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Procuradoria Geral da República diz “não” à privatização da Cedae

JanotO Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói (Stipdaenit) está divulgando junto à sua categoria uma importante vitória dos trabalhadores da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro contra a privatização da Cedae. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se posicionou favorável à medida cautelar que impede a privatização da estatal com base na inconstitucionalidade da Lei 7529/2017, aprovada em fevereiro pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para permitir a venda da empresa.

Em 10 de março, o Stipdaenit protocolou na Procuradoria Geral da República (PGR) denúncia contra a lei que autoriza a privatização da Cedae e pedido de reunião com Rodrigo Janot. O documento apontou todas as irregularidades contidas na lei aprovada pela Alerj e subsidiou o parecer elaborado pela PGR contra a privatização da empresa.

O pedido de reunião foi aceito e Stipdaenit e Staecnon (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro) se encontraram, em 26 de abril, com o procurador Wellington Santana, do gabinete de Janot.

Essas iniciativas foram importantes para agilizar a elaboração do parecer, assim como a mobilização dos cedaeanos na internet, que lotaram a caixa de e-mails de Janot, pedindo agilidade na elaboração do parecer. O documento era necessário para que o ministro do Superior Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, dê andamento à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 5683/2017, que tramita no STF e trata das irregularidades na lei que autoriza a venda da Cedae.

O Stipdaenit e outros sindicatos estiveram em 1º de junho no gabinete do ministro Barroso e foram informados por seus assessores que Luís Roberto Barroso daria andamento à ação assim que Janot emitisse seu parecer. Esta ação foi protocolada pelos partidos PSol e Rede no STF e contou com a participação não só do Sindicato de Niterói, mas também da entidade do Norte e Noroeste Fluminense e da Aseac (Associação dos Empregados de Nível Universitário da Cedae), entidades que subsidiaram os parlamentares com informações e denúncias.

A luta contra a privatização da Cedae ganha mais fôlego com o parecer da PGR. Sua influência jurídica é enorme e dá mais peso para os argumentos contrários à venda, podendo ser decisivo a favor da manutenção da Cedae pública.

“O próximo passo é voltar a pedir ao ministro Barroso agilidade no andamento da ADIN 5683/2017. Vamos seguir firmes na luta, até a vitória”, afirmou o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo.

Leia a íntegra do parecer de Janot. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Assessoria de Imprensa Stipdaenit

Foto: Divulgação Stipdaenit

 

Alexsandro Diniz

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

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Stipdaenit OAB

Sindicatos de trabalhadores da Cedae procuram OAB/RJ e pedem apoio para análise de todo o processo que autorizou privatização

Stipdaenit OAB

Representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias de Distribuição e Purificação de Água e Esgoto de Niterói e do Norte e Noroeste do estado estiveram na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ) dia 23 de março, apresentando relatório sobre o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). A intenção do grupo foi pedir apoio da Ordem para a elaboração de um parecer jurídico sobre todo o processo. O documento será analisado pela procuradoria e pela diretoria da Seccional.

Segundo os representantes dos sindicatos, há uma série de irregularidades que poderiam inviabilizar a privatização da Cedae, como, por exemplo, o fato de a medida ter sido definida sem nenhuma audiência pública sobre o caso. Outro ponto criticado pelos funcionários é a subavaliação dos ativos. Para eles, o reservatório do Guandu não foi avaliado corretamente.

O grupo foi recebido pelo tesoureiro da OAB/RJ e presidente da Comissão de Prerrogativas, Luciano Bandeira, pelo diretor do Centro de Pesquisa e Documentação e integrante da Comissão de Direitos Humanos, Aderson Bussinger, e pela integrante da Comissão da Justiça do Trabalho, Clarissa Costa, advogada que compõe o Departamento Jurídico da Força RJ e Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro.

Além do parecer jurídico, eles pediram que a OAB/RJ ingresse como amicus curiae na ação de anulação da votação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que aprovou a privatização em votação do dia 20 de fevereiro.

De acordo com Aderson Bussinger, a Ordem não está alheia a esta demanda, no entanto, será necessária uma análise técnica das denúncias antes de a entidade tomar qualquer postura. “Nos prontificamos a analisar o pedido e encaminhar aos setores competentes, emitindo um parecer logo em seguida”, explicou.

