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E os juros seguem nas alturas… – Paulo Pereira da Silva*

paulinho_oficialApesar de toda a pressão exercida pela Força Sindical e pelas demais centrais sindicais, e do apelo de trabalhadores, empresários e toda a sociedade brasileira por juros mais amenos, a taxa Selic, mesmo após nove reduções consecutivas, chegando a 7,50% a. a., continua elevada e emperrando o crescimento econômico do País.

E tudo porque a Selic, após uma sequência interminável de equivocados aumentos e manutenções conservadoras, ficou estacionada nos proibitivos 14,25% a. a. por dez reuniões sucessivas do Copom (Comitê de Política Monetária). Ou seja: por mais de um ano (de 2/09/15 a 20/10/16). Assim, realmente, não há economia que aguente.

Sempre saímos às ruas por cortes mais contundentes nos juros, mais impactantes, capazes de reaquecer os vários segmentos de atividade laboral, fomentar a geração de postos de trabalho (ainda são cerca de treze milhões de desempregados no País) e fazer com que os investimentos no setor produtivo retornassem, dando novo alento à produção, ao consumo e consolidando a retomada econômica brasileira. Só que esta tão aguardada retomada econômica ainda não aconteceu.

Os tecnocratas do governo têm de despertar e botar um ponto final no seu tão exacerbado excesso de conservadorismo e letargia no que tange à questão dos juros, que engessam a economia nacional e impedem que o setor produtivo, como um todo, faça frente à enxurrada de produtos estrangeiros que impossibilitam a criação de postos de trabalho de qualidade, que possam atender a demanda de trabalhadores sem ocupação, ou daqueles que se defendem como podem na informalidade, por todo o nosso País.

Reduzir drasticamente a taxa Selic seria um passo importantíssimo na caminhada por um Brasil melhor e mais justo socialmente, com emprego para todos, produção a todo vapor e aumento do consumo. Já reduzir os juros em “conta-gotas”, é acertar no diagnóstico mas errar bisonhamente na dosagem do medicamento.

A lógica é simples: juros baixos = mais consumo, mais produção, mais empregos e uma economia forte. E nós não podemos mais esperar!

  • *Paulo Pereira da Silva – Paulinho
  •   Presidente da Força Sindical e deputado federal
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Taxa básica de juros tem segunda queda consecutiva e fica em 13,75% ao ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou hoje (30) uma nova redução dos juros básicos da economia (Selic), de 0,25% ponto percentual. A taxa, que estava em 14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime e veio no mesmo dia em que o IBGE divulgou que o país continuou em recessão no terceiro trimestre.

No mês passado, o comitê também reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em quatro anos. Mesmo com as duas reduções da taxa Selic consecutivas, o Brasil segue na liderança mundial na taxa de juros reais, segundo um ranking com 40 países formulado pela Infinity Asset Manegement e o site MoneYou.

De acordo com comunicado divulgado pelo BC após a reunião, “a inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida”.

O Copom destaca ainda, entre outros fatores, que as projeções para a inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e se encontram em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado, situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Para 2018, as projeções encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%, nos cenários de referência e mercado, respectivamente. Além disso, na visão do comitê, os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento.

Principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, a taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a taxa, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 7,3%. O mercado financeiro já estima um índice menor. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, a inflação oficial fechará o ano em 6,8%. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

                                                    Fontes: Agência Brasil, G1 e Revista Exame 

Foto: Divulgação 

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