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Vera Motta: Não à violência contra a mulher!

Vera Motta menorUm fato estarrecedor ganhou repercussão mundial há poucos dias. Mais de 30 homens violentaram o corpo de uma adolescente, menor de idade, numa comunidade do Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas 2016. A Diretoria Executiva da Força RJ vem a público demonstrar todo o seu repúdio e indignação diante de tal episódio.

Eu, Vera Motta, 5ª vice-presidente da Força RJ, chego a sentir a dor dessa mulher, sua repulsa e medo. Pouco importa se ela se insinuou, vestiu roupas provocativas ou propiciou, com uso de drogas e apologia a armas, essa conduta inimaginável por parte de homens que a trataram como lixo. O que importa é a agressão em si, a banalização e menosprezo pelo outro, ainda mais em se tratando de uma mulher, evidente na prática do estupro e de sua divulgação pela internet.

O estupro é considerado um dos crimes mais violentos (hediondo) e, quando é praticado contra menores de idade, podemos falar ainda em pedofilia, mesmo que erroneamente. Mas o que nos preocupa e causa estranheza é que parte da sociedade teime em condenar a vítima pelo crime, como se ela fosse culpada e até responsável por provocar tal reação. Isso faz a atitude ser compreensível? Aceitável? Quantas de nós, mulheres, andando pelas ruas, não somos assediadas e insultadas, como objetos sexuais? E nos ambientes de trabalho, onde a mulher executa a mesma função que o homem e ganha menos ou é vítima de assédio por parte de supervisores e chefias? Isso é “explicável” só pelo fato da trabalhadora ser uma mulher?

Nossa sociedade precisa se tornar mais humana e justa. A dignidade de uma mulher não pode ser desrespeitada por 30, 20, 10 ou um só homem. Que sociedade deixamos para os filhos e netos se fechamos os olhos ou passamos a considerar barbáries simples consequência de quem “procurou por isso”?

A Diretoria Executiva da Força RJ se soma a Secretaria Nacional da Mulher da Força Sindical e a Secretaria da Mulher da Força RJ e também vai lutar para que todos os envolvidos sejam julgados e condenados. E, através de ações propositivas e participativas, continuará lutando para que a força do trabalho seja respeitada, de forma que os jovens, sejam homens ou mulheres, sequer ousem pensar que o crime compensa.

Vera Motta

5ª vice-presidente da Força RJ

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Seminário e audiência pública discutem saúde e violência contra a mulher

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A Secretaria da Mulher da Força RJ informa que acontece amanhã (22), de 9h às 21h, o Seminário “Gênero, Racismo e Violência: Voz e Vez das Mulheres Negras no Espaços de Poder”, no Arcos Rio Palace Hotel, na Lapa, Rio de Janeiro. Segundo a secretária da Mulher da Força Rio, Maria Aparecida Evaristo, o mês de maio, mês das mães, está recheado de atividades que discutem a saúde e a violência contra a mulher.

O seminário, promovido pela ONG Coisa de Mulher, com apoio da Secretaria de Política para Mulheres da Presidência da República e Secretaria de Políticas Públicas para Igualdade Racial, em parceria com a Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), tem o objetivo de ampliar o diálogo entre gerações, estimular a reflexão, fortalecer a voz e o ativismo das mulheres negras no Rio de Janeiro. Na programação, as mesas de debates “Vivências do feminismo negro hoje: novas narrativas e práticas”, “Olhares múltiplos sobre o feminismo negro no Brasil: teoria, prática e militância” e “Gênero, Violência e Racismo: A voz das lideranças comunitárias”, entre outras, além do lançamento do documentário “Tão poucas ou quase nenhuma: mulheres negras na política”. O Arcos Rio Palace Hotel fica na Av. Mem de Sá, nº 117, Lapa, Rio de Janeiro.

Maria Aparecida informou que participa, também, de audiência pública pelo Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher e de Combate à Mortalidade Materna dia 28 de maio, às 10h, no auditório Nelson Carneiro (prédio anexo da Alerj, 6º andar). A audiência pública, sob o tema “Saúde da Mulher, Mortalidade Materna e Violência Obstetra”, reúne a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Enfermeira Rejane; Tizuko Shiraiwa, do Comitê de Mortalidade Materna do Estado do Rio de Janeiro, que apresentará o relatório anual sobre mortalidade materna; Valdecyr Herdy Alves, coordenador do Banco de Leite Humano da UFF e líder do grupo de pesquisa Maternidade: Saúde da Mulher e da Criança e Carla Brasil, superintendente de Hospitais Pediátricos e Maternidades da Cidade do Rio de Janeiro.

“A primeira prova do circuito 2015 da Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama será no Rio de Janeiro, dia 31, com largada prevista para às 8h30, no Monumento aos Pracinhas, Aterro do Flamengo. O percurso será de 5 km. A Força RJ também marcará presença”, arrematou Maria Aparecida.

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