Com a aprovação de 41 votos favoráveis e 28 contrários, o governo poderá vender a companhia de água e esgoto para o mercado privado. A medida foi muito criticada pelos funcionários da Cedae e por parte da população, que realizou inúmeras manifestações na Alerj contra a privatização da empresa. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fonte: Tribuna do Advogado

Foto: Divulgação OAB-RJ

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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Privatização da Cedae volta a ser discutida na Alerj

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Os sindicatos de trabalhadores e associações participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (5), que discutiu a possibilidade de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae). Acompanharam as discussões o Stipdaenit (Água e Esgoto de Niterói), Sintsama–RJ (Água e Esgoto do Rio), Staecnon (Saneamento do Norte e Noroeste Fluminense), Senge-RJ (Engenheiros do Rio), Sinaerj (Administradores do Rio) e Aseac (Associação dos Empregados de Nível Universitário da Cedae), bem como a FST (Frente Sindical Trabalhista).

Segundo o diretor de Comunicação do Stipdaenit, Francisco Areias, o presidente da estatal, engenheiro Jorge Briard, provou aos deputados estaduais que a Cedae é viável e tem capacidade técnica para tratar e fazer a distribuição da água, bem como colher e tratar o esgoto, já que, mesmo diante da crise econômica e da inadimplência que ela acarreta, teve lucro de R$ 248 milhões em 2015, arrecadando, em média, R$ 4 bilhões/ano.

“Nem a empresa, nem os parlamentares entendem a proposta de privatização”, afirmou Francisco Areias, que lamentou que os deputados não tenham mencionado no debate a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado Paulo Ramos (PSol), que garante que os serviços de captação, tratamento e distribuição de água e coleta e tratamento do esgoto sejam feitos pela empresa pública (Cedae). “Para ser apresentada à presidência da Casa, começar a tramitar e ser colocada em votação, o deputado Marcos Muller (PHS) precisa nomear o relator. Estamos atentos a esse processo”, garantiu.

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A audiência pública foi presidida pelo autor da proposta, deputado Paulo Ramos, presidente da Comissão de Trabalho. “Durante um longo período nestes últimos meses, ouvimos reiteradas notícias a respeito do destino que seria dado a Cedae, ao saneamento básico do Rio de Janeiro. Muitas matérias publicadas nos jornais tratando do posicionamento do BNDES, mas também estabelecendo uma certa confusão a respeito da posição do governo do estado. E aqui no Legislativo vários parlamentares entenderam a necessidade de ir ao encontro direto com o governador Luiz Fernando Pezão, mesmo compreendendo a situação delicada de saúde por ele enfrentada. Então, surgiu a proposta de a Cedae apresentar sua proposta no Legislativo, que foi prontamente rechaçada pelo BNDES, que inclusive sinalizou com restrições a financiamentos de outras políticas públicas do estado. Isto é, a direção do BNDES, movida por propósitos desconhecidos por muitos, se viu numa posição de confronto e a partir da rejeição do governo do estado em relação à proposta do BNDES, nós trouxemos hoje a Cedae aqui”, explicou Paulo Ramos, na abertura do evento.

“Não fomos chamados para discutir a Cedae no programa (PPI)”, afirmou o presidente da Cedae, Jorge Briard. Segundo ele, numa reunião em setembro entre Cedae, BNDES e secretários de Estado em busca da captação de recursos, não houve entendimento quanto ao projeto de saneamento básico do estado do Rio.

Briard disse que as obras e operações de sistemas precisam ser conduzidas de forma a garantir a qualidade de vida da população, papel que pode ser exercido pela Cedae – uma empresa que é lucrativa, abastece as regiões mais carentes do estado e é auto-suficiente, ou seja, não depende de recursos do governo para se manter em operação. “Então, não conseguimos ver a lógica de se repartir o estado em quatro (projeto do BNDES) e se conceber o abastecimento de água. A Universidade de Cambridge da Inglaterra fez um estudo que mostra que 235 cidades estão se remunicipalizando desde o início dos anos 2000, porque viram que não funciona a privatização plena”, destacou Briard, que admitiu que a direção da Cedae desejava que o BNDES viesse como fomentador. “Mas o banco apresentou outra proposta de modelo, que não nos convenceu que beneficiaria o estado”, completou.

