Neste sábado (02), das 8h às 17h, acontece o 1º Seminário de Participação Social de Niterói – Cidade Participativa, no Auditório do Caminho Niemeyer, no Centro do município. O seminário tem como objetivo principal discutir a participação da sociedade nas políticas públicas.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói (Stipdaenit), Sérgio Araújo, participa da mesa de debates sobre “A Participação da Sociedade Civil na Política Ambiental”, ao lado do subsecretário municipal de Meio Ambiente de Niterói, Gabriel Mello Cunha e do consultor e perito ambiental independente, André Pitanga Vianna. Outros temas em debate são “Ações de participação social na Prefeitura de Niterói” e “O financiamento das organizações da sociedade civil e o fortalecimento da participação social”.
A palestra “Desenvolvimento Sustentável e Democracia de Alta Intensidade”, com o ex-diretor de Meio Ambiente da Itaipu Binacional e criador do Programa “Cultivando Água Boa”, Nelton Friedrich, abre a programação.
A entrada é gratuita.
O Caminho Niemeyer fica na Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/nº, no Centro de Niterói.
Mais uma vitória dos cedaeanos na luta contra a privatização. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) acaba de publicar parecer pela Inconstitucionalidade da lei que autoriza a venda de ativos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos. O parecer foi dado a partir de Representação de Inconstitucionalidade ajuizada pela Fenatema (Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente), através do Departamento Jurídico do Stipdaenit (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói). O MPRJ opinou pelo deferimento da liminar para suspender os efeitos da lei.
Em março, foi protolocada na sede do MPRJ uma denúncia, elaborada pelo advogado do Stipdaenit, Flavio Guse, com todas as irregularidades na lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que autoriza a privatização da Cedae. Agora, o Ministério Público estadual se posiciona em defesa do patrimônio público, através da manutenção da Cedae pública.
Em junho, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, também se posicionou favorável à medida cautelar que impede a privatização da estatal com base na inconstitucionalidade da Lei 7529/2017, aprovada em fevereiro pela Alerj. Em 10 de março, o Stipdaenit também protocolou na Procuradoria Geral da República denúncia contra a lei que autoriza a privatização da Cedae. O documento apontou, mais uma vez, todas as irregularidades contidas na lei aprovada pela Alerj e subsidiou o parecer elaborado pela PGR contra a privatização da empresa.
“Nosso Sindicato lutou muito por essa posição do Ministério Público. Esperamos, agora, que a Justiça siga tanto o posicionamento do Sr. Rodrigo Janot, como do Ministério Público do Rio de Janeiro, porque essa privatização da Cedae é claramente irregular. É um ataque contra o patrimônio público. A Justiça precisa se fazer presente e derrubar essa lei que atende, unicamente, interesses políticos imediatistas. O governo acredita que a venda da Cedae soluciona os problemas financeiros do estado, quando sabemos que só isso não resolve a crise financeira do Rio. Não é acabando com o patrimônio do povo que melhoraremos as coisas em nosso estado”, afirmou o presidente do Sindicato, Sérgio Araújo.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói (Stipdaenit) está divulgando junto à sua categoria uma importante vitória dos trabalhadores da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro contra a privatização da Cedae. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se posicionou favorável à medida cautelar que impede a privatização da estatal com base na inconstitucionalidade da Lei 7529/2017, aprovada em fevereiro pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para permitir a venda da empresa.
Em 10 de março, o Stipdaenit protocolou na Procuradoria Geral da República (PGR) denúncia contra a lei que autoriza a privatização da Cedae e pedido de reunião com Rodrigo Janot. O documento apontou todas as irregularidades contidas na lei aprovada pela Alerj e subsidiou o parecer elaborado pela PGR contra a privatização da empresa.
O pedido de reunião foi aceito e Stipdaenit e Staecnon (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro) se encontraram, em 26 de abril, com o procurador Wellington Santana, do gabinete de Janot.
Essas iniciativas foram importantes para agilizar a elaboração do parecer, assim como a mobilização dos cedaeanos na internet, que lotaram a caixa de e-mails de Janot, pedindo agilidade na elaboração do parecer. O documento era necessário para que o ministro do Superior Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, dê andamento à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 5683/2017, que tramita no STF e trata das irregularidades na lei que autoriza a venda da Cedae.
O Stipdaenit e outros sindicatos estiveram em 1º de junho no gabinete do ministro Barroso e foram informados por seus assessores que Luís Roberto Barroso daria andamento à ação assim que Janot emitisse seu parecer. Esta ação foi protocolada pelos partidos PSol e Rede no STF e contou com a participação não só do Sindicato de Niterói, mas também da entidade do Norte e Noroeste Fluminense e da Aseac (Associação dos Empregados de Nível Universitário da Cedae), entidades que subsidiaram os parlamentares com informações e denúncias.
A luta contra a privatização da Cedae ganha mais fôlego com o parecer da PGR. Sua influência jurídica é enorme e dá mais peso para os argumentos contrários à venda, podendo ser decisivo a favor da manutenção da Cedae pública.
