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Audiência Cedae Brasília

Frente Parlamentar em Brasília vai investigar alienação das ações da Cedae

Audiência Cedae Brasília

Uma Frente Parlamentar, formada por deputados federais do Rio de Janeiro, vai analisar as condições do empréstimo da União ao governo do estado que tomou como garantia as ações da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). A informação é do vice-presidente da Força Sindical RJ, Marcelo Gonçalves que, ao lado de outro vice-presidente, Marcelo Peres, e de representantes de Sindicatos dos Trabalhadores, como o de Saneamento de Niterói (Stipdaenit) e o de Campos (Staecnon), participou de audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, na última quinta-feira (23). A audiência pública “A utilização da Cedae como garantia de empréstimo” foi convocada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara Federal, através do deputado federal Áureo (Solidariedade-RJ).

Para o vice-presidente Marcelo Gonçalves, a audiência implementada pela Força Sindical RJ na Câmara Federal, que contou com a presença de deputados do parlamento fluminense de diferentes partidos, foi um sucesso. “A Cedae não foi privatizada. O que houve até agora foi uma alienação das ações. Ou seja, as ações da Cedae foram dadas como garantia caso o governo do estado do Rio de Janeiro, em três anos, não consiga pagar o empréstimo contraído junto a União”, explicou Marcelo Gonçalves.

O sindicalista disse que a Frente Parlamentar será criada para esmiuçar as condições desse empréstimo, o valor real da Cedae (que é muito superior a R$ 2 bilhões) e, por último, impedir o processo de privatização. O deputado Áureo se comprometeu a conversar com o líder da bancada do Rio de Janeiro, deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ), para abrir a Frente. “Foi uma audiência que foi além do caráter simbólico. Foi pragmática, trouxe consequências. Uma delas é a proposta de fazermos nova audiência, dessa vez reunindo todos os deputados federais do Rio de Janeiro, inclusive o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para que ele possa explicar por que o alvo é a Cedae. Ninguém quer a privatização, nem o governo do estado, nem a sociedade fluminense, nem os trabalhadores, nem os deputados que lá estiveram. A vontade de uma só pessoa não pode suplantar o interesse público. Uma coisa é o governo, outra coisa é o Estado. Os governos se sucedem e mudam, mas o Estado tem que ser preservado, como foi dito na audiência”, relatou Marcelo Gonçalves.

O vice-presidente Marcelo Peres foi um dos expositores da audiência pública e demonstrou, na ocasião, a lucratividade da Cedae e o prejuízo que a cidade do Rio de Janeiro está tendo com a concessão à iniciativa privada da área AP-5 (zona oeste da capital), já que a empresa responsável não está repassando as verbas para a Prefeitura. A questão está sob judice, informou Marcelo Peres.

“Questionamos, por exemplo, a premissa de que a empresa privada resolverá os problemas das cidades que tem menos arrecadação. Se um município não tem como arcar com os custos dos serviços de tratamento, distribuição e manutenção do sistema, certamente não vai receber investimento da empresa privada, que não vai investir onde não terá lucro, prejudicando a população. E alertamos, também, sobre o domínio da França sobre a água do mundo, através de empresas como Suez, Vivendi e Veolia. A Águas do Brasil, por exemplo, é uma subsidiária de grupos franceses”, revelou Marcelo Peres.

Deputados querem Cedae pública

O vice-presidente da Força RJ e coordenador da Frente Sindical Trabalhista (FST) lembrou, ainda, que vários deputados federais do Rio de Janeiro que acompanharam a audiência apresentaram propostas para fortalecer a Cedae pública. O deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) foi o autor da proposta de uma nova audiência pública pluripartidária, com a presença do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia e demais deputados da bancada do Rio de Janeiro. “O deputado Áureo se comprometeu a procurar Rodrigo Maia e Henrique Meirelles para viabilizar essa nova discussão”, completou Marcelo Peres.

A deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ) sugeriu uma audiência com o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, já que a cidade é responsável por 86% da arrecadação da Cedae e faz o subsídio cruzado, beneficiando municípios sem recursos para bancar a operação e manutenção do sistema de tratamento e distribuição de água. Já o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) lembrou que o empréstimo está sendo prometido desde fevereiro de 2017 e o funcionalismo público está sofrendo com salários atrasados, bem como toda a população do estado, com o colapso de serviços públicos . “Ele frisou que a Cedae dá lucro, em contraponto ao caos em que se transformou o estado do Rio de Janeiro. Portanto, o governo precisa desfocar a Cedae e procurar, realmente, solucionar o problema dos servidores. Segundo ele, a Cedae não é a solução para o problema da crise financeira do estado”, reportou Marcelo Peres.

Outro deputado do PT do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou que a Cedae é uma quebra do paradigma de que empresas públicas são ruins e prestam maus serviços. Para Wadih Damous, se privatizar, a tarifa aumenta, porque empresa privada visa só o lucro, parabenizou o deputado Áureo pela ação e declarou seu voto favorável ao projeto de lei de Áureo que propõe uma alternativa à alienação das ações da Cedae. “Aliás, todos os deputados fluminenses presentes, de todos os partidos, pressionarão o presidente Rodrigo Maia para que seja colocado em pauta o projeto do deputado Áureo, o PLP nº 387/2017, que propõe a substituição da Cedae como aval do empréstimo. Pela proposta, o crédito tributário do Imposto de Renda que a Cedae tem direito passa a ser o avalista do empréstimo do governo federal ao governo do Rio de Janeiro e não mais a possibilidade de privatização da empresa como um todo. São créditos tributários de quase R$ 3 bilhões”, completou Marcelo Peres.

