Trabalhadores da Construção Civil-Rio ameaçam paralisar obra de reforma do prédio do TCE, da construtora Odebrecht
11 de fevereiro de 2014
É longa a lista de irregularidades trabalhistas na obra da Odebrecht de reforma do prédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Praça da República, próximo ao Campo de Santana, no Rio de Janeiro.
Empresas subcontratadas pela construtora impõem ao trabalhador alimentação de péssima qualidade, pagamento abaixo do piso salarial, desvio de funções, desconto no vale-transporte acima do permitido em convenção (1%) e falta de limpeza da área de vivência. E, para piorar, ainda em fevereiro, há empregados que não receberam seu décimo terceiro salário.
O Sintraconst-Rio voltou à obra na manhã desta quinta-feira (6 de fevereiro) e, junto aos trabalhadores, promoveu um manifesto de advertência. Desde o ano passado a Odebrecht, responsável pela reforma do prédio do TCE, promete resolver o problema.
“O que a Odebrecht quer é terminar a obra de uma vez, sem se importar com as condições do canteiro”, destaca o coordenador do Setor de Prevenção do Sindicato, Vaguiner Moura. “Para tanto, terceiriza toda obra e faz vista grossa para os erros das subcontratadas”, completa.
Na reforma da sede do TCE, que começou em junho de 2013, há cerca de 200 operários. Todos eles são de empresas terceirizadas, as “gatas”. Da Odebrecht, operam no local apenas funcionários do setor administrativo.
Há um intenso clima de insatisfação entre os trabalhadores pelo modo como são tratados. Isso aumenta a possibilidade de paralisação da obra. “Nossa paciência se esgotou totalmente”, define um operário.
O Sintraconst-Rio vai acompanhar a obra diariamente. Caso a Odebrecht não cumpra, já na próxima semana, com o acordado — de regularizar a situação dos trabalhadores e as condições do canteiro — o Sindicato vai disponibilizar seu caminhão de som para uma manifestação em frente ao canteiro, no Centro do Rio.
Além disso, fará denuncia ao Ministério do Trabalho. Vale lembrar que, pela convenção coletiva da construção civil do município do Rio, é de inteira responsabilidade da construtora a fiscalização e cumprimento das normas pelas empresas subcontratadas.
Fonte: Assessoria de Imprensa SINTRACONST-Rio
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