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Ele também lembrou que só na empresa pública é possível realizar o subsídio cruzado. Dessa forma, as tarifas são mais altas em regiões economicamente mais fortes, o que permite tarifas mais baixas em cidades e regiões que não conseguiriam sustentar a necessidade de obras apenas com a cobrança dos usuários. “Com isso, você é capaz de gastar um projeto de R$ 100 milhões em Itaperuna, enquanto que o resultado disso, se fosse apenas com a arrecadação no local, levaria 10 anos. Esse é o tipo de investimento que não conseguimos enxergar na lógica privada. O subsídio cruzado (no projeto do BNDES), dividindo o estado em quatro áreas, não foi bem explicado para a gente. Eu não consigo entender como funcionaria, com empresas diferentes atuando no estado. Se o BNDES pode fazer juros menores e maior carência com prazos maiores para a empresa privada, por que não pode para a rede pública?”, argumentou Briard.

Ainda de acordo com o presidente da Cedae, ficou decidido que uma nova reunião deverá acontecer com técnicos da empresa e do BNDES para dar continuidade à discussão. “Vamos nos debruçar sobre possíveis modelos e discutir o que seria melhor para o estado do Rio. E nada acontecerá sem passar por esta Casa”, garantiu.

Para o deputado Paulo Ramos, o BNDES está fazendo pressões para a privatização, mas o governo do estado não deve se submeter. “A pressão é de só liberar financiamentos se houver a privatização. Mas a Cedae é uma empresa lucrativa. A medida não contribuiria para salvar as finanças do estado e os prejuízos à população seriam muitos. Água potável nas torneiras e esgoto tratado cabe ao estado, sem a vinculação ao lucro. O lucro é a saúde, é o bem estar da população”, argumentou.

Metas

Para o deputado Luiz Paulo (PSDB), a gestão da concessionária tem sido melhor do que a do Executivo. “O governo gasta 48% com pessoal, enquanto a Cedae gasta 24%, por exemplo. Metas físicas e financeiras devem ser apresentadas para a realização de concessões, o que não foi feito pelo BNDES. Qualquer proposta de concessão da Cedae precisa ser negada”, afirmou o parlamentar.

O diretor do Stipdaenit, Francisco Areias, informou que a categoria continua mobilizada para impedir a entrega da Cedae ao capital privado.

Também participaram da audiência os deputados Luiz Martins (PDT), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Nivaldo Mulim (PR), presidente da Comissão de Saneamento Ambiental, Dr. Julianelli (Rede), Tia Ju (PRB), Dr. Sadinoel (PMB), Jânio Mendes (PDT), Waldeck (PT) e Tio Carlos (SDD), todos contrários à privatização.

  

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Com Comunicação Social da Alerj e Assessoria de Imprensa do Stipdaenit

                                                                             Fotos: Divulgação Stipdaenit

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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Alerj discute privatização de tratamento de esgoto em audiência pública

Audi~encia Foz 1

Menos de um mês após manifestação promovida pela Força RJ e sindicatos, no Centro do Rio, em defesa dos serviços públicos, uma audiência pública conjunta das Comissões de Trabalho e Defesa do Consumidor da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) discutiu ontem (14) a privatização do fornecimento de água e tratamento de esgoto na Zona Oeste do Rio, uma das áreas mais densamente habitadas do estado. O serviço é prestado pela Foz Águas 5, empresa administrada pela Odebrecht (condenada na Operação Lava Jato) e Águas do Brasil.

A audiência, presidida pelo deputado Paulo Ramos (PSol), presidente da Comissão do Trabalho, contou com a presença do deputado Luiz Martins (PDT), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, do conselheiro da Agenersa (Agência Reguladora de Energia e Saneamento RJ), José Bismark e do representante da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE), Elmar Fonseca, além do presidente e diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Distribuição de Água e Saneamento de Niterói, Famerj (Federação das Associações de Moradores do RJ) e membros da Frente Sindical Trabalhista (FST), que representa trabalhadores da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), entre outros.

“Participo da CPI da Crise Hídrica, e o que estamos vendo lá é que a empresa só muda de nome, mas são sempre os mesmos donos”, afirmou o deputado Luiz Martins. O deputado Paulo Ramos então completou: “é quase um monopólio”. E, para surpresa de todos, não é a Agenersa que fiscaliza os serviços prestados ao governo do estado e prefeituras pela Foz Águas 5, mas a Rio Águas, agência ligada à Prefeitura do Rio, presidida por Pierre Alex Domiciano Batista, que, segundo o deputado Luiz Martins, foi indicado pelo PT. “Sabe quando o PT vai fiscalizar a Odebrecht? Nunca”, opinou Luiz Martins.