 

 Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação FST

 

 

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Reunião Cedae 2

Audiência pública em Brasília discute empréstimo envolvendo a Cedae

Reunião Cedae 2

O vice-presidente da Força Sindical RJ, Marcelo Peres, participa na próxima quinta-feira (23) de audiência pública, em Brasília, que discute a utilização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) como garantia de empréstimo ao governo do estado. A audiência pública foi convocada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara Federal, através do deputado federal Áureo (Solidariedade-RJ).

A audiência pública começa às 9h30 e Marcelo Peres, coordenador da FST (Frente Sindical Trabalhista), fará uma exposição que explicará porque não é necessário vender a Cedae como garantia para que o Rio de Janeiro possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

Projeto de lei de autoria do deputado Áureo, o PLP nº 387/2017, já tramita na Câmara Federal, pedindo a substituição da Cedae como aval do empréstimo. Pela proposta, o crédito tributário do Imposto de Renda que a Cedae tem direito passa a ser o avalista do empréstimo do governo federal ao governo do RJ e não mais a privatização da empresa como um todo. A Cedae “abriria mão” dos créditos tributários, quase R$ 3 bilhões, beneficiando a União.

No último dia 14 de novembro, Marcelo Peres acompanhou o deputado Áureo numa reunião com o presidente da Cedae, Jorge Briard, na sede da empresa, no Rio de Janeiro, onde o parlamentar justificou sua proposta, que modifica a Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017, para prever a utilização dos créditos tributários em desfavor da União em substituição à privatização da estatal.

Em sua justificativa, o deputado do Solidariedade argumenta que, de acordo com a LCP 159/2017, uma das condições para que o Rio de Janeiro consiga a suspensão do pagamento das dívidas com a União – um alívio de mais de R$ 60 bilhões em três anos, é a privatização de empresas lucrativas, como a Cedae. Mas isso não é sensato, nem necessário.

“O deputado Áureo fez ver ao presidente Jorge Briard, e vamos defender essa proposta com argumentação bem fundamentada na audiência pública, em Brasília, que empresas como a Cedae são credoras da União e detém vultosos valores na forma de créditos tributários. Portanto, não é preciso dilapidar o patrimônio do povo para aliviar a crise do Rio de Janeiro. Água é vida, é saúde e não mercadoria. A Cedae precisa continuar pública, pelo bem da população do nosso estado. E continuamos lutando por isso”, explicou Marcelo Peres.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação FST

 

 

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Cedae

Sindicatos de Campos e Niterói suspendem na Justiça leilão da Cedae

CedaeO juiz federal José Carlos da Silva Garcia, da 3ª Vara Federal de Niterói, concedeu liminar, nesta sexta-feira (27), determinando a suspensão do pregão para a contratação do empréstimo de R$ 2,9 bilhões que terá como garantia as ações da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). O despacho do magistrado diz respeito a uma ação civil pública por parte dos sindicatos de trabalhadores em Saneamento de Campos (Staecnon) e Niterói (Stipdaenit), movida em parceria com a Associação dos Empregados de Nível Universitário da Cedae (Aseac), em Brasília.

No pedido feito pelos trabalhadores, consta a requisição para que o Rio de Janeiro e a União entreguem os documentos que tratam da avaliação dos ativos da Cedae. A justificativa é que a avaliação feita pelo governo federal, de R$ 5,8 bilhões, não condiz com o real valor da companhia.

O juiz federal José Carlos da Silva Garcia, ao conceder a liminar, destacou:

“(…) Nem a situação crítica do Estado, nem os esforços conjuntos do Estado com a União, podem pôr de lado as balizas constitucionais e legais que organizam e comandam a ação do Estado Brasileiro através de todos os seus entes federativos, sob pena de vulneração do próprio regime constitucional em vigor. Isso não seria admissível.”

E prossegue:

 “Dada a sensibilidade da área de saneamento, a dimensão da crise do Estado do Rio de Janeiro e o grau de ansiedade e perplexidade dos cidadãos deste Estado, é razoável que haja legítimo interesse da população, independente de suas posições sobre o mérito político-administrativo da alienação em si mesma, em ter pleno conhecimento da avaliação do relevante patrimônio público que se pretende vender neste momento.”

Esta não é a primeira vez que a Justiça suspende o leilão da Cedae. Desde o início do processo de tentativa de privatização, os servidores vinculados à companhia já ingressaram com mais de 10 ações na Justiça, em diferentes esferas.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Aseac e Jornal Extra

Foto: Divulgação

 

 

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Reunião Maia

Força RJ se reúne com Rodrigo Maia e audiência pública discutirá privatização da Cedae na Câmara Federal

Reunião Maia

Uma audiência pública na Câmara Federal, em Brasília, discutirá se a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) deve ou não ser privatizada. A deliberação foi o resultado de reunião nesta terça-feira (3) com o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), promovida pela Força Sindical RJ, com apoio do deputado federal Áureo (SD-RJ).

Participaram do encontro, além dos deputados Rodrigo Maia e Áureo, o presidente da Força Sindical RJ, Carlos Fidalgo, e os vice-presidentes da Força Rio Marcelo Peres e Marcelo Gonçalves (também diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói).

A reunião, no gabinete de Rodrigo Maia, discutiu a tramitação do PLP 387/2017, que altera a Lei Complementar n.º 159, de 19 de maio de 2017, para prever a utilização de créditos tributários em desfavor da União em substituição às privatizações de empresas estatais, como a Cedae. O PLP 387/2017, de autoria do deputado Áureo, encontra-se na Comissão do Trabalho, aguardando relator. E prevê a utilização de créditos tributários que a Cedae tem direito em substituição à privatização da estatal.

