no debate a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado Paulo Ramos (PSol), que garante que os serviços de captação, tratamento e distribuição de água e coleta e tratamento do esgoto sejam feitos pela empresa pública (Cedae). “Para ser apresentada à presidência da Casa, começar a tramitar e ser colocada em votação, o deputado Marcos Muller (PHS) precisa nomear o relator. Estamos atentos a esse processo”, garantiu.

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A audiência pública foi presidida pelo autor da proposta, deputado Paulo Ramos, presidente da Comissão de Trabalho. “Durante um longo período nestes últimos meses, ouvimos reiteradas notícias a respeito do destino que seria dado a Cedae, ao saneamento básico do Rio de Janeiro. Muitas matérias publicadas nos jornais tratando do posicionamento do BNDES, mas também estabelecendo uma certa confusão a respeito da posição do governo do estado. E aqui no Legislativo vários parlamentares entenderam a necessidade de ir ao encontro direto com o governador Luiz Fernando Pezão, mesmo compreendendo a situação delicada de saúde por ele enfrentada. Então, surgiu a proposta de a Cedae apresentar sua proposta no Legislativo, que foi prontamente rechaçada pelo BNDES, que inclusive sinalizou com restrições a financiamentos de outras políticas públicas do estado. Isto é, a direção do BNDES, movida por propósitos desconhecidos por muitos, se viu numa posição de confronto e a partir da rejeição do governo do estado em relação à proposta do BNDES, nós trouxemos hoje a Cedae aqui”, explicou Paulo Ramos, na abertura do evento.

“Não fomos chamados para discutir a Cedae no programa (PPI)”, afirmou o presidente da Cedae, Jorge Briard. Segundo ele, numa reunião em setembro entre Cedae, BNDES e secretários de Estado em busca da captação de recursos, não houve entendimento quanto ao projeto de saneamento básico do estado do Rio.

Briard disse que as obras e operações de sistemas precisam ser conduzidas de forma a garantir a qualidade de vida da população, papel que pode ser exercido pela Cedae – uma empresa que é lucrativa, abastece as regiões mais carentes do estado e é auto-suficiente, ou seja, não depende de recursos do governo para se manter em operação. “Então, não conseguimos ver a lógica de se repartir o estado em quatro (projeto do BNDES) e se conceber o abastecimento de água. A Universidade de Cambridge da Inglaterra fez um estudo que mostra que 235 cidades estão se remunicipalizando desde o início dos anos 2000, porque viram que não funciona a privatização plena”, destacou Briard, que admitiu que a direção da Cedae desejava que o BNDES viesse como fomentador. “Mas o banco apresentou outra proposta de modelo, que não nos convenceu que beneficiaria o estado”, completou.

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Ele também lembrou que só na empresa pública é possível realizar o subsídio cruzado. Dessa forma, as tarifas são mais altas em regiões economicamente mais fortes, o que permite tarifas mais baixas em cidades e regiões que não conseguiriam sustentar a necessidade de obras apenas com a cobrança dos usuários. “Com isso, você é capaz de gastar um projeto de R$ 100 milhões em Itaperuna, enquanto que o resultado disso, se fosse apenas com a arrecadação no local, levaria 10 anos. Esse é o tipo de investimento que não conseguimos enxergar na lógica privada. O subsídio cruzado (no projeto do BNDES), dividindo o estado em quatro áreas, não foi bem explicado para a gente. Eu não consigo entender como funcionaria, com empresas diferentes atuando no estado. Se o BNDES pode fazer juros menores e maior carência com prazos maiores para a empresa privada, por que não pode para a rede pública?”, argumentou Briard.

Ainda de acordo com o presidente da Cedae, ficou decidido que uma nova reunião deverá acontecer com técnicos da empresa e do BNDES para dar continuidade à discussão. “Vamos nos debruçar sobre possíveis modelos e discutir o que seria melhor para o estado do Rio. E nada acontecerá sem passar por esta Casa”, garantiu.

Para o deputado Paulo Ramos, o BNDES está fazendo pressões para a privatização, mas o governo do estado não deve se submeter. “A pressão é de só liberar financiamentos se houver a privatização. Mas a Cedae é uma empresa lucrativa. A medida não contribuiria para salvar as finanças do estado e os prejuízos à população seriam muitos. Água potável nas torneiras e esgoto tratado cabe ao estado, sem a vinculação ao lucro. O lucro é a saúde, é o bem estar da população”, argumentou.

Metas

Para o deputado Luiz Paulo (PSDB), a gestão da concessionária tem sido melhor do que a do Executivo. “O governo gasta 48% com pessoal, enquanto a Cedae gasta 24%, por exemplo. Metas físicas e financeiras devem ser apresentadas para a realização de concessões, o que não foi feito pelo BNDES. Qualquer proposta de concessão da Cedae precisa ser negada”, afirmou o parlamentar.

O diretor do Stipdaenit, Francisco Areias, informou que a categoria continua mobilizada para impedir a entrega da Cedae ao capital privado.

Também participaram da audiência os deputados Luiz Martins (PDT), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Nivaldo Mulim (PR), presidente da Comissão de Saneamento Ambiental, Dr. Julianelli (Rede), Tia Ju (PRB), Dr. Sadinoel (PMB), Jânio Mendes (PDT), Waldeck (PT) e Tio Carlos (SDD), todos contrários à privatização.

  

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Com Comunicação Social da Alerj e Assessoria de Imprensa do Stipdaenit

                                                                             Fotos: Divulgação Stipdaenit

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