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Pezao CSN 1

Força RJ e Sindicato se mobilizam e CSN tem mais cinco meses para cumprir exigências ambientais

Pezao CSN 1

A direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) terá mais cinco meses para cumprir as obrigações assumidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com órgãos ambientais do estado, em abril do ano passado. O novo prazo é para evitar o encerramento das atividades na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, que estava previsto para o próximo dia 10. A paralisação dos serviços na empresa foi anunciada na sexta-feira, dia 1º de dezembro, quando os órgãos ambientais do governo do estado informaram que a CSN não havia cumprido, dentro do prazo previsto, com todas as obrigações assumidas no TAC, entre elas, a redução da emissão de poluentes.

A prorrogação do prazo para ajustamento do TAC foi uma decisão tomada durante reunião no Rio de Janeiro com representantes da empresa, Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Força Sindical RJ, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Instituto Estadual de Ambiente (Inea) e a Comissão Estadual de Controle Ambiental, na tarde desta quarta-feira, 6 de dezembro.

Além de encerrar as atividades, a exigência ambiental ressaltava que, a partir do dia 10 de dezembro, a empresa não teria nenhum documento vigente que autorizasse o funcionamento da Usina Presidente Vargas. Em fevereiro de 2016, a CSN foi multada em R$ 13 milhões pelo não cumprimento de acordos ambientais.

Pezao CSN 2

Procurado na segunda-feira (4), logo pela manhã, pelo presidente da Força Sindical RJ, Carlos Fidalgo, o presidente da Federação dos Metalúrgicos RJ, Sérgio Barbosa Claudino e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos, além de parlamentares, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) passou a intervir para evitar o fechamento da empresa. Pezão se reuniu, então, com representantes dos diversos setores envolvidos para discutir o assunto e buscar, como solicitado pelos sindicalistas, uma solução que não colocasse em risco o emprego dos metalúrgicos.

“A CSN tem que cumprir as questões acordadas com o Inea, sem dúvida, como o controle da poluição sonora e do pó preto. Mas o trabalhador não pode ser penalizado. Defendemos junto ao governador Pezão um prazo maior, para que a empresa atenda as exigências do TAC que faltam. Defendemos a classe trabalhadora, mas reconhecemos que o respeito ao meio ambiente é também primordial”, afirmou Carlos Fidalgo, presidente da Força Sindical RJ.

“Lutamos e conseguimos garantir que o Inea desse mais 150 dias para a CSN se enquadrar. Ganha a CSN, ganham os trabalhadores e ganha o movimento sindical, que, mais uma vez, demonstra sua importância na defesa da classe trabalhadora”, ressaltou Silvio Campos.

A direção da CSN informou que “uma auditoria independente aceita pelas autoridades atestou que dos 15 itens do TAC, 12 foram cumpridos e dois deles são procedimentos de rotina (como limpeza da fábrica), que precisam ser feitos de forma permanente. Apenas um item ainda permanece em análise”. No documento, a empresa ressaltou que as obrigações entendidas como não cumpridas pelo órgão ambiental estão judicializadas, com decisões liminares favoráveis a CSN.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Com Diário do Vale

Fotos: Divulgação Força RJ

 

 

  • Alexsandro Diniz
  • Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ
  • (21) 9 7188-8140
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Sindicato dos Metalúrgicos classifica como “absurda” contraproposta da CSN

Silvio Campos 2O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense se retirou da primeira reunião com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) sobre o Acordo Coletivo. Isso porque a empresa apresentou uma contraproposta com 14 itens que suprimiam direitos trabalhistas, além de propor um reajuste zero. O sindicato dos trabalhadores considerou um absurdo a proposta. Os representantes dos metalúrgicos querem, ao menos, a reposição salarial.

“A CSN teve a cara de pau de apresentar uma contraproposta indecente para o acordo coletivo 2016/2017. Pasmem: eles querem retirar os direitos trabalhistas já conquistados há anos pelos trabalhadores. Obviamente, a direção do sindicato não aceitou e se retirou imediatamente da reunião”, informa o Sindicato à categoria, através do boletim “9 de Novembro”, que foi entregue aos trabalhadores da CSN.

E o boletim prossegue: “Não podemos esquecer que, só neste ano, morreram três trabalhadores depois de sofrer acidente dentro da Usina Presidente Vargas. Além do perigo, agora a CSN quer matar seus funcionários de outra forma: de fome”, complementou a publicação sindical.

Em outro boletim, que chega hoje (25) às mãos dos metalúrgicos da siderúrgica, o Sindicato informa que “se defronta com a política predatória, de sucateamento e exploratória de seus trabalhadores, desempenhada pela direção da CSN desde sua privatização”.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Sílvio Campos, se indignou com a postura da companhia: “Não vamos aceitar, de maneira alguma, esse disparate da direção da empresa. Esperamos retirada da contraproposta e que ela (CSN) volte a negociar, imediatamente. A negociação é o melhor caminho, mas não descartamos a possibilidade de uma paralisação na Usina Presidente Vargas”, salientou Sílvio Campos.

Veja o que propõe a CSN:

  • Reajuste ZERO
  • Retirada do resíduo de hora noturna
  • Reduzir o adicional noturno de 40% para 20%
  • Plano de assistência médica: excluir o plano superior
  • Adicionais de hora extra: reduzir para 50%
  • Reduzir o período do pagamento da creche: dos atuais cincos anos para apenas um ano
  • Bonificação de férias: retirar os atuais 70% para os 33%, conforme a lei
  • Cartão alimentação: aumentar a participação dos trabalhadores dos atuais 5% para 20%
  • Acabar com a venda da cesta básica
  • Acabar com o empréstimo da CSN
  • Acabar com o adiantamento do décimo-terceiro no mês de janeiro
  • Salário substituição: pagar a diferença a partir do 20º dia, limitando em 20% a diferença entre os salários
  • Acabar com as bolsas de estudo, mantendo apenas aquelas já existentes
  • Implantar imediatamente um banco de horas de180 dias

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

            Foto: Divulgação Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense

 

 

Carlos Fidalgo

Presidente
Força Sindical do Estado do RJ