“O próximo passo é voltar a pedir ao ministro Barroso agilidade no andamento da ADIN 5683/2017. Vamos seguir firmes na luta, até a vitória”, afirmou o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo.
A pedido da Força Sindical RJ, do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói (Stipdaenit) e da Frente Sindical Trabalhista (FST), o deputado federal Áureo (Solidariedade-RJ) apresentou projeto de lei na Câmara Federal onde pede a substituição da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) como garantia à União para o socorro financeiro para recuperação fiscal do estado do Rio de Janeiro. Pela proposta, o crédito tributário do Imposto de Renda que a Cedae tem direito passa a ser o avalista do empréstimo do governo federal ao governo do RJ e não mais a privatização da empresa. A Cedae “abriria mão” dos créditos tributários, beneficiando a União.
Em recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a receita da companhia estatal recebeu acréscimo de meio milhão de reais devido a futuras isenções no Imposto de Renda, além de poder reembolsar o total gasto com o imposto nos últimos cinco anos, um total de R$ 2 bilhões, no período.
A proposta apresentada pelo deputado Áureo modifica a Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017, para prever a utilização dos créditos tributários em desfavor da União em substituição à privatização.
Em sua justificativa, o deputado do Solidariedade argumenta que, de acordo com a LCP 159/2017, uma das condições para que o Rio de Janeiro possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal e, por consequência, conseguir a suspensão do pagamento das dívidas com a União – um alívio de mais de R$ 60 bilhões em três anos, é a privatização de empresas lucrativas, como a Cedae.
“Entretanto, essas mesmas empresas são credoras da União e detém vultosos valores na forma de créditos tributários. (…) Não se apresenta sensato que o patrimônio do povo, que já passa por enormes dificuldades em decorrência da grave crise, seja dilapidado”, disse Áureo, pedindo apoio aos demais parlamentares para que aprovem a proposta.
As entidades CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria), FENATEMA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente), Stipdaenit (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói) e Sintsama (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento do Rio de Janeiro) protocolaram na última quinta-feira (1º de junho) pedido de impeachment contra presidente da República, Michel Temer, na Câmara dos Deputados. O pedido alega que Temer cometeu crimes de responsabilidade, “já que contribuiu para obstruir o livre exercício das instituições, agiu contra a probidade da Administração Pública e contrariamente ao ordenamento jurídico brasileiro”. A denúncia tem por referência o diálogo comprometedor entre Michel Temer e Joesley Batista, que foram divulgados em 17 de maio e sacudiram o país.
As entidades também participaram de audiência no gabinete do Ministro Luís Roberto Barroso, no Superior Tribunal Federal (STF), para pedirem celeridade na apreciação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 5683/2017, que visa a impedir a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) devido às inconstitucionalidades da lei que autoriza a venda da empresa.
“Saímos com a garantia de que, assim que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitir seu parecer na rederida ADIN, o ministro Barroso convocará as entidades participantes para nos ouvir”, afirmou Sérgio Araújo, presidente do Stipdaenit.
O advogado do Sindicato de Niterói, Flávio Guse, também entrou com pedido junto a Subprocuradoria da República (auxiliar do procurador-geral da República), para celeridade na emissão do parecer com relação a ADIN 5683/17, citando como argumento a recente decisão do ministro do STF, Luiz Fux, que gera um acréscimo de meio milhão de reais na receita da Cedae devido a futuras isenções no Imposto de Renda, além de poder reembolsar o total gasto com o imposto nos últimos cinco anos, um total de R$ 2 bilhões, no período. Essa injeção de recursos vai fortalecer a viabilidade da Cedae enquanto empresa pública, na prestação e universalização dos serviços de saneamento.
“A Cedae, ao recuperar esses R$ 2 bilhões e não pagar mais o IR, será a empresa com as melhores condições de trabalhar pela universalização do saneamento, pois além do corpo técnico de alta qualidade, terá recursos suficientes para obras essenciais ao estado. Assim, a Cedae passa a ser a segunda maior empresa de saneamento do Brasil, ficando atrás apenas da Sabesp (São Paulo)”, avaliou Sérgio Araújo.
O presidente do Stipdaenit lembrou que a estatal já administra uma grande obra para o abastecimento de água na Baixada Fluminense, a construção do Guandu II, orçado em R$ 3,4 bilhões e cujos recursos foram contraídos a partir de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal.
“Voltamos a frisar que o melhor para o estado do Rio de Janeiro é a manutenção da Cedae pública, com a sua retirada do programa de privatizações do governo federal e o cancelamento da modelagem que começa a ser realizada pelo BNDES”, concluiu Sérgio Araújo.
Representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias de Distribuição e Purificação de Água e Esgoto de Niterói e do Norte e Noroeste do estado estiveram na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ) dia 23 de março, apresentando relatório sobre o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). A intenção do grupo foi pedir apoio da Ordem para a elaboração de um parecer jurídico sobre todo o processo. O documento será analisado pela procuradoria e pela diretoria da Seccional.