Segundo Marcelo Peres, a audiência pública será ainda agendada e deve ocorrer entre final de outubro e início de novembro. “Levamos ao presidente da Câmara Federal informações sobre os pareceres da Procuradoria Geral do Município, do Estado do Rio de Janeiro, da Advocacia Geral da União, da Procuradoria Geral da República, do Superior Tribunal Federal, todos contrários à privatização, considerada pelos órgãos inconstitucional”, contou Marcelo Peres.

O vice-presidente da Força RJ e coordenador da Frente Sindical Trabalhista (FST) afirmou que os sindicalistas fizeram ver a Rodrigo Maia que é importante que a Cedae continue sendo uma empresa pública, porque é a arrecadação da cidade do Rio de Janeiro que subsidia os serviços no interior do estado, onde a arrecadação é menor. Segundo Marcelo Peres, Rodrigo Maia argumentou que a Cedae não era eficiente, mas foi convencido do contrário. “Mostramos a ele que, embora não tenha como objetivo dar lucro financeiro (seu lucro deve ser social, como empresa pública), a Cedae vai gerar R$ 100 milhões em dividendos em 2017. É justamente a Cedae, em plena crise no estado do Rio de Janeiro, que, na prática, vem ajudando o estado a pagar suas contas. Não faz sentido o estado se desfazer de uma empresa estatal eficiente e lucrativa”, argumentou Marcelo Peres.

Outro ponto debatido no encontro foi a obra de universalização de água na Baixada Fluminense, programa que está a pleno vapor, com financiamento de mais de R$ 3 bilhões da Caixa Econômica Federal.

“Estamos na luta pela Cedae pública e com serviços de qualidade. Tanto que, na audiência pública, vamos propor agilidade na convocação de concurso público”, adiantou o presidente Carlos Fidalgo.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação Força RJ

 

 

  • Alexsandro Diniz
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STF

STF emite liminar contra a privatização da Cedae

STF

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, concedeu liminar que suspende os efeitos da lei que autoriza a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae). A decisão foi tomada dentro da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5683, protocolada pelos partidos Rede e PSol, que contaram com o apoio de Sindicatos e Associações de trabalhadores, entre eles o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói (Stipdaenit) e Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro (Staecnon).

Barroso argumentou que é inconstitucional o artigo 2º, parágrafo 2º da Lei nº 7.529, aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que permite, mediante a cessão das ações da Cedae como garantia, a contratação de empréstimo com bancos públicos para pagamento de pessoal. Tal medida viola a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para se tornar definitiva, a decisão de Barroso será votada pelo plenário do STF, em sessão ainda sem data definida.

“Essa é uma vitória importante da categoria e da população, de todos que se mobilizaram constantemente em defesa da Cedae pública. Vamos nos manter atentos e mobilizados com os próximos passos e pressionar os parlamentares na Alerj para que seja criado um projeto de lei que cancele a privatização da Cedae”, afirmou o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo.

Ele agradeceu, ainda, aos trabalhadores da Cedae que contribuíram diretamente para o desenvolvimento da ação, com a entrega aos sindicatos de informações fundamentais.

 Audiência pública Alerj

Audiência Cedae Alerj menor

Deputados estaduais, federais e trabalhadores de estatais se reuniram na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta sexta-feira (1/9) para debater propostas de privatização anunciadas pelo Governo Federal. A audiência pública lotou o plenário da Casa com integrantes da Eletrobras, Furnas, Cedae, Casa da Moeda e de petroleiras e foi promovida pelas comissões de Trabalho e de Economia da Casa.

A Força RJ acompanhou o debate, ao lado de Sindicatos filiados. “Muitos companheiros não conseguiram entrar e se concentraram na porta da Alerj”, afirmou o vice-presidente Marcelo Peres.

Diante do grande número de pessoas presentes na audiência pública, o deputado Paulo Ramos (PSol), presidente da Comissão de Trabalho, anunciou que será marcada uma nova reunião para debater o tema. “Privatizar as estatais é uma perda para o Estado, representa precarização do trabalho, queda na qualidade do serviço e mais desemprego. Em contrapartida, não vemos os investimentos em saúde, segurança e educação prometidos com esses recursos”, disse Paulo Ramos.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Stipdaenit e Alerj

Fotos: Divulgação STF e Alerj

 

 

  • Alexsandro Diniz
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MPRJ

Ministério Público RJ considera privatização da Cedae inconstitucional

MPRJ

Mais uma vitória dos cedaeanos na luta contra a privatização. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) acaba de publicar parecer pela Inconstitucionalidade da lei que autoriza a venda de ativos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos. O parecer foi dado a partir de Representação de Inconstitucionalidade ajuizada pela Fenatema (Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente), através do Departamento Jurídico do Stipdaenit (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói). O MPRJ opinou pelo deferimento da liminar para suspender os efeitos da lei.

Em março, foi protolocada na sede do MPRJ uma denúncia, elaborada pelo advogado do Stipdaenit, Flavio Guse, com todas as irregularidades na lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que autoriza a privatização da Cedae. Agora, o Ministério Público estadual se posiciona em defesa do patrimônio público, através da manutenção da Cedae pública.

Em junho, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, também se posicionou favorável à medida cautelar que impede a privatização da estatal com base na inconstitucionalidade da Lei 7529/2017, aprovada em fevereiro pela Alerj. Em 10 de março, o Stipdaenit também protocolou na Procuradoria Geral da República denúncia contra a lei que autoriza a privatização da Cedae. O documento apontou, mais uma vez, todas as irregularidades contidas na lei aprovada pela Alerj e subsidiou o parecer elaborado pela PGR contra a privatização da empresa.

