Arquivo da tag: desemprego

carteira-de-trabalho-2

Brasil fecha 39,3 mil vagas de trabalho em setembro; soma atinge 683,6 mil empregos perdidos no ano

carteira-de-trabalho-2

O Brasil perdeu 39.282 postos de trabalho com carteira assinada em setembro, no 18º mês seguido de fechamento de vagas. O número é maior do que o registrado em agosto (-33.953), mas menor do que o de setembro de 2015 (-95.602).

Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (26).

O resultado considera o saldo de vagas, ou seja, o total de demissões (1.182.079) menos o de contratações (1.142.797) no período.

Com isso, o Brasil acumula perda de 683,6 mil vagas de trabalho em 2016. No acumulado dos 12 meses até setembro, foram 1,6 milhão de vagas cortadas.

Rio foi o que mais perdeu

O Estado que mais perdeu vagas com carteira assinada foi o Rio de Janeiro (-23.521), seguido por São Paulo (-21.853) e Minas Gerais (-16.238).

Dez Estados tiveram mais vagas abertas que fechadas: Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Ceará, Paraíba, Amazonas, Paraná e Roraima.

Três das cinco regiões cortaram postos de trabalho: Sudeste: -63.521;  Centro-Oeste: -5.374 e Norte: -1.042. O Nordeste (+29.520) e o Sul (+1.135) tiveram criação de vagas.

Construção cortou mais vagas

Considerando os setores da economia, apenas dois abriram mais vagas do que fecharam: Indústria de Transformação (+ 9.363) e Comércio (+3.940). Já Agricultura (- 8.198), Serviços (-15.141) e Construção Civil (- 27.591) cortaram vagas.

IBGE faz pesquisa diferente

Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada. Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.

A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou que o Brasil tinha, em média, 12 milhões de desempregados no trimestre de julho a setembro de 2016. O desemprego no país, em média, foi de 11,8% no terceiro trimestre, segundo o IBGE. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27).

São 437 mil desempregados a mais do que no segundo trimestre, crescimento de 3,8%. Em um ano, são 3 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 33,9%.

Comparação com resultados anteriores

No segundo trimestre, a taxa de desemprego havia sido de 11,3%. No terceiro trimestre de 2016, foi de 11,8%. Um ano antes (terceiro trimestre 2015), 8,9%.

O número de desempregados chegou a 12 milhões nos últimos três meses. No segundo trimestre, havia sido de 11,6 milhões e um ano antes (terceiro trimestre de 2015), 9 milhões.

Número de trabalhadores e rendimentos

O número de pessoas com trabalho foi de 89,8 milhões, com 963 mil pessoas a menos do que no segundo trimestre, queda de 1,1%. Em um ano, o total de trabalhadores caiu 2,4%, o que equivale a cerca de 2,3 milhões de pessoas.

O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.015, crescimento de 0,9% na comparação com o segundo trimestre (R$ 1.997), mas queda de 2,1% em relação ao terceiro trimestre de 2015 (R$ 2.059).

O número de empregados com carteira assinada ficou em 34,1 milhões, queda de 0,9% na comparação com o segundo trimestre, ou 314 mil pessoas a menos com carteira. Em um ano, o país perdeu 1,3 milhão de carteiras, queda de 3,7%.

Na véspera, o Ministério do Trabalho também divulgou dados sobre o número de carteiras assinadas, indicando que o país perdeu 39,3 mil vagas de trabalho com carteira apenas em setembro.

A Pnad Contínua pesquisa dados de 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

 

 

                                                                                           Fonte: Brasil2Pontos

                                                                                                  Foto: Divulgação

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

FacebookTwitterGoogle+Compartilhar
Carteira de trabalho

Desemprego sobe para 11,6% e atinge 11,8 milhões de pessoas

Carteira de trabalho

Em todo o país, a taxa de desemprego fechou o trimestre  encerrado em julho último em 11,6%, subindo 0,4 ponto percentual em relação ao percentual do trimestre imediatamente anterior – de fevereiro a abril – que foi de 11,2%.

A informação consta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), divulgada nesta-terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a maior taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa foi estimada em 8,6%, o desemprego já acumula alta de 3 pontos percentuais. Os dados do IBGE indicam que a população desocupada, de 11,8 milhões de pessoas, cresceu 3,8% na comparação com o trimestre fevereiro-abril (11,4 milhões), um acréscimo de 436 mil pessoas.