Segundo os representantes dos sindicatos, há uma série de irregularidades que poderiam inviabilizar a privatização da Cedae, como, por exemplo, o fato de a medida ter sido definida sem nenhuma audiência pública sobre o caso. Outro ponto criticado pelos funcionários é a subavaliação dos ativos. Para eles, o reservatório do Guandu não foi avaliado corretamente.
O grupo foi recebido pelo tesoureiro da OAB/RJ e presidente da Comissão de Prerrogativas, Luciano Bandeira, pelo diretor do Centro de Pesquisa e Documentação e integrante da Comissão de Direitos Humanos, Aderson Bussinger, e pela integrante da Comissão da Justiça do Trabalho, Clarissa Costa, advogada que compõe o Departamento Jurídico da Força RJ e Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro.
Além do parecer jurídico, eles pediram que a OAB/RJ ingresse como amicus curiae na ação de anulação da votação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que aprovou a privatização em votação do dia 20 de fevereiro.
De acordo com Aderson Bussinger, a Ordem não está alheia a esta demanda, no entanto, será necessária uma análise técnica das denúncias antes de a entidade tomar qualquer postura. “Nos prontificamos a analisar o pedido e encaminhar aos setores competentes, emitindo um parecer logo em seguida”, explicou.
Com a aprovação de 41 votos favoráveis e 28 contrários, o governo poderá vender a companhia de água e esgoto para o mercado privado. A medida foi muito criticada pelos funcionários da Cedae e por parte da população, que realizou inúmeras manifestações na Alerj contra a privatização da empresa.
O projeto de lei 2.345/17, que autoriza o governo estadual a privatizar a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foi aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na última segunda feira (20), com 41 votos favoráveis e 28 contrários. No dia seguinte (21), foram votadas 16 emendas parlamentares, mas apenas duas receberam aprovação dos deputados: prioridade (não exclusividade) do empréstimo de R$ 3,5 bilhões para o pagamento dos servidores e manutenção da tarifa social nos serviços de água e esgoto. Medidas como proteção dos funcionários de demissões, substituição da empresa pela dívida ativa do estado como garantia para o empréstimo ou permanência da produção de água nas mãos da Cedae foram rejeitadas pela base governista. Agora, sindicatos e partidos apostam na via judicial para evitar a venda.
O PSol, por exemplo, entrará com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) logo após o Carnaval, alegando irregularidades no projeto. O vereador do Rio Fernando William (PDT) entrou com uma ação popular na 15ª Vara de Fazenda Pública, sob a justificativa de que o uso das ações da Cedae como garantia para obtenção de empréstimos por parte do Poder Executivo fere a lei de licitações, que determina que a alienação de empresa pública deve ser feita através de licitação na modalidade concorrência. E o Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Niterói (Stipdaenit) ajuizou ação popular e denúncia no Ministério Público e aguarda os pareceres.
Outra ação política para reverter o processo de entrega da Cedae foi a assinatura de resolução por 29 deputados estaduais, protocolada na terça-feira (21), pedindo plebiscito sobre a privatização da companhia. A resolução foi proposta pelos deputados Dr. Julianelli (Rede), Enfermeira Rejane (PCdoB), Marcelo Freixo (PSol), Márcio Pacheco (PSC), Tio Carlos (SD) e Zeidan (PT). Agora, terá que ser levada à votação pelo presidente Jorge Picciani e aprovada pela maioria dos parlamentares para, então, ser realizada a consulta popular. Foi criada uma página na internet para contabilizar assinaturas e enviar mensagens por e-mail para o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB).
E a greve dos trabalhadores da Cedae continua até, pelo menos, esta quinta-feira (23).
“Essa guerra está longe de terminar. Ela continua”, concluiu Sérgio Araújo, presidente do Stipdaenit.
Votação
A votação decisiva ocorreu em sessão extraordinária na tarde de segunda-feira (20), com as galerias novamente vazias por determinação de Jorge Picciani. Após a aprovação do projeto, os cedaeanos que se concentravam em frente à Alerj, com o apoio de servidores públicos e estudantes, seguiram até a sede da empresa, na Cidade Nova, parando o trânsito na Av. Presidente Vargas, uma das principais vias de acesso ao Centro do Rio, por duas horas.
Durante a marcha, um grupo de manifestantes depredou grades e propagandas do carnaval na Sapucaí, ocasionando reação da Polícia Militar. Foi o suficiente para transformar o Centro do Rio de Janeiro mais uma vez em praça de guerra, rotina nas manifestações contra o governo que ocorrem desde 2015. Dezoito estudantes foram detidos, mas liberados até o final do dia.
Na terça-feira (21), houve nova manifestação em frente à Alerj durante a votação das emendas parlamentares, mas dessa vez o protesto terminou de forma pacífica. A oposição não obteve sucesso em nenhuma das emendas protocoladas, mantendo o texto praticamente original.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Fonte: Comunicação Alerj e Assessoria de Imprensa Stipdaenit
O pedido de liminar proveniente da ação popular que impede a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), ajuizada pelo Departamento Jurídico do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói (Stipdaenit) na Justiça Estadual, será apreciado pela 15ª Vara de Fazenda Pública da Capital, em conjunto com o pedido de liminar da ação popular do vereador Fernando William (PDT), da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Outra ação aberta com a mesma finalidade na Justiça Federal, cujo autor é o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo, já se encontra em análise do juiz da 1ª Vara Federal de Niterói e aguardando decisão do pedido de liminar também requerido pelo Jurídico do Sindicato.