“Nosso Sindicato lutou muito por essa posição do Ministério Público. Esperamos, agora, que a Justiça siga tanto o posicionamento do Sr. Rodrigo Janot, como do Ministério Público do Rio de Janeiro, porque essa privatização da Cedae é claramente irregular. É um ataque contra o patrimônio público. A Justiça precisa se fazer presente e derrubar essa lei que atende, unicamente, interesses políticos imediatistas. O governo acredita que a venda da Cedae soluciona os problemas financeiros do estado, quando sabemos que só isso não resolve a crise financeira do Rio. Não é acabando com o patrimônio do povo que melhoraremos as coisas em nosso estado”, afirmou o presidente do Sindicato, Sérgio Araújo.

Leia o parecer do MPRJ aqui 

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Assessoria de Imprensa Stipdaenit

Foto: Divulgação MPRJ

 

 

Alexsandro Diniz

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

Aureo PL Cedae

Projeto de lei pede troca de privatização da Cedae por créditos tributários da estatal

Aureo PL Cedae

A pedido da Força Sindical RJ, do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói (Stipdaenit) e da Frente Sindical Trabalhista (FST), o deputado federal Áureo (Solidariedade-RJ) apresentou projeto de lei na Câmara Federal onde pede a substituição da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) como garantia à União para o socorro financeiro para recuperação fiscal do estado do Rio de Janeiro. Pela proposta, o crédito tributário do Imposto de Renda que a Cedae tem direito passa a ser o avalista do empréstimo do governo federal ao governo do RJ e não mais a privatização da empresa. A Cedae “abriria mão” dos créditos tributários, beneficiando a União.

Em recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a receita da companhia estatal recebeu acréscimo de meio milhão de reais devido a futuras isenções no Imposto de Renda, além de poder reembolsar o total gasto com o imposto nos últimos cinco anos, um total de R$ 2 bilhões, no período.

A proposta apresentada pelo deputado Áureo modifica a Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017, para prever a utilização dos créditos tributários em desfavor da União em substituição à privatização.

Em sua justificativa, o deputado do Solidariedade argumenta que, de acordo com a LCP 159/2017, uma das condições para que o Rio de Janeiro possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal e, por consequência, conseguir a suspensão do pagamento das dívidas com a União – um alívio de mais de R$ 60 bilhões em três anos, é a privatização de empresas lucrativas, como a Cedae.

“Entretanto, essas mesmas empresas são credoras da União e detém vultosos valores na forma de créditos tributários. (…) Não se apresenta sensato que o patrimônio do povo, que já passa por enormes dificuldades em decorrência da grave crise, seja dilapidado”, disse Áureo, pedindo apoio aos demais parlamentares para que aprovem a proposta. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação Força RJ

 

Alexsandro Diniz

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

Stipdaenit Adin

Sindicato de Niterói vai a Brasília pedir impeachment de Temer e agilidade contra a privatização da Cedae

Stipdaenit Adin

As entidades CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria), FENATEMA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente), Stipdaenit (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói) e Sintsama (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento do Rio de Janeiro) protocolaram na última quinta-feira (1º de junho) pedido de impeachment contra presidente da República, Michel Temer, na Câmara dos Deputados. O pedido alega que Temer cometeu crimes de responsabilidade, “já que contribuiu para obstruir o livre exercício das instituições, agiu contra a probidade da Administração Pública e contrariamente ao ordenamento jurídico brasileiro”. A denúncia tem por referência o diálogo comprometedor entre Michel Temer e Joesley Batista, que foram divulgados em 17 de maio e sacudiram o país.

As entidades também participaram de audiência no gabinete do Ministro Luís Roberto Barroso, no Superior Tribunal Federal (STF), para pedirem celeridade na apreciação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 5683/2017, que visa a impedir a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) devido às inconstitucionalidades da lei que autoriza a venda da empresa.

“Saímos com a garantia de que, assim que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitir seu parecer na rederida ADIN, o ministro Barroso  convocará as entidades participantes para nos ouvir”, afirmou Sérgio Araújo, presidente do Stipdaenit.

O advogado do Sindicato de Niterói, Flávio Guse, também entrou com pedido junto a Subprocuradoria da República (auxiliar do procurador-geral da República), para celeridade na emissão do parecer com relação a ADIN 5683/17, citando como argumento a recente decisão do ministro do STF, Luiz Fux, que gera um acréscimo de meio milhão de reais na receita da Cedae devido a futuras isenções no Imposto de Renda, além de poder reembolsar o total gasto com o imposto nos últimos cinco anos, um total de R$ 2 bilhões, no período. Essa injeção de recursos vai fortalecer a viabilidade da Cedae enquanto empresa pública, na prestação e universalização dos serviços de saneamento.

“A Cedae, ao recuperar esses R$ 2 bilhões e não pagar mais o IR, será a empresa com as melhores condições de trabalhar pela universalização do saneamento, pois além do corpo técnico de alta qualidade, terá recursos suficientes para obras essenciais ao estado. Assim, a Cedae passa a ser a segunda maior empresa de saneamento do Brasil, ficando atrás apenas da Sabesp (São Paulo)”, avaliou Sérgio Araújo.

O presidente do Stipdaenit lembrou que a estatal já administra uma grande obra para o abastecimento de água na Baixada Fluminense, a construção do Guandu II, orçado em R$ 3,4 bilhões e cujos recursos foram contraídos a partir de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal.

