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Federação dos Metalúrgicos debate reforma trabalhista e alternativas para barrar o desmonte de direitos

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A Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro promoveu nesta quarta-feira (23) encontro com representantes dos sindicatos filiados para analisar temas como terceirização e a recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que concedeu liminar suspendendo todos os processos que discutam a aplicação da ultratividade de normas de acordos e convenções coletivas. O debate teve o apoio da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

Ultratividade é a prerrogativa de os sindicatos negociarem novo acordo ou convenção sob a vigência do anterior. Significa, no Direito Coletivo de Trabalho, uma alternativa à impossibilidade de ir a dissídio coletivo, quando não há acordo entre as partes, patrões e empregados, e uma forma de manter os direitos adquiridos dos trabalhadores enquanto novo acordo não é firmado. Há tempos esta prerrogativa era assegurada pela Súmula 277 do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Mas a Súmula 277 não está mais valendo, a partir da decisão individual do ministro do STF, Gilmar Mendes.

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Participaram do encontro presidentes, diretores e advogados dos Sindicatos dos Metalúrgicos de Duque de Caxias, Macaé, Volta Redonda, Duas Barras, São Gonçalo, Campos, Três Rios e Teresópolis, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais de Niterói e São Gonçalo. A mesa diretora foi composta pelo presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Sérgio Claudino, pelo presidente da Força RJ, Carlos Fidalgo e os palestrantes Marcos Verlaine (Diap), Sales Silva (CNTM) e o advogado João Campanário.

Para o advogado da CNTM e Federação dos Metalúrgicos RJ, João Campanário, os Sindicatos precisam iniciar suas campanhas salariais com antecedência, para que o acordo esteja firmado na data base.

O técnico do Diap, Marcos Verlaine, disse que o momento que o país atravessa, com dezenas de ameaças aos direitos trabalhistas, requer capacitação, mobilização e debate constante dos Sindicatos com suas bases. “No último ano e meio, o STF tomou decisões importantes que precarizam as relações de trabalho, como o fim da ultratividade, o direito de greve do servidor, desaposentadoria, precarização da Justiça do Trabalho, prescrição quinquenal do FGTS, contratação de OSs no Serviço Público, Programa de Dispensa Voluntária (PDV) com quitação geral e negociado sobre a lei. Não dá para fazer campanha salarial e voltar para a zona de conforto. Precisamos pressionar parlamentares e mobilizar a sociedade para garantir direitos”, opinou.

João Campanário disse que a Força Sindical e a CNTM estão trabalhando, bem como as centrais sindicais, por “Nenhum direito a menos”. Prova disso, afirmou, foi a reunião da Força Sindical e demais centrais com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), naquela data (23), para evitar a regulamentação da terceirização da atividade-fim.

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Já o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, representando a CNTM, Sales Silva, ressaltou que o movimento sindical precisa ter agenda própria e ir para a mesa de negociação propondo a retomada do crescimento e não apenas a manutenção de direitos. Para ele, num cenário onde 44% do orçamento realizado foi para pagar juros e serviços e onde a lógica da economia é a especulação financeira, com a produção industrial caindo de 37% para 10,8% do PIB, é preciso “pensar fora da caixa”.

“Precisamos de unidade do movimento sindical, independentemente da localidade e da central sindical. A unidade nos faz fortes no presente. Também precisamos trazer para o Brasil exemplos de outros países, onde o movimento sindical ultrapassou dificuldades, como na Alemanha. Precisamos nos articular com setores da indústria que estão quebrando, buscando seu fortalecimento. Quando a indústria morre, perdemos tecnologia e capital intelectual, além de postos de trabalho”, argumentou.

Outra proposta apresentada por Sales Silva foi a criação do Indepi (Instituto para o Desenvolvimento da Produção Industrial), reunindo bancos públicos, como o Banco do Brasil e BNDES, Sicoob (Sistema de Cooperativa de Crédito), centrais sindicais, OAB e associações representativas de setores industriais como elétrica e eletrônica, química, máquinas e equipamentos, têxtil e confecção, entre outras, para garantir empregabilidade a juros baixos.

 

 

                                                 Fonte: Assessoria de Imprensa Federação dos Metalúrgicos RJ  

Fotos: Divulgação  Fedmet-RJ  

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

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Federação dos Metalúrgicos discute reforma trabalhista no Ceará e traz o debate para o Rio de Janeiro

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O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Barbosa Claudino e os diretores Jorge de Faria e Vilma Araújo, acompanhados dos advogados João Campanário e Aysla Torres, participaram nesta quarta-feira (16) do 4º Fórum de Debates Trabalhistas, em Fortaleza (CE). O Fórum foi promovido pelo Grupo de Estudos e Defesa do Direito do Trabalho e do Processo Trabalhista (GRUPE), da Universidade Federal do Ceará.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, também presente no 4º Fórum do GRUPE, que discutiu a Reforma Trabalhista, defendeu a Justiça do Trabalho e a luta pelos direitos da classe trabalhadora. “Vamos continuar mobilizados no país e pressionar o Congresso Nacional”, disse Miguel Torres.