“A luta se dá tanto na frente política como na jurídica. Ontem (9), percorremos os gabinetes de diversos deputados estaduais, pedindo que votem contra a federalização da Cedae”, afirmou Sérgio Araújo.
O Stipdaenit, bem como a Força RJ e diversos representantes de sindicatos de outras categorias filiados à Força Sindical, participaram de passeata pelo Centro do Rio na início da tarde de ontem (9), com concentração em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde os deputados iniciaram, a partir das 19h, a apreciação do projeto de lei 2.345/17, que autoriza o uso das ações da Cedae para viabilizar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões da União. Apesar dos bloqueios feitos pela PM em frente à Alerj, grupos de mascarados furaram as barreiras, munidos de bombas caseiras e fogos de artifício e, mais uma vez, houve confronto entre o Batalhão de Choque e manifestantes.
O projeto de lei recebeu 210 emendas parlamentares até as 22h desta quinta-feira (9). As emendas serão debatidas em reunião dos líderes partidários na próxima segunda-feira (13) e o projeto deve entrar em votação no dia seguinte, terça-feira, às 10h.
“Não vamos descansar até garantirmos que a Cedae não será privatizada. A mobilização continua”, garantiu Sérgio Araújo.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Fonte: Assessoria de Imprensa Stipdaenit e Comunicação Social da Alerj
A manifestação prevista para 2 de fevereiro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, para protestar contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foi antecipada para 1º de fevereiro. A informação é do sindicalista Marcelo Peres, que explicou que o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), alterou a data da eleição e posse da mesa diretora da Casa, que passou do dia 2 para 1º de fevereiro.
“Estamos atentos às manobras e os Sindicatos já estão convocando suas bases para estarem na Alerj, a partir de 12h, na próxima quarta-feira, para barrar a entrega da Cedae à iniciativa privada, através de sua federalização. Será um ato em parceria com o Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais)”, afirmou Marcelo Peres, também secretário de Imprensa e Comunicação da Força RJ.
O Sindicato de Saneamento de Niterói (Stipdaenit) participa na manhã de hoje (12) de protesto em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), convocada pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (MUSPE), que agrega diversos sindicatos, filiados a várias centrais sindicais. O MUSPE vem fazendo vigília na Alerj, acompanhando a votação do pacote de ajuste fiscal enviado pelo governo estadual, chamado de “pacote de maldades” pelos sindicalistas e servidores públicos e que acaba de ser votado hoje (12) pelos deputados estaduais.
O Stipdaenit participa da manifestação em frente à Alerj contra a PEC 55 e o congelamento dos investimentos, contra as terceirizações, contra as privatizações e pela sobrevivência da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) como empresa pública.
Segundo o diretor Ary Girota, hoje (12) os deputados votam a parte mais polêmica do conjunto de medidas, como o aumento de 11% para 14% na contribuição dos servidores para a Previdência e congelamento dos investimentos por 20 anos. “As medidas acompanham o pacote apresentado também pela União e não podemos aceitar tanto desrespeito com a população e o servidor público. Temos propostas, mas o governo estadual não nos ouve. Optou por governar para os banqueiros e não para a população”, criticou Ary Girota.
O dirigente sindical afirmou que o MUSPE pede a devolução do pacote de medidas pela Alerj para que propostas de técnicos da Secretaria de Fazenda, TCE (Tribunal de Contas do Estado) e Controladoria estadual sejam analisadas pelo governo. Entre elas, estão a revisão e suspensão de renúncias fiscais por 2 a 4 anos, para recuperação da economia do Rio de Janeiro e cobrança da dívida ativa de grandes empresas, que ultrapassa R$ 60 bilhões. “Se executarem a cobrança da dívida, já cobre a folha dos servidores por 2 anos”, completou Ary Girota.
O delegado sindical do Stipdaenit disse que o Sindicato integra o MUSPE porque, além de apoiar o movimento de resistência dos servidores estaduais da Educação, Saúde e Segurança ao “pacote de maldades”, luta contra a privatização da Cedae, seja através de PPPs (Parcerias Público Privadas) ou terceirizações.
Ary Girota esteve na manifestação em frente à Alerj na última terça-feira (6) e disse que o ataque das forças policiais estaduais a bombeiros, agentes penitenciários, professores, entre outros servidores, foi “desproporcional”. “Primeiramente, o alvo eram os manifestantes, os servidores, mas depois era a própria população. Bombas foram atiradas a esmo”, contou.
Em resposta à violência registrada em 6 de dezembro, o MUSPE divulgou nota onde afirmou que “o servidor público, que está sem pagamento, com o salário congelado há anos e sem condições básicas de trabalho, é obrigado a suportar um governo que não dialoga e que busca impingir, sem nenhuma piedade, um conjunto de medidas que afronta o serviço público e atenta contra a carreira e a dignidade dos servidores, seja através do aumento da alíquota previdenciária, seja através de congelamento de gastos ou, ainda, não promovendo o cumprimento de leis que garantem a incorporação das gratificações, no caso dos servidores da segurança pública”.