“Voltamos a frisar que o melhor para o estado do Rio de Janeiro é a manutenção da Cedae pública, com a sua retirada do programa de privatizações do governo federal e o cancelamento da modelagem que começa a ser realizada pelo BNDES”, concluiu Sérgio Araújo.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Assessoria de Imprensa Stipdaenit

Foto: Divulgação Stipdaenit

 

Alexsandro Diniz

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

Cedae votação 1

Alerj aprova, mas Sindicatos e parlamentares iniciam batalha jurídica contra a privatização da Cedae

Cedae votação 1

O projeto de lei 2.345/17, que autoriza o governo estadual a privatizar a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foi aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na última segunda feira (20), com 41 votos favoráveis e 28 contrários. No dia seguinte (21), foram votadas 16 emendas parlamentares, mas apenas duas receberam aprovação dos deputados: prioridade (não exclusividade) do empréstimo de R$ 3,5 bilhões para o pagamento dos servidores e manutenção da tarifa social nos serviços de água e esgoto. Medidas como proteção dos funcionários de demissões, substituição da empresa pela dívida ativa do estado como garantia para o empréstimo ou permanência da produção de água nas mãos da Cedae foram rejeitadas pela base governista. Agora, sindicatos e partidos apostam na via judicial para evitar a venda.

O PSol, por exemplo,  entrará com ação direta de inconstitucionalidade  (Adin) logo após o Carnaval, alegando irregularidades no projeto. O vereador do Rio Fernando William (PDT) entrou com uma ação popular na 15ª Vara de Fazenda Pública, sob a justificativa de que o uso das ações da Cedae como garantia para obtenção de empréstimos por parte do Poder Executivo fere a lei de licitações, que determina que a alienação de empresa pública deve ser feita através de licitação na modalidade concorrência. E o Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói (Stipdaenit) ajuizou ação popular e denúncia no Ministério Público e aguarda os pareceres.

Cedae votação Sérgio

Outra ação política para reverter o processo de entrega da Cedae foi a assinatura de resolução por 29 deputados estaduais, protocolada na terça-feira (21), pedindo plebiscito sobre a privatização da companhia. A resolução foi proposta pelos deputados Dr. Julianelli (Rede), Enfermeira Rejane (PCdoB), Marcelo Freixo (PSol), Márcio Pacheco (PSC), Tio Carlos (SD) e Zeidan (PT). Agora, terá que ser levada à votação pelo presidente Jorge Picciani e aprovada pela maioria dos parlamentares para, então, ser realizada a consulta popular. Foi criada uma página na internet  para contabilizar assinaturas e enviar mensagens por e-mail para o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB).

E a greve dos trabalhadores da Cedae continua até, pelo menos, esta quinta-feira (23).

“Essa guerra está longe de terminar. Ela continua”, concluiu Sérgio Araújo, presidente do Stipdaenit.

Votação

A votação decisiva ocorreu em sessão extraordinária na tarde de segunda-feira (20), com as galerias novamente vazias por determinação de Jorge Picciani. Após a aprovação do projeto, os cedaeanos que se concentravam em frente à Alerj, com o apoio de servidores públicos e estudantes, seguiram até a sede da empresa, na Cidade Nova, parando o trânsito na Av. Presidente Vargas, uma das principais vias de acesso ao Centro do Rio, por duas horas.

Durante a marcha, um grupo de manifestantes depredou grades e propagandas do carnaval na Sapucaí, ocasionando reação da Polícia Militar. Foi o suficiente para transformar o Centro do Rio de Janeiro mais uma vez em praça de guerra, rotina nas manifestações contra o governo que ocorrem desde 2015. Dezoito estudantes foram detidos, mas liberados até o final do dia.

Na terça-feira (21), houve nova manifestação em frente à Alerj durante a votação das emendas parlamentares, mas dessa vez o protesto terminou de forma pacífica. A oposição não obteve sucesso em nenhuma das emendas protocoladas, mantendo o texto praticamente original. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Comunicação Alerj e Assessoria de Imprensa Stipdaenit 

Fotos: Divulgação Stipdaenit

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

Manifestação Alerj Cedae

Servidores do RJ fazem protesto em frente a Alerj, apesar do adiamento da votação da privatização da Cedae

Manifestação Alerj Cedae

Servidores do estado do Rio de Janeiro fizeram protesto em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no Centro do Rio, nesta terça-feira (14). Por volta das 11h, os manifestantes interromperam o trânsito na Rua Primeiro de Março. O grupo bloqueava o trânsito na via e gritava: “Fora Pezão”. Por volta das 14h40, a manifestação pacífica seguiu em direção a Candelária, reunindo o Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais), Sindicatos e centrais sindicais.

Nesta segunda (13), a presidência da Alerj comunicou o adiamento da votação do projeto de lei 2.345/17, que autoriza o uso das ações da Cedae para viabilizar empréstimo de R$ 3,5 bilhões da União. Mas o anúncio não desmobilizou os trabalhadores. A princípio, a votação será realizada a partir da próxima segunda-feira (20), a partir das 11h, em sessão extraordinária convocada pelo presidente da Casa, deputado Jorge Picciani (PMDB).

Em nota, a assessoria de comunicação social da Alerj informou que a votação prosseguirá nas sessões ordinárias de terça (21), quarta (22) e quinta-feira (23). A reunião do Colégio de Líderes da Assembleia, que também foi adiada, ainda será remarcada. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

                                                 Fonte: G1

Foto: Divulgação Força RJ 

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

Petição Cedae Avaaz

Força RJ cria abaixo assinado contra privatização da Cedae

Petição Cedae Avaaz

A Força Sindical RJ acaba de criar um abaixo assinado on line contra a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro). O abaixo assinado é endereçado à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Na justificativa, a Força Sindical argumenta que a água é o bem mais valioso da humanidade. Sem ela, não existe vida. “A maioria dos municípios brasileiros tem como operadora as companhias estaduais de saneamento, que hoje atendem cerca de 80% da população brasileira. As condições para que o setor público aumente sua intervenção no setor de saneamento foram ampliadas de forma significativa nos últimos anos, permitindo que os operadores, principalmente os municipais, se tornem protagonistas das ações de saneamento. Essas condições foram dadas pela nova legislação nacional; pelo aporte de recursos disponibilizados através do Plano de Aceleração de Crescimento – PAC, financiamento pelo BNDES e CEF. Além disso, o Governo Federal criou uma série de programas e ações que tem por objetivo ajudar na modernização da gestão e qualificação técnica dos profissionais do setor”, diz a petição.