Com o resultado do trimestre de maio, junho e julho, a população desocupada fechou com crescimento de 37,4%, quando comparada a igual trimestre do ano passado, um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas.

Brasil tem 90,5 milhões de pessoas empregadas

Os dados indicam que a população empregada no trimestre encerrado em julho era de 90,5 milhões de pessoas, ficando estável quando comparada com o trimestre imediatamente anterior (de fevereiro a abril deste ano), uma vez que os 146 mil postos de trabalho fechados entre um período e outro “não foram estatisticamente significativos”.

Em comparação com igual trimestre do ano passado, quando o total de ocupados era de 92,2 milhões de pessoas, foi acusado declínio de 1,8% no número de trabalhadores, aproximadamente, menos 1,7 milhão de pessoas no contingente de ocupados.

Carteiras assinadas têm queda de 3,9%

No Brasil, o número de trabalhadores com carteira assinada fechou o trimestre encerrado em julho deste ano com queda de 3,9%, o equivalente a 1,4 milhão de pessoas, comparativamente ao trimestre de maio e julho de 2015.

Os dados da Pnad Contínua, divulgados pelo IBGE, indicam, no entanto, que o total com carteira assinada, que fechou julho em 34,3 milhões de empregados, não apresentou variação estatisticamente significativa quando a comparação se dá com o trimestre de fevereiro a abril deste ano.

A mesma relação ocorre quando se analisa o rendimento médio e a massa de rendimento real habitual recebida pelo trabalhador.

Segundo os números da Pnad Contínua, o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos fechou o trimestre encerrado em julho em R$ 1.985, com estabilidade frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016 (R$ 1.997); mas em queda de 3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.048).

Já a massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos em julho encerrou o trimestre em R$ 175,3 bilhões, o que segundo o IBGE também não constitui “variação significativa” em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016; mas recuou 4% frente ao mesmo trimestre de 2015.

 

                                                                                           Fonte: Agencia Brasil

                                                                                                Foto: Divulgação

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

desemprego

Ceterj discute saídas para conter o desemprego no estado

desemprego

O Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Geração de Renda do Rio de Janeiro (Ceterj) se reúne dia 24 de setembro, a partir de 14h30, na Associação Comercial do Rio de Janeiro, no Centro do Rio, para analisar o que o Estado e a sociedade podem fazer para redução do desemprego.

O secretário geral da Força RJ, David de Souza, conselheiro titular do Ceterj na bancada dos trabalhadores, disse que a discussão é oportuna e de interesse de todos. Ele lembrou que na última reunião do Conselho, no final de agosto, representantes do governo estadual, Superintendência Regional do MTE, Firjan, Fecomércio, centrais sindicais e aposentados ouviram Celso Lopes, assessor responsável pelo Observatório da Secretaria Estadual de Trabalho, vinculado ao Ceterj, apresentar um estudo sobre a evolução do emprego formal no período de janeiro a julho de 2015 no Rio de Janeiro, com dados de cada uma das oito regiões do estado, bem como dos setores de atividade econômica, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED/MTE).

“Os números apresentados retrataram a atual crise econômica que o país atravessa, com reflexos no mercado de trabalho do nosso estado”, afirmou David de Souza.

O estudo apontou a perda de 98.448 postos de trabalho, sendo 75.923 na Região Metropolitana, 6.570 no Norte Fluminense e 5.986 no Médio Paraíba, regiões que tiveram os saldos mais desfavoráveis. Quanto à evolução dos setores de atividades econômicas, os principais são serviços, comércio, indústria de transformação e construção civil, que também apresentaram resultados negativos no período.

Outro ponto que chamou a atenção da plenária foi o aumento de 50% na taxa de desocupação na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que saiu de 3,6 % em janeiro para 5,7% em julho. A paralisação das obras do Comperj em Itaboraí e os reflexos negativos nas economias dos municípios de seu entorno, como a Região Norte Fluminense, que sofre com a queda da cadeia produtiva do petróleo, principalmente nos municípios de Macaé e Campos dos Goytacazes, foi outro aspecto abordado.