E continua: “O Rio de Janeiro está quebrado. O calote que os servidores sofrem do governo se reflete no comércio, arrastando todos para o fundo do poço, criado pela corrupção enraizada neste governo. Os servidores não deram causa à crise, alicerçada em três pilares fundamentais: as isenções fiscais, a não cobrança da dívida ativa e, principalmente, a corrupção, cujo principal artífice está preso: Sérgio Cabral, merecidamente acompanhado de sua “primeira dama”, Adriana Ancelmo”.
Para o MUSPE, “o Rio, cantado e decantado em poesia e músicas, virou uma praça de guerra. Um triste capítulo foi escrito na história do nosso Estado. Agora, além da violência psicológica, moral e financeira a que estamos submetidos pelo governo, temos também a violência física, proporcionada por um governo que promove a corrupção e que se esconde atrás da repressão policial”.
E conclui: “No dia 12 de dezembro, a Alerj pretende votar medidas que violentam, exploram e massacram os servidores. Estaremos lá, para resistir, olhar nos olhos dos deputados e questionar se eles vão mesmo nos impor a conta de uma crise à qual não demos causa. Vamos depender da resposta deles para darmos a nossa. E vamos lutar até o fim por dois objetivos: impedir a aprovação deste pacote de maldades e ver toda esta quadrilha presa”.
Em nota, a Polícia Militar informou que o confronto do dia 6 começou após tentativa de invasão da Alerj. O Stipdaenit espera que hoje (12) as cenas que paralisaram o Centro do Rio na tarde da última terça-feira, deixando 30 feridos, não se repitam.
Em solenidade realizada na manhã desta quarta-feira (23), tomou posse a nova diretoria eleita na Prece, Previdência Complementar da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto). Marcelo Peres, secretário de Comunicação e Imprensa da Força RJ, é um dos novos membros do Conselho Deliberativo, tendo como suplente Edilson Corrêa Filho, José Wallace Simão (Stipdaenit) e seu suplente Jerônimo Leite Mendanha, o Formigão (Gremio dos Aposentados), também passaram a compor o Conselho Deliberativo da Prece. Os novos membros vão se somar a José Costa Neto, o Costinha, e Leila dos Santos do Conselho fiscal, ligados à FST (Frente Sindical Trabalhista) e que já faziam parte do corpo de conselheiros.
O Conselho Fiscal tem a chegada de Jussara Seia Ferreira como membro eleito pelos participantes e Sandoval Gomes de Sena Neto, como suplente. O mandato é de 4 anos.
Após a cerimônia de posse, os dirigentes se reuniram com o presidente do Conselho Deliberativo, Eduardo Freire Vargas, para se aprofundarem sobre o trabalho que terão pela frente.
Além de Eduardo Vargas, a cerimônia de posse contou com a presença do presidente da Prece, Sidney do Valle, os atuais integrantes dos cargos nos conselhos deliberativo e fiscal, além de dirigentes das associações e sindicatos representantes dos trabalhadores da Cedae, inclusive o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói (Stipdaenit), representado pelo presidente Sérgio Araújo e o diretor de Comunicação, Francisco Carlos Areias.
Marcelo Peres, coordenador da FST e secretário da Força RJ, prometeu uma gestão voltada para os trabalhadores e elegeu como principal desafio recuperar R$ 1 bilhão que a Cedae deve à Prece. “Vamos utilizar o que a gente tem de conhecimento e de condições para defender os trabalhadores dentro do plano de Previdência. Independente de ação externa que a Prece possa sofrer, o importante agora é a gente fazer uma gestão voltada para os trabalhadores e ver o que pode ser corrigido. Vamos fazer a análise de tudo que venha da gestão para que não tragam prejuízo para os participantes, aposentados e pensionistas. O maior desafio que nós vamos enfrentar é justamente fazer com que a Cedae devolva para nós, trabalhadores, mais de R$ 1 bilhão de déficit que o próprio governador Pezão anunciou para a imprensa, para repor a migração passada. Tudo o que depender de nossos esforços, nós vamos fazer para resgatar esse dinheiro”.
Sérgio Araújo desejou sucesso à nova diretoria e se colocou à disposição para ajudar no que for necessário. “Valorizo muito a intenção de vocês de negociarem o déficit da Prece com a Cedae. É uma medida muito importante e precisamos de conselheiros empenhados para equacionar esse problema”, disse Sérgio.