Metas e trabalho escravo

O presidente da Foz Águas 5, Sandro Stroiek, apresentou um estudo com as ações da empresa e as metas. A concessionária – que possui contrato de 30 anos com a Cedae – tem como objetivo, a curto prazo, tratar 32% do esgoto da Zona Oeste até maio de 2016 e ter mais de 12 mil metros de rede de esgoto instalados a cada mês. “Temos mais de mil funcionários, entre diretos e indiretos, que executam diversos tipos de serviços e seguimos toda a legislação trabalhista vigente”, garantiu.

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Mas o coordenador da FST, Marcelo Peres, secretário de Comunicação e Imprensa da Força RJ, a partir de dados fornecidos por Stroiek em sua apresentação, fez uma conta rápida e denunciou, na ocasião, que cada trabalhador da Foz Águas 5 realiza, em média, 12 atendimentos por dia. “Isso é um absurdo. É uma sobrecarga de atribuições, quase um trabalho escravo”, afirmou Marcelo Peres.  Elmar Fonseca, da SRTE-RJ, prontamente se colocou à disposição da Comissão do Trabalho da Alerj para fiscalizar as condições de trabalho na área de operações da Foz Águas 5.

Cobrança indevida

Várias denúncias foram apresentadas na ocasião, como a tripla função, onde o motorista além de dirigir é também o ajudante e executor de serviços. E o morador de Campo Grande, também da FST, Carlos Eduardo Dionízio, o Fiúza, disse que a cobrança para ligação de sua residência às redes de água e esgoto, administradas pela concessionária, custou R$ 850,00, enquanto a solicitação de sua irmã, que mora em Madureira, bairro com a rede é operada pela Cedae, não teve custos extras. “Solicitei a ligação dentro da legalidade. A Foz me cobrou R$ 355 de mão de obra, R$ 175 de padronização e ainda me cobrou o hidrômetro. Assim como eu, outros moradores assinaram um contrato. Então, ou você concorda com isso ou você não tem uma ligação de esgoto em casa”, reclamou.

Outro ponto levantado na ocasião foi o anúncio da Odebrecht Ambiental de que vai começar a demitir trabalhadores em Rio das Ostras, já que o prefeito Alcebíades Sabino (PSC) deixou de pagar as contrapartidas públicas previstas no contrato assinado em 2007. Segundo o jornal Extra, os serviços de esgoto no município a partir de hoje (15) serão realizados apenas em situações emergenciais. A concessão do serviço de esgoto em Rio das Ostras foi a primeira PPP (Parceria Público Privada) firmada no país na área de saneamento e prevê a despoluição da Praia Costa Azul e revitalização da Lagoa de Iriri, o que ainda não foi concluído, afirmaram sindicalistas.

Novas audiências

“A Foz, como todas as outras que operam no setor, existem para dar lucro. Não para ter prejuízo. Só que água é um bem essencial à vida e tratamento de esgoto é saúde. Deveriam ser fornecidos de graça para a população. Um governo que entrega a água e esgoto para a iniciativa privada, entrega até a mãe!”, protestou Paulo Ramos, para depois propor nova audiência pública conjunta, desta vez em Campo Grande, coração da Zona Oeste do Rio de Janeiro, ainda em 2015. A proposta é avaliar quais medidas podem ser tomadas pela população, em conjunto com os trabalhadores, diante de serviços que não são prestados ou que custam mais do que os moradores podem pagar.

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Outra audiência pública será realizada pela Comissão do Trabalho da Alerj em Miguel Pereira, para avaliar a situação trazida pela vereadora Vânia Brizola (PDT) com relação à falta de água em sua cidade e em Paty do Alferes. “Escolas estão ficando sem água e já há projetos prontos para resolver o problema. A Cedae local diz que só precisa de autorização da diretoria da Companhia para iniciar as obras de ampliação do abastecimento”, salientou Vânia Brizola, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Miguel Pereira.

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Fotos cedidas por Marcelo Peres.

 

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