“De posse desses dados, espero que na próxima reunião o Conselho possa deliberar sobre medidas práticas e urgentes para que possamos enfrentar essa situação, que tanto preocupa nossos Sindicatos”, completou David de Souza.

O secretário geral da Força RJ anunciou, ainda, que a Força Sindical discute com a Comissão do Trabalho da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro uma audiência pública no Norte Fluminense, atendendo reivindicação de sindicatos como o dos Metalúrgicos de Campos e Região.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

 

 

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

João Paulo Cunha

Mil metalúrgicos foram demitidos em Campos em 2015

João Paulo Cunha

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo IBGE, a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país subiu acima das expectativas e foi a 7,5% em julho. Trata-se do 7º avanço consecutivo e o maior patamar registrado desde março de 2010, que era de 7,6%. Para meses de julho, é a maior taxa desde 2009 (8%).

O aumento foi de 2,6 pontos percentuais na comparação com os 4,9% verificados no mesmo mês de 2014, indicando rápida deterioração do mercado de trabalho. Em junho, a taxa estava em 6,9%, segundo dados do IBGE.

Mas o aumento na taxa de desemprego não surpreendeu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campos, São João da Barra e Quissamã, João Paulo da Costa Cunha, que participou ontem (19) do programa ‘Debate Diário’ na TV e Rádio Diário, em Campos dos Goytacazes. Na entrevista, um dia antes da divulgação da pesquisa do IBGE, João Cunha afirmou que, do início de 2015 até agora, já são quase mil demissões.

“A categoria dos trabalhadores metalúrgicos, em especial no Estado do Rio de Janeiro – que é pioneira na indústria metal mecânica, na construção naval, na metalurgia – está vivendo um momento muito difícil. O número é superior a mil demissões, se considerarmos as rescisões que não passam pelo Sindicato, pelo fato de o trabalhador ter menos de um ano na empresa”, disse João Cunha, também secretário da Força RJ para a Região Norte/Noroeste do estado, destacando que quatro grandes empresas na região fecharam as portas, sem ter condições de pagar as verbas rescisórias. Para minimizar a situação, com apoio da Federação dos Metalúrgicos RJ, cestas básicas foram doadas aos trabalhadores.

Durante a entrevista, o dirigente sindical avaliou o cenário econômico do país que, segundo João Paulo Cunha, está devastando todas as categorias. No entanto, os efeitos são mais perceptíveis na região Norte e Noroeste do Rio de Janeiro. “Toda a cadeia produtiva que gira entorno da Petrobras vem se dissolvendo. A maioria das empresas metalúrgicas da nossa região demandava serviços direta e indiretamente para a Petrobras. E em função da crise do petróleo e do “mar de lama” de corrupção na empresa, ela vem diminuindo investimentos e demitindo pessoas, além de estar transferindo investimentos para o exterior, como China e Singapura, onde a mão de obra é mais barata”, ressaltou.

Como exemplos da crise que o setor atravessa, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campos e Região citou os módulos da Plataforma P-67 e P-70, que seriam construídos no Porto do Açu, em São João da Barra, mas que estão indo para a China. “Com isso, será menos mão de obra a ser contratada. As riquezas ao invés de ficarem na nossa região, no nosso país, estão indo para o exterior”, lamentou.

A reportagem do jornal O Diário entrou em contato via e-mail e telefone com a assessoria de comunicação da Petrobras, mas a informação é de que a companhia não se pronunciará a respeito.

“Fundo” é única alternativa

João Paulo encara a antecipação de recursos dos royalties – aprovada na última segunda-feira (17), na Câmara Municipal de Campos – como a única alternativa para superar a crise econômica que afeta todo o país. “Acredito que essa medida vai reaquecer a economia no nosso município e naqueles que estão adotando essa medida. Entretanto, a nossa maior preocupação é com a Petrobras. Será que ela irá cumprir com o que está estabelecido na Lei de Conteúdo Local, já que há algum tempo vem descumprindo e transferindo investimentos para o exterior? Se a construção desses módulos de plataforma permanecessem aqui, seria diferente. Mas, infelizmente, a nossa indústria está enfraquecendo por falta de investimento”, criticou o líder sindical.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Com IBGE e o jornal O Diário.

Foto: Arquivo Força RJ

 

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