Presidente destaca qualificação dos novos eleitos
Sidney do Valle, presidente da Prece, considerou positiva a chegada dos novos eleitos e destacou sua qualificação, o que será importante para os desafios que irão enfrentar. “Num processo democrático, é sempre salutar as mudanças. Então, a gente vê com bons olhos essa nova equipe e uma coisa que quero registrar é que todos eles foram habilitados pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) para exercerem as funções, tanto de conselheiro como de diretor. Os desafios são grandes, porque os segmentos de Previdência no país inteiro, não só a privada como também a nacional (INSS), estão passando por uma crise. Então, é um momento de muitas mudanças e esses novos que estão entrando vão conhecer como a Prece está e quais são nossos desafios”, concluiu.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa Com Assessoria de Imprensa Stipdaenit Fotos: Divulgação Stipdaenit
Marcelo Peres Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ
Sem obter consenso junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quanto ao modelo de concessão do serviço de saneamento básico, o governo do Estado do Rio bateu o martelo e decidiu tocar seu projeto mesmo sem apoio do banco. O modelo do governo fluminense prevê conceder o serviço de coleta e tratamento de esgoto em 11 municípios da Região Metropolitana — excluindo a capital — em três lotes, totalizando investimentos de R$ 6,9 bilhões em 30 anos. A expectativa é que o edital do primeiro lote seja liberado no início do ano que vem. A notícia foi dada pelo jornal O Globo.
Para especialistas, esse modelo tem atratividade econômica, uma vez que as cidades são densamente povoadas e há forte demanda pelo serviço. Eles alertam, porém, que há mais riscos para o investidor privado que no modelo proposto pelo BNDES, que prevê a concessão tanto do esgoto como da água nas 64 cidades hoje atendidas pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto).
De acordo com a análise desses especialistas, ouvidos pelo jornal O Globo, problemas no abastecimento de água — sobre os quais o investidor não terá qualquer controle — podem comprometer a receita do concessionário, uma vez que a cobrança do serviço de esgoto está atrelada à da água. Do ponto de vista do cliente, há dúvidas quanto à qualidade do atendimento, pois queixas sobre fornecimento intermitente de água pela Cedae são recorrentes entre moradores da Baixada Fluminense e municípios como São Gonçalo.
A Cedae reconhece que podem ocorrer “eventuais flutuações no sistema” de água na Baixada e orienta os consumidores da região a manter reservatórios cheios. Para solucionar o problema, executa obras para garantir a universalização do serviço em até três anos. É projeto de R$ 3,4 bilhões. Já em esgoto, a Cedae aponta o projeto do governo do Rio para alcançar a universalização.
Como vai funcionar
No modelo de concessão do governo, o operador privado será responsável pela gestão comercial do fornecimento de água (cobrança) e por gerir perdas de água, como consertar vazamentos e combater “gatos”. Mas a captação e a distribuição de água continuarão com a Cedae. Segundo a estatal, o índice de abastecimento de água nos 64 municípios que atende é de 93%. Já o de tratamento de esgoto é de apenas 30,7%, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).
“No modelo do BNDES, o operador controla toda a cadeia de valor. Isso dá a ele mais previsibilidade na operação. Além disso, a experiência tem mostrado que a regulação é mais efetiva sobre os entes privados, pois os contratos são mais bem desenhados, permitindo a verificação de cumprimento de metas e punições em caso de descumprimento”, avaliou o economista Rafael Martins de Souza, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Hamilton Amadeo, presidente da empresa de saneamento Aegea, considera o serviço privado mais ágil em resultados, mas ressalta que “não se trata de uma decisão puramente técnica”. “A concessão pode começar apenas pelo esgoto e, futuramente, ser convertida em uma concessão plena”, completou.
Dar ao concessionário a responsabilidade de gerir as perdas de água, diz Amadeo, é uma estratégia inteligente, pois elevará o faturamento tanto da Cedae quanto do grupo privado responsável, além de ampliar o volume de água entregue aos consumidores. Dos 64 municípios em que atua, em 33 a Cedae opera só nos serviços de água.
No Estado do Rio, o saneamento é privado em 18 dos 92 municípios, com diferentes modelos de concessão. A proposta do governo para a Cedae reproduz aquele usado na chamada Área de Planejamento 5 (AP 5), que compreende 21 bairros da Zona Oeste, entre eles Bangu e Campo Grande. A empresa responsável é a Foz Águas 5. Já o modelo do BNDES se inspira no adotado em Niterói, onde atua a Águas do Brasil.
Dúvidas
Para a engenheira sanitarista Irene Altafin, também da FGV, um ponto fundamental que ainda não está claro no projeto do governo do Rio é como será feito o subsídio. Ela lembra que a renda per capita das 11 cidades a serem concedidas é baixa, em torno de R$ 590 mensais. “No modelo do BNDES, havia uma proposta de subsídio cruzado (tendo a cidade do Rio como âncora econômica). No do governo fluminense, ainda não está claro como seria essa subvenção. Dar mais transparência a esse aspecto será fundamental para que o investidor tome a decisão de participar num eventual leilão”, explicou Irene, que defende um subsídio direto do estado para as famílias que não puderem assumir esses gastos.
A subsecretária de Parcerias Público-Privadas do governo do Rio, Paula Martins, disse ao jornal O Globo, por sua vez, que o modelo do estado já contempla, na rentabilidade do concessionário, a cobrança de uma tarifa social. E ainda prevê uma contrapartida da Cedae pela prestação do serviço, no valor de R$ 11,4 milhões ao longo de 30 anos. Esse dinheiro será pago pela estatal ao concessionário, de modo a viabilizar a concessão. Paula afirmou, ainda, que não haverá aumento real da tarifa: o contrato estabelecerá reajuste pela inflação ao longo dos 30 anos.