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O evento reuniu procuradores do Trabalho, acadêmicos, Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), advogados, professores de Direito do Trabalho, auditores fiscais, desembargadores e juízes do Trabalho. Eles debateram com os dirigentes sindicais as propostas em tramitação no Congresso Nacional que alteram, reduzem ou acabam com os direitos trabalhistas e como elas influenciam as relações entre trabalhadores e patrões.

Entre os temas em discussão, estavam Precarização e retrocesso social, Terceirização, Desmonte das Instituições Trabalhistas, Justiça do Trabalho, Ministério do Trabalho, Revisão da CLT, Negociado sobre o Legislado, Jornada de trabalho, Impactos da Reforma Trabalhista na organização sindical e Trabalho em condições degradantes.

“As discussões foram muito proveitosas e vamos promover encontro semelhante no Rio de Janeiro, em nosso auditório, na próxima quarta-feira (23), a partir das 10h, voltado para os Sindicatos filiados e seus Departamentos Jurídicos, para que todos estejam atualizados”, afirmou o presidente Sérgio Claudino.

 

 

                 Fonte: Assessoria de Imprensa Federação dos Metalúrgicos RJ

                                                                                   Fotos: Divulgação CNTM

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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Metalúrgicos de Duque de Caxias e de Resende promovem paralisações no Dia Nacional de Ação Metalúrgica

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Os Sindicatos dos Metalúrgicos de Duque de Caxias e do Sul Fluminense promoveram paralisações em suas bases neste 29 de setembro, Dia Nacional de Luta e Paralisações em Defesa dos Direitos. Mobilizações aconteceram por todo o país, em defesa da aposentadoria e contra a reforma na Previdência; em defesa dos direitos trabalhistas; contra o desemprego e a terceirização; por saúde, educação, moradia e transporte dignos para todos; contra o desmonte da Justiça do Trabalho e pela redução da taxa de juros.

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O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias e Região, Carlos Fidalgo, presidente da Força RJ, paralisou por mais de duas horas a jornada, no turno da manhã, na Marcopolo Rio, montadora de ônibus localizada em Xerém, em Caxias. Com o carro de som da Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, diretores do Sindicato entraram no pátio da empresa e passaram a esclarecer os trabalhadores sobre os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que ameaçam direitos trabalhistas, as causas do desemprego, entre outros temas. “Mais de mil metalúrgicos pararam para escutar o que tínhamos a dizer. A convenção coletiva garante ao Sindicato o direito de entrar na fábrica para falar com os trabalhadores e foi o que fizemos. Essa mobilização nacional, rumo à greve geral, é muito importante para que os empresários percebam que estamos atentos e não vamos aceitar retrocessos”, afirmou Carlos Fidalgo.

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Já a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense se concentrou na entrada da Peugeot, em Resende, evitando a entrada dos trabalhadores do turno da manhã. O presidente Silvio Campos e o diretor Renato Soares passaram a informar aos trabalhadores sobre os riscos aos direitos da classe trabalhadora que se escondem na reforma trabalhista proposta pelo governo federal e em dezenas de projetos de lei hoje em tramitação no Congresso. “Agora, mais do que nunca, é preciso que os trabalhadores e a sociedade permaneçam unidos para lutar em defesa dos direitos trabalhistas e sociais. As ameaças afetam principalmente as próximas gerações, já que retiram direitos, prejudicando a qualidade de vida de todos”, ressaltou Silvio Campos.

A proposta deste Dia Nacional de Luta e Paralisações em Defesa dos Direitos foi decidida em 8 de setembro, em reunião no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, com a presença de dirigentes metalúrgicos e entidades de todas as centrais sindicais, com distintas posições políticas e reafirmada em 12 de setembro pelos dirigentes da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e das Federações filiadas. “Embora seja uma iniciativa dos metalúrgicos, sindicatos de outras categorias nos apoiaram nessa luta, reconhecendo que ela é de toda a classe trabalhadora”, finalizou Silvio Campos.

 

                                             Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa 

                                                                            Fotos: Divulgação Sindicatos

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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Metalúrgicos de Campos fazem ato de protesto por “Nenhum Direito a Menos!”

