Violência cresce nos Postos de Combustíveis no Rio de Janeiro
30 de novembro de 2014
Além de sofrerem com os constantes assaltos, os trabalhadores dos postos de combustíveis do Rio de Janeiro também são alvos diretos da violência dos clientes. Em menos de quinze dias, um gerente de posto, na Zona Sul, foi agredido e um frentista assassinado num estabelecimento em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Nos dois casos, os agressores fugiram. O SINPOSPETRO-RJ está acompanhando os casos e já cobrou das autoridades agilidade nas investigações.
O assassinato do frentista Pedro Silva Chaves, de 19, no posto Namorado, em Campo Grande deixou seus colegas de trabalho apreensivos. Pedro foi morto com um tiro no peito por um cliente que reclamou da desorganização na fila de abastecimento de GNV. O assassino, que está foragido, alegou que outro motorista havia furado a fila. Segundo os colegas de trabalho de Pedro, o frentista não discutiu com o cliente e mesmo assim foi morto.
A diretora Aparecida Evaristo visitou o posto e constatou que os funcionários estão assustados e evitam falar sobre o caso temendo represálias. De acordo com a diretora, o assassino não era cliente do posto e nem conhecido dos funcionários. A Divisão de Homicídios (DH) da capital, que investiga o caso, já analisa as imagens das câmeras do circuito interno do posto.
O sindicato também acompanha a agressão ao gerente de uma loja de conveniência num posto em Botafogo, Zona Sul do Rio. Luiz Carlos Rodrigues foi agredido com vários socos por um cliente, que ficou irritado porque o atendimento havia sido suspenso para limpeza. Além de ficar com várias escoriações pelo corpo, Luiz Carlos perdeu um dente.
A polícia identificou o agressor do gerente, que já tem três registros por ameaça e desacato. O agressor está solto e diz que só vai falar em juízo.
O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, repudia os casos de violência contra os trabalhadores de postos de combustíveis que estão expostos a todo tipo de agressão, seja verbal ou física, por lidarem diretamente com o público. Segundo ele, cabe ao poder público garantir a segurança da sociedade, mas os donos dos postos também precisam contratar seguranças para garantir a vida dos trabalhadores e dos clientes.” A violência é uma doença crônica que atinge toda a sociedade nos dias de hoje e reflete em todos os setores, e como o posto de combustível está diretamente ligado ao público, o trabalhador infelizmente acaba sendo vítima dessa barbárie” – finalizou. Estefania de Castro, assessoria de imprensa Sinpospetro-RJ
Fonte: Sindicato dos Frentistas – RJ
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