Com esse modelo, contou Paula, a receita da Cedae no período seria ampliada em R$ 6,8 bilhões, considerando o aumento da base de clientes, a queda da inadimplência e a redução das perdas. Em 2015, a receita da estatal foi de R$ 4 bilhões. O modelo se baseia em estudos feitos pela Empresa Brasileira de Projetos (EBP), da qual o BNDES é sócio.
“O banco estava acompanhando a evolução das conversas. O discurso mudou após a troca de comando. O projeto é financiável, e acredito no sucesso dele”, opinou Marco Capute, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.
O BNDES afirma estar aberto ao diálogo com o Palácio Guanabara. “Como o governo do estado declinou, até o momento, da análise de modelos como o apresentado pelo banco, prosseguiremos o programa de concessões contratando estudos para os demais estados”, informou, em nota ao jornal O Globo. O banco disse que, caso o modelo do governo vá adiante e o concessionário solicite financiamento ao BNDES, o projeto “seguirá a tramitação normal”.
“O governo do Rio não quer abrir mão da Cedae por uma questão política. A empresa gera receitas. Mas o fato é que ela presta um mau serviço”, acusou Raul Pinho, especialista em saneamento e ex-presidente do Trata Brasil.
Mas Sindicatos de Trabalhadores em Saneamento, como o Spitdaenit, de Niterói, vêm afirmando rotineiramente que há uma intenção deliberada do governo do estado de sucateamento da Cedae para que, sem estrutura, a estatal preste maus serviços, validando, assim, a privatização. Na verdade, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Niterói, a privatização também não é sinônimo de bons serviços. Prova disso é o flagrante de despejo de esgoto in natura na Praia dos Anjos, em Arraial do Cabo, área onde o serviço já foi privatizado.
A Prolagos informou que a Praia dos Anjos possui um extravasor da rede de drenagem do município da Região dos Lagos (água da chuva) e não faz parte do sistema de esgoto. Garantiu que, desde que assumiu a concessão dos serviços de esgotamento sanitário de Arraial do Cabo, em junho deste ano, tem trabalhado para solucionar problemas crônicos que a cidade convive há algum tempo e que não são poucos. A coleta e o tratamento do esgoto do município já estão sendo realizados pela concessionária.
A Prolagos explicou que a água escura que extravasou na Praia dos Anjos no início do mês de novembro foi resultado da água da chuva misturada com lodo, material sedimentado das tubulações ou até mesmo, admitiu, esgoto proveniente de ligações clandestinas. Esclareceu, ainda, que, caso houvesse um bloqueio da saída dessa tubulação na Praia dos Anjos, poderia haver um grande alagamento na cidade, causando inúmeros prejuízos aos moradores e a turistas. A Prolagos informou que está elaborando um estudo para reverter essa situação.
“Está provado que privatizar não é a solução. O que queremos é uma Cedae pública e de qualidade. Porque água é vida, esgoto tratado é saúde e não mercadorias”, afirmou o presidente do Stipdaenit, Sérgio Araújo.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Fonte: Jornal O Globo, blog RC 24h, Assessoria de Imprensa Stipdaenit
As central Força Sindical, bem como os cinco sindicatos representantes dos trabalhadores da Cedae (STIPDAENIT – Niterói, SINTSAMA – Rio, STAECNON – Campos, SENGE/RJ – engenheiros e SINAERJ – administradores), associação de moradores, assim como outras entidades, promoveram passeata pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro em direção à sede do BNDES nesta terça-feira, dia 6, para protestar contra as intenções dos governos estadual e federal de privatizarem a empresa.
Às 13 horas os trabalhadores já estavam concentrados na Candelária, que ficou completamente tomada por cedaeanos. A marcha em direção ao BNDES começou às 15h, passando pela Av. Rio Branco até chegar à sede do banco, por volta das 16h. Como acordado com a CET-Rio e a Polícia Militar, o protesto não interrompeu a circulação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e transcorreu pacificamente.
O ato foi um sucesso de público e contou com a participação maciça dos trabalhadores, que receberam o apoio de lideranças de comunidades e movimento estudantil. Quem passava pelo Centro também aderiu à marcha, que contabilizou mais de 15 mil pessoas. Políticos que são contrários à privatização da empresa também marcaram presença no evento, como Paulo Ramos, Jandira Feghali, Dr. Julianelli, Cyro Garcia e Brizola Neto.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto de Niterói, (STIPDAENIT), Sérgio Araújo, agradeceu a participação da categoria no evento e destacou que a luta só está começando. Ele se mostrou muito satisfeito com o grande público presente. “O povo tem que vir para a rua, nós temos que embarreirar esse sistema de privatização. Esse ato vai servir de modelo para os outros estados. Tudo contra qualquer modelo de privatização do saneamento, que já não serviu na privatização das barcas, do metrô e dos trens. Vamos estar sempre mobilizando nosso pessoal cedaeano, agradecer o pessoal que veio do interior, as comunidades carentes, que estão fechadas com os sindicatos. Cedae, unida, jamais será vendida”.