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As direções nacionais das centrais sindicais acordaram realizar hoje, 22 de setembro, uma jornada nacional de mobilização com o lema “Nenhum Direito a Menos!”, em referência às propostas de reforma previdenciária e trabalhista que precarizam ainda mais os direitos dos trabalhadores, dos aposentados e pensionistas. Assim, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campos, São João da Barra e Quissamã promoveu, no Centro de Campos dos Goytacazes, nesta quinta-feira (22), um ato de repúdio, seguido de panfletagem, para alertar a população sobre as reformas trabalhista e previdenciária anunciadas pelo governo Temer.

A Força RJ lançou em agosto uma edição especial de seu jornal periódico que analisa as propostas do governo federal e enumera os prejuízos que essas mudanças podem trazer para a classe trabalhadora. Veja aqui. A edição foi distribuída pelos metalúrgicos de Campos à população. Segundo o presidente do Sindicato, João Paulo Cunha, “é uma vergonha o que estão querendo fazer”.

Para João Paulo, secretário da Força RJ para o Norte e Noroeste do estado, a proposta nos moldes apresentados pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e pelo presidente Michel Temer, retira direitos, penalizando os trabalhadores. “Em nenhum momento essa reforma oferece sequer um benefício para nós, trabalhadores. Nós não aceitamos essas reformas, nem nas leis trabalhistas, nem na Previdência Social”, alertou o líder sindical.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campos e Região enumerou itens que compõem o que ele aponta como “proposta maligna”: no campo da Previdência, João Paulo Cunha chamou a atenção para a diminuição do benefício de prestação continuada, que é uma assistência ao idoso e deficiente físico, para meio salário mínimo e o aumento no tempo de contribuição para se aposentar por idade, de 15 a 20 anos. “No que tange à reforma trabalhista, é simplesmente o fim do direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho”, resumiu João Paulo da Costa Cunha.

Na semana em que se comemorou a Independência  do Brasil, o Sindicato também fez um ato público contra a proposta de reforma na Previdência Social que movimentou o Centro de Campos. A manifestação, que teve o apoio da Associação Campista de Aposentados e Pensionistas (Ascapen), aconteceu em frente à agência do INSS.

  

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa 

                              Foto: Divulgação Sindicato dos Metalúrgicos de Campos

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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Metalúrgicos de Campos protestam contra reforma na Previdência

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Na véspera do dia 7 de setembro, em que se comemorou a Independência  do Brasil, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campos dos Goytacazes e Região fez um ato público contra a proposta de reforma na Previdência Social que movimentou o Centro do município. A manifestação, que teve o apoio da Associação Campista de Aposentados e Pensionistas (Ascapen), aconteceu em frente à agência do INSS, em Campos.

Na ocasião, diretores do Sindicato distribuíram o último jornal da Força RJ, que esclarece os trabalhadores e a população sobre as reformas trabalhista e na Previdência Social, propostas pelo governo federal.

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“Essas reformas penalizam os trabalhadores, retirando direitos. Não vamos admitir que, mais uma vez, o trabalhador pague a conta de um rombo que não foi ele quem criou. A conta da ineficiência não é da classe trabalhadora, muito menos do aposentado, que já deu seu suor, acreditando na construção de um Brasil melhor”, afirmou João Paulo Cunha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Campos, São João da Barra e Quissamã, diretor da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos RJ e secretário da Região Norte Noroeste da Força Sindical RJ.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

                            Fotos: Divulgação Sindicato dos Metalúrgicos de Campos

 

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

 

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Sandoval Marques: Sindicatos não vão permitir retirada das conquistas de direitos dos trabalhadores

SandovalAs propostas do agora presidente Michel Temer têm ameaçado conquistas trabalhistas importantes. O momento é delicado para os Sindicatos. Vivemos dias difíceis, com inúmeras homologações dos nossos colegas. Eles são pais, filhos, pessoas que dedicam a maior parte de seu tempo contribuindo para o desenvolvimento do país e longe dos familiares e amigos.

A crise econômica, política e social que estamos passando é grave. Mas não podemos permitir que os direitos adquiridos com tanta luta sejam retirados arbitrariamente.  Na hora que passarmos a admitir o aumento da jornada, a redução do intervalo de descanso, a intrajornada de refeições, nós estaremos contribuindo para a sobrecarga do trabalhador.

Estas ações deixariam os funcionários mais sujeitos a acidentes, principalmente os que realizam funções braçais. Não adianta promover programas de saúde do trabalhador e submetê-lo a uma jornada de 12 horas de trabalho. Pesquisas indicam que mais de 70% dos acidentes ocorrem no fim do dia, quando o trabalhador está mais cansado.

A nossa central sindical tem que ter pulso firme junto às categorias, a Federação e as Confederações para defender o trabalhador. Nós, o Sindicato dos Químicos de Nova Iguaçu, estaremos ao lado deles: lutando diariamente por novas conquistas.

 

*Sandoval Marques é presidente do Sindicato dos Químicos de Nova Iguaçu.