O abaixo-assinado alerta ainda que através da PPP (Parceria Público Privada) no saneamento, o empresário só investe em regiões de alta renda. “O setor privado não apresenta propostas de soluções para universalizar o saneamento nas regiões pobres do país. Essa tarefa deixa com o poder público”, ressalta.

“Não podemos deixar que a água que é o bem mais valioso da humanidade caia nas mãos
da ganância de empresários nacionais e de grupos estrangeiros. O resultado seria um retrocesso sem igual, com milhões da população carioca e da Baixada Fluminense excluídos dos serviços básicos de água e saneamento, levando com isso o setor de saúde à beira do colapso, já que os dois se complementam. Neste contexto também muitos trabalhadores com conhecimento técnico na Cedae seriam demitidos para a contratação de mão de obra barata, inexperiente e com baixos salários. Consequentemente, haverá precarização dos serviços”, conclui a argumentação.

Participe! Assine: https://secure.avaaz.org/po/petition/ALERJ_NAO_A_PRIVATIZACAO_DA_CEDAE/?cBZAHlb

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa    

Foto: Reprodução Avaaz    

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

Manifestação Alerj 3

Protesto contra privatização da Cedae na Alerj será dia 1º de fevereiro

Manifestação Alerj 3

A manifestação prevista para 2 de fevereiro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, para protestar contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foi antecipada para 1º de fevereiro. A informação é do sindicalista Marcelo Peres, que explicou que o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), alterou a data da eleição e posse da mesa diretora da Casa, que passou do dia 2 para 1º de fevereiro. 

“Estamos atentos às manobras e os Sindicatos já estão convocando suas bases para estarem na Alerj, a partir de 12h, na próxima quarta-feira, para barrar a entrega da Cedae à iniciativa privada, através de sua federalização. Será um ato em parceria com o Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais)”, afirmou Marcelo Peres, também secretário de Imprensa e Comunicação da Força RJ.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa    

Foto: Divulgação Alerj    

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

Reunião Cedae janeiro 2017

Sindicatos e entidades participam de atos de protesto na Alerj e Copacabana contra a privatização da Cedae

Reunião Cedae janeiro 2017

Em reunião ontem (18) na sede da Associação dos Empregados de Nível Universitário da CEDAE (Aseac), no Centro do Rio, sindicatos e entidades que representam os trabalhadores da Companhia Estadual de Águas e Esgotos definiram estratégias conjuntas de luta contra a privatização da estatal. Participaram do encontro o Sindicato de Saneamento de Niterói (Stipdaenit) e a Frente Sindical Trabalhista (FST), entre outros.

A reunião aprovou a participação em atos de protesto em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), dia 2 de fevereiro, com concentração a partir de 12h, e na manifestação na Praia de Copacabana no domingo (5), na altura do Posto 5, com concentração a partir de 10h. O ato em frente à Alerj será em parceria com o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe).

Segundo Marcelo Peres, coordenador da FST e secretário de Imprensa e Comunicação da Força RJ, os dirigentes sindicais não vão esperar até a realização das manifestações para pressionar parlamentares a votar contra a federalização da Cedae e, consequentemente, sua concessão à iniciativa privada. “Deliberamos comissões para estarem diariamente na Alerj, desde já, compostas por representantes de diferentes sindicatos e associações, para falar com os deputados sobre essa questão. E cada base vai procurar o deputado de sua área de influência para convencê-lo a votar contra a privatização”, informou Marcelo Peres.

Uma outra reunião aconteceu na sede do Stipdaenit (foto), em Niterói, apenas com representantes da FST, do Sindicato e Força RJ, para definir ações dessas entidades na mobilização conjunta que se inicia pelo voto  “Não” dos deputados estaduais  ao projeto que em breve será encaminhando pelo  Poder Executivo à Alerj, pedindo autorização para a concessão da Cedae ao governo federal, que pretende privatizar a empresa.

“A participação da categoria nas ruas será fundamental. Por isso, os sindicatos convocam todos os trabalhadores para participarem dos atos do dia 2, em frente à Alerj, e no dia 5, no “Fora Temer”, em Copacabana. O ato na Alerj ocorre no mesmo dia da eleição para presidente da Casa e terá a participação de todas as categorias de servidores públicos. Precisamos garantir votos na Alerj, pois as medidas acordadas entre os governos estadual e federal terão que ser votadas na Casa. E vamos atuar também juridicamente para barrar a entrega da Cedae para o governo federal”, afirmou o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo.

O sindicalista disse ainda que informações vindas do Palácio Guanabara apontam que o governo federal abre mão de outras contrapartidas para tirar o governo estadual do Rio de Janeiro do atoleiro, exceto a Cedae. “Essa obsessão pela empresa evidência a gravidade da situação. Só a participação do trabalhador poderá derrubar o plano de privatização.  É hora de arregaçarmos as mangas e lutarmos!”, completou Sérgio Araújo. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação Força RJ   

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

Cedae

Força RJ e Sindicato de Niterói se reúnem com presidente da Cedae para discutir privatização da empresa

Cedae

O Sindicato de Saneamento de Niterói (Stipdaenit) e outras entidades do setor, com apoio da Força RJ, têm encontro marcado nesta segunda-feira (16) com o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Jorge Luiz Briard. Em pauta, a federalização da empresa estadual, que é considerada pelos sindicalistas e trabalhadores da Cedae uma ponte para a privatização.