O coordenador da Frente Sindical Trabalhista (FST), Marcelo Peres, levou a multidão a cantar “Privatização? O nome disso é roubalheira” e destacou a união das centrais e dos sindicatos contra a inclusão da Companhia Estadual de Águas e Esgoto no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), sugerida em ofício do governador em exercício Francisco Dornelles ao BNDES, em agosto. A Medida Provisória 727, que cria o PPI, foi aprovada pelo Senado nesta quinta-feira (8) e seguiu para sanção presidencial.
Lideranças como Zé Mario, Xaolin da Rocinha e outros que mobilizaram comunidades como Canal das Tachas, Borel, Tavares Bastos, Providência, Manguinhos, Faz quem quer Mangueira, Lins, São João, Cachoeira Grande, Rocinha, Mineira, Fogueteiro, Alemão, Arará, Morro do Céu, Tabajaras, Cantagalo, Turano, Bispo, Formiga, Maré, Salgueiro, Macaco, Encontro, Santo Amaro, Rio das Pedras, Terreirão e Pontal, também puderam participar alertando a população sobre o risco da privatização da CEDAE.
O presidente da Força RJ, Carlos Fidalgo, garantiu aos trabalhadores da Cedae que eles não estão sozinhos na luta contra a privatização. “A Força RJ está com vocês. Estamos aqui com Serginho (Sérgio Araújo, presidente do Stipdaenit), Federação dos Químicos do Rio de Janeiro e demais sindicatos porque água é vida, é saúde e não pode virar mercadoria. A Cedae é do povo e não desse governo ilegítimo que está aí. Vamos firmes na luta, que a vitória é nossa”, afirmou Fidalgo.
Participaram ainda do ato público associação de moradores de várias comunidades do Rio, químicos, siderúrgicos, frentistas, trabalhadores da Construção Civil, aeroviários, metalúrgicos, bancários, entre outras categorias.
Funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) fazem ato de protesto no próximo dia 6 de setembro em frente ao BNDES, no Centro do Rio. A concentração começa às 13h, na Candelária. A manifestação pede que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não inclua a Cedae no PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), o que foi solicitado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles, ao banco em 19 de agosto, por ofício enviado à presidente do BNDES, Maria Sílvia Bastos Marques.
No ofício enviado ao BNDES, Dornelles argumenta que “a inclusão do projeto de desestatização da Cedae no aludido Programa terá o condão de contribuir para o aprimoramento das atividades prestadas (pela companhia)”.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói está convocando toda a categoria para participar do ato e promove reuniões por municípios, de 29 de agosto a 2 de setembro, para explicar aos trabalhadores das estações de tratamento de Niterói, Maricá, Teresópolis, Magé, Rio Bonito, Tanguá, Itaboraí, Cachoeiras de Macacu, São Gonçalo, entre outras, os riscos que a privatização pode trazer para a qualidade dos serviços prestados à população.
“A hora de lutar é agora. Não dá mais para ficar parado”, diz o panfleto que convoca os funcionários nos serviços de saneamento de Niterói e Região para as reuniões de base, que começam na próxima segunda-feira (29).
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa, em 25 de agosto de 2016
Cumprindo com seu papel de representantes sindicais, diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias da Purificação e Distribuição de Águas e em Serviços de Esgoto de Niterói (Stipdaenit) estiveram na manhã desta quinta-feira (11) na porta da Estação de Tratamento de Esgoto Lemos Cunha/Icaraí, para distribuir informativos a respeito das negociações da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da Águas do Brasil. O objetivo foi informar os trabalhadores dos últimos passos tomados pelo Sindicato nas complicadas negociações com a empresa quanto a PLR.
O acordo coletivo determina que a negociação da gratificação seja feita até 30 de junho, mas a Águas do Brasil só apresentou sua proposta ao Stipdaenit em 27 de julho. A empresa quer um percentual de PLR inferior ao de 2015. A direção do Sindicato reagiu, pedindo o mesmo percentual pago ano passado, acrescido do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
“Estamos visitando as bases para manter a categoria informada, enquanto pressionamos a empresa, que já sinalizou que poderá apresentar uma nova proposta na próxima semana. Além da reposição da inflação, vamos cobrar que a PLR seja paga em folha suplementar, o mais rápido possível”, afirmou Sergio Luiz Araújo, presidente do Stipdaenit.
2017 foi um ano de retrocessos. Vimos a terceirização avançar e a reforma trabalhista retirar direitos da classe trabalhadora, enquanto, ao mesmo tempo, afrouxaram-se as formas de coibir o trabalho escravo. As “reformas” tentam dificultar as ações do movimento sindical, mas vamos resistir. Vamos resistir à reforma trabalhista nas bases, fortalecendo uns aos outros nos [...]
A Força Sindical do Estado do Rio de Janeiro, tem buscado realizar parcerias e convênios em diversos segmentos, visando dar um amplitude no trabalho social desenvolvido pelos sindicatos filiados a Central Sindical.
Estas parcerias, visam proporcionar aos trabalhadores um incentivo a qualificação profissional, descontos em...