A Força Sindical do Rio de Janeiro já solicitou, também, reunião urgente com o governador Luiz Fernando Pezão para debater o assunto e tentará agendar encontro com o presidente Michel Temer.

“A privatização da Cedae vai ser uma tragédia para o Rio de Janeiro, porque o capital não visa o bem estar da população, mas o lucro. Água é saúde preventiva e não moeda de troca ou mercadoria”, afirmou o presidente da Força RJ, Carlos Fidalgo.

O coordenador da Frente Sindical Trabalhista (FST) e secretário de Imprensa e Comunicação da Força RJ, Marcelo Peres, disse que a Cedae já vem desenvolvendo um plano de obras para universalização da água na Baixada Fluminense. “A companhia pegou junto à Caixa Econômica um empréstimo de R$ 3 bilhões e 700 milhões para levar água à Baixada. Isso inclui desde a ampliação da maior estação de tratamento de água do mundo, a ETA Guandu, até instalação do sistema nas residências. Enquanto vários serviços estaduais estão paralisados, a Cedae continua trabalhando. Por que mexer no que está dando certo?”, indagou Marcelo Peres.

O sindicalista informou, ainda, que a estatal solucionou em 100% o problema da falta de água na Zona Sul da cidade do Rio e garantiu por 25 anos o abastecimento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. “A arrecadação da Zona Sul subsidia a distribuição, operação e manutenção do fornecimento de água em 64 municípios do estado, que não têm recursos para manter o sistema funcionando com qualidade”, completou Marcelo.

Para Marcelo Peres, se a água é fundamental para a sobrevivência humana, não pode passar para a iniciativa privada, já que é um bem essencial. “Estamos vendo os exemplos do transporte público, como trem, barcas, metrô, onde os serviços foram privatizados e continuam sendo criticados pela população. Tanto é verdade que a privatização não resolveu o problema, que o novo prefeito do Rio quer municipalizar o metrô, para que possa efetivamente dar conta da demanda”, ressaltou.

Mobilização

Enquanto tentam o diálogo com os governantes para impedir a privatização da Cedae, a Força RJ e sindicatos, como o Stipdaenit, continuam mobilizados, porque o projeto de federalização precisa passar antes na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para ir à frente. Em matéria publicada no jornal O Globo de hoje (12), o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), disse que as contrapartidas propostas pelo governo federal para socorrer o estado – que podem incluir a venda da Cedae e a redução da jornada de trabalho de servidores – só serão votadas na Casa depois que o Palácio Guanabara regularizar o pagamento dos salários do funcionalismo. Hoje, os vencimentos são depositados com atraso de mais de um mês e de forma parcelada.

Segundo o deputado, após o desmantelamento do pacote de austeridade apresentado no ano passado pelo governo estadual, apenas com os salários em dia será possível formar maioria na Casa para a aprovação das contrapartidas. Ele acha que o Palácio Guanabara terá condições de regularizar a folha no mês que vem, depois da suspensão do pagamento da dívida com a União.

O “desmantelamento do pacote de austeridade”, como disse Picciani, aconteceu com a mobilização dos sindicatos, servidores e centrais sindicais, que pressionaram com manifestações e vigílias os parlamentares a votarem contra o pacote de maldades. Portanto, a mobilização dos trabalhadores e do movimento sindical continua.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação Cedae    

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

falta-de-saneamento

Governo vai tocar concessão de saneamento em 11 municípios do RJ, mesmo sem BNDES

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Sem obter consenso junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quanto ao modelo de concessão do serviço de saneamento básico, o governo do Estado do Rio bateu o martelo e decidiu tocar seu projeto mesmo sem apoio do banco. O modelo do governo fluminense prevê conceder o serviço de coleta e tratamento de esgoto em 11 municípios da Região Metropolitana — excluindo a capital — em três lotes, totalizando investimentos de R$ 6,9 bilhões em 30 anos. A expectativa é que o edital do primeiro lote seja liberado no início do ano que vem. A notícia foi dada pelo jornal O Globo.

Para especialistas, esse modelo tem atratividade econômica, uma vez que as cidades são densamente povoadas e há forte demanda pelo serviço. Eles alertam, porém, que há mais riscos para o investidor privado que no modelo proposto pelo BNDES, que prevê a concessão tanto do esgoto como da água nas 64 cidades hoje atendidas pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto).

De acordo com a análise desses especialistas, ouvidos pelo jornal O Globo, problemas no abastecimento de água — sobre os quais o investidor não terá qualquer controle — podem comprometer a receita do concessionário, uma vez que a cobrança do serviço de esgoto está atrelada à da água. Do ponto de vista do cliente, há dúvidas quanto à qualidade do atendimento, pois queixas sobre fornecimento intermitente de água pela Cedae são recorrentes entre moradores da Baixada Fluminense e municípios como São Gonçalo.

A Cedae reconhece que podem ocorrer “eventuais flutuações no sistema” de água na Baixada e orienta os consumidores da região a manter reservatórios cheios. Para solucionar o problema, executa obras para garantir a universalização do serviço em até três anos. É projeto de R$ 3,4 bilhões. Já em esgoto, a Cedae aponta o projeto do governo do Rio para alcançar a universalização.

Como vai funcionar

No modelo de concessão do governo, o operador privado será responsável pela gestão comercial do fornecimento de água (cobrança) e por gerir perdas de água, como consertar vazamentos e combater “gatos”. Mas a captação e a distribuição de água continuarão com a Cedae. Segundo a estatal, o índice de abastecimento de água nos 64 municípios que atende é de 93%. Já o de tratamento de esgoto é de apenas 30,7%, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).

“No modelo do BNDES, o operador controla toda a cadeia de valor. Isso dá a ele mais previsibilidade na operação. Além disso, a experiência tem mostrado que a regulação é mais efetiva sobre os entes privados, pois os contratos são mais bem desenhados, permitindo a verificação de cumprimento de metas e punições em caso de descumprimento”, avaliou o economista Rafael Martins de Souza, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Hamilton Amadeo, presidente da empresa de saneamento Aegea, considera o serviço privado mais ágil em resultados, mas ressalta que “não se trata de uma decisão puramente técnica”. “A concessão pode começar apenas pelo esgoto e, futuramente, ser convertida em uma concessão plena”, completou.

Dar ao concessionário a responsabilidade de gerir as perdas de água, diz Amadeo, é uma estratégia inteligente, pois elevará o faturamento tanto da Cedae quanto do grupo privado responsável, além de ampliar o volume de água entregue aos consumidores. Dos 64 municípios em que atua, em 33 a Cedae opera só nos serviços de água.

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No Estado do Rio, o saneamento é privado em 18 dos 92 municípios, com diferentes modelos de concessão. A proposta do governo para a Cedae reproduz aquele usado na chamada Área de Planejamento 5  (AP 5), que compreende 21 bairros da Zona Oeste, entre eles Bangu e Campo Grande. A empresa responsável é a Foz Águas 5. Já o modelo do BNDES se inspira no adotado em Niterói, onde atua a Águas do Brasil.

Dúvidas

Para a engenheira sanitarista Irene Altafin, também da FGV, um ponto fundamental que ainda não está claro no projeto do governo do Rio é como será feito o subsídio. Ela lembra que a renda per capita das 11 cidades a serem concedidas é baixa, em torno de R$ 590 mensais. “No modelo do BNDES, havia uma proposta de subsídio cruzado (tendo a cidade do Rio como âncora econômica). No do governo fluminense, ainda não está claro como seria essa subvenção. Dar mais transparência a esse aspecto será fundamental para que o investidor tome a decisão de participar num eventual leilão”, explicou Irene, que defende um subsídio direto do estado para as famílias que não puderem assumir esses gastos.

A subsecretária de Parcerias Público-Privadas do governo do Rio, Paula Martins, disse ao jornal O Globo, por sua vez, que o modelo do estado já contempla, na rentabilidade do concessionário, a cobrança de uma tarifa social. E ainda prevê uma contrapartida da Cedae pela prestação do serviço, no valor de R$ 11,4 milhões ao longo de 30 anos. Esse dinheiro será pago pela estatal ao concessionário, de modo a viabilizar a concessão. Paula afirmou, ainda, que não haverá aumento real da tarifa: o contrato estabelecerá reajuste pela inflação ao longo dos 30 anos.

Com esse modelo, contou Paula, a receita da Cedae no período seria ampliada em R$ 6,8 bilhões, considerando o aumento da base de clientes, a queda da inadimplência e a redução das perdas. Em 2015, a receita da estatal foi de R$ 4 bilhões. O modelo se baseia em estudos feitos pela Empresa Brasileira de Projetos (EBP), da qual o BNDES é sócio.

“O banco estava acompanhando a evolução das conversas. O discurso mudou após a troca de comando. O projeto é financiável, e acredito no sucesso dele”, opinou Marco Capute, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.

O BNDES afirma estar aberto ao diálogo com o Palácio Guanabara. “Como o governo do estado declinou, até o momento, da análise de modelos como o apresentado pelo banco, prosseguiremos o programa de concessões contratando estudos para os demais estados”, informou, em nota ao jornal O Globo. O banco disse que, caso o modelo do governo vá adiante e o concessionário solicite financiamento ao BNDES, o projeto “seguirá a tramitação normal”.

“O governo do Rio não quer abrir mão da Cedae por uma questão política. A empresa gera receitas. Mas o fato é que ela presta um mau serviço”, acusou Raul Pinho, especialista em saneamento e ex-presidente do Trata Brasil.

Mas Sindicatos de Trabalhadores em Saneamento, como o Spitdaenit, de Niterói, vêm afirmando rotineiramente que há uma intenção deliberada do governo do estado de sucateamento da Cedae para que, sem estrutura, a estatal preste maus serviços, validando, assim, a privatização. Na verdade, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Niterói, a privatização também não é sinônimo de bons serviços. Prova disso é o flagrante de despejo de esgoto in natura na Praia dos Anjos, em Arraial do Cabo, área onde o serviço já foi privatizado.

A Prolagos informou que a Praia dos Anjos possui um extravasor da rede de drenagem do município da Região dos Lagos (água da chuva) e não faz parte do sistema de esgoto. Garantiu que, desde que assumiu a concessão dos serviços de esgotamento sanitário de Arraial do Cabo, em junho deste ano, tem trabalhado para solucionar problemas crônicos que a cidade convive há algum tempo e que não são poucos.  A coleta e o tratamento do esgoto do município já estão sendo realizados pela concessionária.

A Prolagos explicou que a água escura que extravasou na Praia dos Anjos no início do mês de novembro foi resultado da água da chuva misturada com lodo, material sedimentado das tubulações ou até mesmo, admitiu, esgoto proveniente de ligações clandestinas. Esclareceu, ainda, que, caso houvesse um bloqueio da saída dessa tubulação na Praia dos Anjos, poderia haver um grande alagamento na cidade, causando inúmeros prejuízos aos moradores e a turistas. A Prolagos informou que está elaborando um estudo para reverter essa situação.

“Está provado que privatizar não é a solução. O que queremos é uma Cedae pública e de qualidade. Porque água é vida, esgoto tratado é saúde e não mercadorias”, afirmou o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

   Fonte: Jornal O Globo, blog RC 24h, Assessoria de Imprensa Stipdaenit

                                            Fotos e vídeo: Divulgação, O Globo e Stipdaenit

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